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30 novembro 2018

Natal com a Arqueiro

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Olá, leitores.

Como já estamos chegando no Natal, vim indicar alguns livros da Editora Arqueiro que são ótimas opções para presentar nessa data especial. 

Para os amantes de Thrillers, as indicações são BONECO DE PANO e A MULHER NA JANELA. 


"De seis partes que compunham o Boneco, apenas uma permanecia sem identificação. Embora nenhuma das outras pessoas envolvidas no julgamento constassem na lista de desaparecidos, Simmons agora podia jurar que o nome da sexta vítima estava bem ali naquela folha de papel, encarando-o de volta." 







"Se tem uma coisa que aprendi na minha experiência clínica com crianças e adolescentes é que eles são extraordinariamente resilientes. São capazes de sobreviver a quase tudo: à negligência, à carência afetiva, a abusos de todo tipo. São capazes de enfrentar situações nas quais os pais desabariam feito um castelo de cartas. Por vezes saem até mais fortalecidos dessas mesmas situações. É isso que desejo a Ethan: resiliência. Porque ele vai precisar."




Já as indicações para quem curte romances são: DOIS A DOIS, série AS SETE IRMÃS e DANÇANDO SOBRE CACOS DE VIDRO.


"Quando você começa a tentar entender o que deu errado ou, mais especificamente, onde você errou, é mais ou menos como descascar uma cebola. Há sempre outra camada, outro erro do passado ou uma lembrança dolorosa que surge e então conduz ainda mais para o passado, e ainda mais, em busca da verdade definitiva. Cheguei ao ponto em que parei de tentar entender: agora, a única coisa que de fato importa é aprender o suficiente para evitar os mesmos erros."





"A verdade é que eu tinha mais medo do que qualquer uma delas. Enquanto todas as minhas irmãs tinham criado asas e deixado  o ninho, eu havia ficado, escondendo-me por trás da necessidade da minha presença quando Pa começou a envelhecer. Isso além da desculpa de que combinava perfeitamente com a carreira que eu escolhera, que era bastante solitária."





"Confiei cegamente nele e suas palavras ficaram comigo e se cristalizaram na minha alma adulta. Claro que me dou conta de que elas foram apenas uma dádiva concedida à minha inocência; segurança para tranquilizar uma garotinha que não conseguia dormir. Quem diria, porém, que a calma que ele me infundiu me ajudaria a superar muitas perdas e seria capaz de me confortar quando quase perdi a mim mesma?" 



28 novembro 2018

Resenha: Instinto - Tara Moss

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Editora: Fundamento
Ano: 2014
Páginas: 392

Ela é linda, modelo internacional, estudante de Psicologia Forense. Mas tem um passado que prefere deixar para trás. Mak gostaria de esquecer que teve sua melhor amiga assassinada por um maníaco e que por pouco também não foi vítima desse homem. Mesmo assim, ela não consegue deixar de lado sua atração por mistérios e situações incomuns. Por isso, seu novo emprego de detetive particular combina perfeitamente com sua personalidade curiosa e destemida. Enquanto tenta equilibrar trabalho com relacionamento pessoal, a bela recebe uma missão: investigar o homicídio de uma mulher atraente e com um passado duvidoso. Mak então descobre coisas assustadoras: talvez o principal suspeito da morte não seja o culpado e esse crime pode estar ligado a um assassinato ainda mais bárbaro, que envolve figuras célebres da alta sociedade de Sydney. E seus esforços para desvendar o caso vão chamar a atenção de gente perigosa, que usará toda a influência possível e métodos violentos para impedir que Mak descubra a verdade. A morte volta a rondar a corajosa estudante. Será que Mak conseguirá escapar de uma trama repleta de perigos, fetiches, mentiras e surpresas estarrecedoras? Descubra Instinto, uma história cheia de ação, suspense e adrenalina que vai seduzi-lo. 

Classificação:     



"Confusa e atônita, Mak ainda ficou sentada onde estava por meia hora, olhando para o recorte amassado de jornal que Amy tinha deixado para trás e desejando que ela voltasse.
Mas ela não voltou.
Merda. Eu cheguei tão perto... E estraguei tudo." Página 251


Instinto é o quarto livro da série Makedde, de autoria de Tara Moss e publicado no Brasil pela Editora Fundamento. Assim que finalizei a leitura de Cobiça, já engatei a leitura de Instinto porque queria continuar acompanhando a vida de Makedde e Andy depois de terem feito justiça para as vítimas do Assassino do Salto Alto. 

