Editora: Arqueiro
Ano: 2017
Páginas: 400
Tradutor: Mariana Serpa
Antes de se tornar a Mulher-Maravilha, ela era apenas Diana.
Filha da deusa Hipólita, Diana deseja apenas se provar entre suas irmãs guerreiras. Mas quando a oportunidade finalmente chega, ela joga fora sua chance de glória ao quebrar uma lei das amazonas e salvar Alia Keralis, uma simples mortal.
No entanto, Alia está longe de ser uma garota comum. Ela é uma semente da guerra, descendente da infame Helena de Troia, destinada a trazer uma era de derramamento de sangue e miséria. Agora cabe a Diana salvar todos e dar seu primeiro passo como a maior heroína que o mundo já conheceu.
Classificação:
"Todos os livros antigos contavam histórias sobre pessoas que cometeram o erro de olhar para trás. Ao deixar cidades em chamas. Ao sair do inferno. Apesar disso, Diana olhou para o navio que naufragava nas grandes ondas, todo inclinado, feito a asa quebrada de um pássaro." Página 16
Mulher-Maravilha: Sementes da Guerra foi lançado no Brasil pela Editora Arqueiro e é de autoria de Leigh Bardugo. Nesta obra temos a oportunidade de conhecer Diana, filha da Rainha Hipólita, que busca provar às suas irmãs, à sua mãe e a si mesma que não é uma garotinha que não merece estar em Temiscira, mesmo que tenha a origem diferente de todas as mulheres que lá habitam.
Em uma competição que buscava provar a todas ser digna do título de amazona, Diana vê um barco naufragando e acaba indo ajudar uma jovem que estava se afogando. Mesmo indo contra a principal regra de Temiscira, ela salva Alia Keralis e a mantem em uma caverna não muito longe do local do resgate. Pouco tempo depois há uma série de mudanças na ilha e Diana acredita ser por causa de Alia, buscando ajuda no Oráculo ela descobre que a garota é descendente de Helena de Troia e é a atual Semente da Guerra, aquela que gera conflitos por onde passa e se chegar a completar 18 anos o mundo entrará em uma era sangrenta. Porém, há apenas uma chance de deixar que Alia viva e o mundo mantenha a paz e é em busca disso que Diana parte ao abandonar Temiscira.
A única chance de Alia é chegar ao local em que Helena repousa e purificar, dando fim às guerras, porém nada é simples já que existem pessoas que querem machucar Alia para que inocentes não tenham que sofrer apenas pela garota existir. Ao sair da ilha, uma mudança de planos acontece e Diana é obrigada a proteger Alia em Nova Iorque, porém lá encontram pessoas dispostas a ajudá-las nessa missão. Mas encontram também pessoas que buscam mais do que tudo por fim à maldição que Alia carrega apenas por estar viva.
"Eles seguiram em frente, cansados e abalados. Haviam enfrentado balas, mísseis, um desastre de avião. Ainda assim, pensou Alia, era diferente saber que seus adversários não eram apenas humanos treinados e armados, mas deuses de verdade, atrás de aniquilação." Página 268
Mulher-Maravilha: Sementes da Guerra é um livro emocionante do início ao fim e dá ao leitor uma mostra de como surgiu a grande heroína que arrebata os corações da maioria dos apaixonados por super-heróis. Diana era uma adolescente que buscava provar a si mesma ser digna de pertencer à Temiscira, mesmo tendo sido criada por Hipólita e não forjada em batalhas, mas isso só lhe deu mais força para lutar pelo que era certo e ajudar Alia nesta busca incessante por sua redenção. As adições, vindas do mundo de Alia, são importantes para o grupo seja Jason, o irmão superprotetor, Nim a melhor amiga engraçada ou Theo, o amigo festeiro.
Tudo nesse livro me agradou desde a história de Leigh Bardugo, a edição maravilhosa da Editora Arqueiro e os personagens, principalmente Diana, que é uma das minhas favoritas. A capa está ótima, mostrando ao leitor um vislumbre da jovem garota se tornando o que é hoje, além de se sobressair sobre os penhascos de Temiscira que foi onde a história teve início. A revisão e diagramação estão ótimas e a cada início de capítulo o brasão da capa ilustra a página, além de serem capítulos bem divididos que tornam a leitura fluida. Esta é uma leitura indispensável para quem, assim como eu, é apaixonado pela Mulher-Maravilha.
"A coragem humana era diferente da bravura das amazonas. Diana enxergava isso agora. Apesar de toda a zombaria com que ouvira sua mãe e irmãs se referirem ao mundo mortal, ela não podia deixar de admirar as pessoas com quem estava viajando. Levavam vidas violentas, instáveis, frágeis, mas lutavam por elas mesmo assim, agarradas à esperança de que sua breve estada na terra fosse de alguma valia. Era importante preservar essa fé." Página 308