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07 julho 2014

Resenha: Respirar, Meditar, Inspirar - Priscilla Warner

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Editora: Valentina
Ano: 2014
Páginas: 256
FNAC - Loja virtual Editora Valentina



Priscilla, uma nova-iorquina espirituosa, parte numa jornada em busca do monge tibetano que, acredita ela, habita todos nós. Uma jornada a partir da meditação diária rumo ao equilíbrio de corpo e alma, coração e mente, e, de uma vez por todas, o controle dos nervos. Nesse caminho sinuoso, muitas vezes pedregoso e árido, ela foi do pânico à paz e conheceu uma enorme variedade de práticas de cura alternativa e espiritual, algumas sérias, outras... nem tanto. Este livro, na verdade, deve ser o fiel companheiro dos leitores em busca de qualidade de vida e plenitude. Acredite, é possível, sim!

                                                   Classificação:  




"Há quarenta anos, ninguém jamais usava o termo ataque de pânico, inclusive eu. Ninguém falava em distúrbios de ansiedade ou desabafava em rede nacional de televisão. Por isso, não pude imaginar o que estava acontecendo comigo naquele dia de setembro, um dia igual aos outros, quando me apresentei para trabalhar e, então, quase morri. Em um momento estava servindo ervilhas desbotadas para uma multidão de jovens entediados, e no momento seguinte estava desmaiando, sem conseguir respirar." Páginas 21 e 22


Priscilla Warner teve uma vida praticamente normal, tirando a história que seus pais fazem questão de contar de quando ela quase morreu com um ano e quatro meses. Um dia, enquanto estava trabalhando na cantina da Universidade Brown e sofreu um ataque de pânico, desmaiando logo em seguida. Sua melhor amiga Barbara a ajudou a se recuperar e a chamar ajuda, mas essa foi sua realidade durante os quarenta anos seguintes.  

Em sua juventude, Priscilla frequentou a Universidade da Pensilvânia e começou a trabalhar em uma agência de publicidade. Pouco depois conheceu seu marido, Jimmy, e com ele teve dois filhos Max e Jack. Sua vida entrava nos eixos, porém os ataques de pânico ainda eram recorrentes. Apenas aos cinquenta anos a mulher começou a descobrir como conviver com a doença e contê-la, não necessariamente com remédios, mas sim controlando sua respiração e recorrendo à meditação. 

Em cada capítulo a autora nos mostra um pouco de sua história, desde a mais tenra idade até quando buscou mais informações sobre o pânico e fez retiros espirituais, participou de palestras e outras tentativas de controlar seu problema. Respirar, Meditar, Inspirar nos mostra que com muita força de vontade e perseverança é possível controlar os reflexos que as doenças mentais têm em sua vida e na de seus semelhantes. 


"Eu tenho me contado histórias por tantos anos. Mas as histórias mudam. Tramas sofrem reviravoltas e tomam direções inesperadas. Talvez a história da minha vida com o pânico fosse algo que eu poderia deixar. Não de repente, mas minha história de vida começou a se desenrolar diante de mim, de uma maneira nova e excitante." Página 116


Solicitei Respirar, Meditar, Inspirar para a Editora Valentina porque tenho costume de ler sobre doenças, sim, sou estranha. O livro nos mostra como a autora buscou a cura por outros meios, não sendo o convencional, e confesso que fiquei impressionada com a atitude de Priscilla. 

A leitura foi lenta, demorei algumas semanas para concluí-la e não tenho ideia do motivo da demora, já que o livro é relativamente fino. A autora nos conta sobre as palestras, cursos e aulas que ela teve que ajudaram em sua melhora e como estes conseguiram melhorar sua qualidade de vida, mas acabei não me envolvendo com a leitura.  

O trabalho de edição, diagramação e revisão da editora está ótimo e não tenho ressalvas quanto a isso, mas a leitura se prolongou e parecia não ter fim. Acredito que o livro é interessante para aqueles que querem motivação para seguir em frente, independente do que estão passando, e isso é totalmente válido, mas a forma com que a autora narrou os fatos não me conquistou e tornou a leitura lenta. Mas, como sempre penso, nada do que leio é dispensável e sempre há algo que aprendemos e, neste caso, a autora me ensinou a perseverar e buscar outras soluções para os problemas que, à primeira vista, parecem não ter fim.


"- Quando você estiver totalmente conectada ao seu corpo, vai saber o que comer, quando meditar, quando praticar ioga. - garantiu ela. - Com que frequência e durante quanto tempo. Seu corpo é o portal para o imortal." Página 167

4 comentários:

  1. Livros que apresentam personagens que vivenciam determinadas doenças e durante a trama passam mensagens sobre como vivenciar isso, são sempre interessantes para mim; já que conhecer uma doença na teoria é uma coisa, mas entrar em contato com alguém (mesmo que fictício) que sofra daquilo e possa demonstrar, na prática, como o transtorno se desenvolve é bem diferente e mais gratificante, já que nos permite um conhecimento mais amplo, não apenas sobre a doença, mas também como cada pessoa pode lidar com isso. Então, nesse sentido, pode ser interessante.

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  2. Segue uma linha meio ''Comer, rezar e amar'' né???

    Eu, particularmente, não curti o citado acima, mas concordo quanto á análise dela que devemos conhecer nosso corpo.

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  3. Olha, quando eu li o titulo achei que era um livro de auto -ajuda hahahahahahaha
    Gosto de livros assim, e como a menina disse acima, parece ser da mesma linha de Comer rezar amar. Eu acho legal quando a autora escreve um livro falando dela e de algum fato/acontecimento marcante da sua vida. Está na minha lista, gostei muito!

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  4. Esse livro me lembra um pouco Comer, Rezar e Amar, que quando li gostei bastante.
    Então acho que vou gostar de ler esse também.
    Mais um livro que não conhecia e me interessei em ler.

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