Neste volume, um ano e meio depois do julgamento, Makedde está morando com Andy em Sydney, conseguiu um trabalho como investigadora particular e abandonou definitivamente a carreira de modelo para focar em sua área de formação. Andy está com uma viagem marcada para Quântico já que o departamento de criminal profiling que irá chefiar está tomando forma e é preciso treinar com os melhores.

Enquanto isso, Makedde recebe um trabalho que irá lhe render bastante dinheiro, porém envolve pessoas influentes e isso será um problema. Uma jovem foi assassinada e seu chefe contrata os serviços de investigação particular e Makedde é designada para o trabalho, ao visitar a família da jovem, Mak percebe que a polícia pode ter prendido a pessoa errada e muita sujeira ainda pode ser desenterrada por causa desse crime.  

Enquanto isso,  Jack Cavanagh tenta encobrir o envolvimento de seu filho em um crime, já que o melhor amigo de Damien ficou responsável por isso e falhou. Agora, está correndo contra o tempo para limpar a barra do filho e não perder grandes contratos por causa de seu envolvimento neste escândalo. Com a investigação, Makedde chega ao nome de Simon Ashton e sua busca começa a ficar mais perigosa, já que a família Cavanagh está disposta a eliminar todos os envolvidos que podem trazer problemas à sua reputação. 

Instinto é um livro envolvente do início ao final e confesso que o desfecho da história me surpreendeu, espero que a editora lance logo os outros livros da série para descobrir como tudo termina. Makedde é uma protagonista que já passou por várias situações complicadas e mesmo assim continua firme em sua vocação para psicóloga forense. Andy está um pouco distante neste livro e acaba não fazendo muita falta para a história, já que Mak está empenhada em descobrir o que aconteceu com Meaghan e conta com a ajuda de Loulou, sua melhor amiga, e Bogey, um conhecido dela.

A edição está ótima, a capa é chamativa e combina com o enredo do livro, a diagramação mantêm o padrão da série, capítulos curtos, letras em bom tamanho e a revisão está boa, o que contribui para tornar a leitura fluida, além da escrita de Tara Moss que não se torna cansativa, mas sim instiga o leitor a ler o máximo possível para desvendar os crimes junto de Makedde Vanderwall.  Sou suspeita em falar já que amo a área pericial e investigação forense, mas a série Makedde se tornou a minha favorita deste gênero e indico para todos os que assim como eu pretendem trabalhar na área. 


"Era verdade: tinha mesmo orgulho dele. E talvez de si mesma também. Mak não sabia bem para onde as coisas estavam se encaminhando, mas estava disposta a viver o momento e aproveitar as oportunidades que surgissem. As coisas se ajeitariam naturalmente." Página 385




23 novembro 2018

[Semana Especial A menina que roubava livros] Dia 3

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Olá, leitores.


No terceiro dia da Semana Especial A menina que roubava livros, o tema é: Livros sobre crianças e a guerra. Confesso que não li muitos livros com essa temática, porém já resenhei alguns aqui no blog como vocês poderão ver a seguir.



Uma história que ultrapassou todas as barreiras e preconceitos religiosos e ideológicos em nome do amor. Aqueles que nos salvaram conta a história de Anna, uma jovem de 18 anos com um futuro promissor aos olhos do pai, um simpatizante nazista: casar-se e ter filhos com um oficial alemão. Ao se apaixonar por um médico judeu, no entanto, sua vida muda completamente. Revelando uma história de paixão e amor condenado, um retrato sobre a vida durante a guerra e um impressionante drama da relação mãe e filha, o livro explora profundamente aquilo que escolhemos suportar ou resistir para sobreviver e o legado da culpa. O romance, narrado de forma envolvente pela autora, Jenna Blum, permaneceu na lista dos mais vendidos do New York Times durante um ano.




Helen Lewis, jovem estudante de dança em Praga durante a eclosão da II Guerra Mundial, é levada para o gueto de Terezín e, depois, deportada para Auschwitz. Separada da família, ela vive em meio à carnificina da Solução Final de Hitler. Como e o que fez para sobreviver é uma história emocionante, contada com humor, franqueza e alguma raiva, mas sem dar espaço para a autocomiseração. Em É Hora de Falar, Helen mapeia as profundezas do Inferno, arrebatando-nos com uma obra de arte irrepreensível. Ao nos guiar por um terreno repleto de pesadelos apavorantes, ela não pisa em falso. Seu tom permanece sereno; seu estilo, simples. Mas essa forma de expressão esconde o martírio de sua necessidade de recordar.










Bruno tem nove anos e não sabe nada sobre o Holocausto e a Solução Final contra os judeus. Também não faz idéia que seu país está em guerra com boa parte da Europa, e muito menos que sua família está envolvida no conflito. Na verdade, Bruno sabe apenas que foi obrigado a abandonar a espaçosa casa em que vivia em Berlim e a mudar-se para uma região desolada, onde ele não tem ninguém para brincar nem nada para fazer. Da janela do quarto, Bruno pode ver uma cerca, e para além dela centenas de pessoas de pijama, que sempre o deixam com frio na barriga.


Em uma de suas andanças Bruno conhece Shmuel, um garoto do outro lado da cerca que curiosamente nasceu no mesmo dia que ele. Conforme a amizade dos dois se intensifica, Bruno vai aos poucos tentando elucidar o mistério que ronda as atividades de seu pai. O menino do pijama listrado é uma fábula sobre amizade em tempos de guerra, e sobre o que acontece quando a inocência é colocada diante de um monstro terrível e inimaginável.



Resenha: Cobiça - Tara Moss

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Editora: Fundamento
Ano: 2011
Páginas: 344
Ela é linda, modelo internacional, estudante de Psicologia Forense. E tem um passado que prefere deixar para trás.
Um ano e meio se passou desde que Makedde Vanderwall foi a única entre nove mulheres a escapar de um serial killer na Austrália. Mas, ainda que a jovem queira esquecer o que houve, as recordações continuam a assombrá-la. Principalmente quando ela retorna àquele país para testemunhar no julgamento do "Assassino do Salto Alto". 
Após o veredito, Mak acredita que a justiça foi feita e que a história terminou para sempre. No entanto, algo impensável acontece - com a ajuda de um cúmplice de quem ninguém poderia suspeitar, o maníaco está de volta às ruas, disposto a tudo para não deixar que a bela modelo lhe escape mais uma vez.
Aterrorizada, Makedde ignora o conselho de seu ex-namorado, o detetive Andy Flynn, e deixa a Austrália. Ela só não conta com o assédio da mídia, que compromete a segurança dela e acaba revelando seu paradeiro ao criminoso.
Onde se esconder? Em quem confiar? Será esse o momento para o ajuste de contas entre Makedde e o homem que transformou a vida dela em um pesadelo cruel? Ou finalmente o assassino vai fazer sua décima - e mais desejada - vítima?
Descubra Cobiça, uma trama surpreendente, sexy e cheia de ação, que vai tirar o seu fôlego.


Classificação:     


"Será que Andy e Carol estavam namorando a sério? Mak se perguntou que tipo de pessoa ela seria. Será que fazia Andy rir? Compreendia o trabalho dele melhor do que a falecida ex-mulher, Cassandra? Compreendia Andy melhor do que ela, Makedde, com seu pai policial e seu conhecimento de Psicologia Forense? Enfermeiras e policiais eram uma combinação óbvia. Ambos lidavam com violência e tragédias o dia inteiro. Será que Carol e Andy combinavam bem?" Página 61

Cobiça é o terceiro livro da série Makedde, de autoria de Tara Moss e publicada no Brasil pela Editora Fundamento.  Neste livro não há um crime a desvendar e um assassino para prender, mas sim Makedde retorna para Sydney para testemunhar e encerrar o caso do Assassino do Salto Alto, como ficou conhecido o homem que tirou a vida de Catherine e mais oito mulheres, e sequestrou Makedde com a mesma finalidade, porém foi impedido por Andy Flynn.

Um ano e meio após as investigações sobre os crimes cometidos em Sydney, Makedde busca restaurar a normalidade de sua vida, porém a ansiedade a segue por todo o caminho tortuoso que sua vida percorreu ao longo deste último ano. Sua história ficou conhecida por todos e agora ela retorna para dar seu testemunho e ver o assassino de sua amiga sendo punido por seus crimes. O que ela não imaginava é que ele faria uma confissão diante de todos no tribunal, garantindo assim sua sentença. 

Tudo corria bem melhor do que o previsto até o homem tentar um acordo com a polícia, diria os locais em que havia deixado suas vítimas para ter redução de pena. O que os policiais não previram é que ele contava com ajuda e causou uma grande explosão em um dos locais que alegava ter deixado um dos cadáveres. Assustada, Makedde parte para Hong Kong para fugir de seu perseguidor, além de trabalhar como modelo para garantir algum dinheiro, o que ela não contava é que sua partida seria noticiada por toda a imprensa e o Assassino do Salto Alto irá fazer de tudo para concluir o que havia começado há 1 ano e meio, e, então, completar a marca de 10 vítimas de sua perversidade. 


"Andy não sabia o que dizer. Ela estava absolutamente certa. Depois de um ano e meio detido, depois de um ano e meio de investigação e trabalho duro, eles finalmente tinham conseguido. Ele confessou. Havia sido condenado por um tribunal. E então alguém pisou na bola. Era impensável." Página 179


A série Makedde tem se tornado a minha favorita sobre investigação criminal, assunto que gosto muito de ler. A protagonista é modelo e estudante de psicologia forense, teve sua vida desestruturada por um crime brutal, foi alvo de um segundo criminoso e mesmo assim busca manter a calma e fazer justiça para as vítimas de ambos, ao mesmo tempo em que se cobra por causa da saúde do pai - já que viaja constantemente - e com relação ao relacionamento inacabado com Andy Flynn, o policial responsável pelas investigações em Sydney. Já o criminoso é extremamente perturbado e encontra uma pessoa tão desequilibrada quanto ele, porém esse relacionamento é volátil e ambos poderão ter de tomar uma decisão antes de conseguirem completar o seu objetivo. 

O livro é escrito em terceira pessoa e os capítulos se alternam entre os personagens, dando ao leitor a possibilidade de tentar desvendar o quê acontecerá no capítulo seguinte. A série criada por Tara Moss é genial e se tornou uma das minhas favoritas, já que pretendo trabalhar com perícia criminal futuramente, e não vejo a hora de ter todos os livros em minha estante. A edição está perfeita, a capa é interessante e mostra um dos ambientes citados no livro, a diagramação segue o padrão dos volumes anteriores, capítulos curtos tornam a leitura fluida e a revisão está ótima. Cobiça é o meu livro favorito da série Makedde até agora, mas tenho certeza de que muitas histórias boas estão me esperando pela frente. 


"Mahoney saiu, e Andy ficou dando os últimos retoques no material. Já tinha apresentado as observações dele sobre Ed Brown quando eles estavam caçando o assassino pela primeira vez. Na época, não tinham um nome, apenas os restos de suas vítimas e as cenas dos crimes como pista. Agora sabiam quase tudo sobre ele, exceto o mais importante: onde ele estava." Página 261


20 novembro 2018

[Semana Especial A menina que roubava livros] Dia 2

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Olá, leitores.


Neste segundo dia da Semana Especial A menina que roubava livros a proposta é apresentar os quotes que mais me chamaram atenção durante a leitura. 


Com certeza, o meu favorito é:




Decididamente, eu sei ser animada, sei ser amável. Agradável. Afável. E esses são apenas os As. Só não me peça para ser simpática. Simpatia não tem nada a ver comigo.

Já repeti essa citação centenas de vezes, até minha mãe comenta que ela tem tudo a ver comigo. 

O livro é recheado de citações muito boas, vou deixar algumas das minhas favoritas e quero saber de vocês, leitores, quais gostaram mais?



O único dom que me salva é a distração. Ela preserva minha sanidade.
Está aí uma coisa que nunca saberei nem compreenderei - do que os humanos são capazes.
Algumas pessoas passam por sua vida, outros a acompanham até que não lhes seja mais possível, outro estão mais perto do que parecem.
 O que uma pessoa diz e o que acontece costumam ser duas coisas diferentes.
Imagine sorrir depois de levar um tapa na cara. Agora, imagine fazê-lo vinte e quatro horas por dia.



19 novembro 2018

[Semana Especial A menina que roubava livros] Dia 1

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Olá, leitores.

A postagem de hoje é sobre um livro que tem muito significado em minha vida literária, afinal, foi o primeiro livro que comprei. Antes de contar a minha história com A menina que roubava livros e como comecei a buscar os livros da Intrínseca, aproveito para contar para vocês que o livro surpresa da caixinha do mês de Dezembro do Intrínsecos será O construtor de pontes do Markus Zusak e este mês será duplamente especial, já que é o mês em que a Intrínseca completa 15 anos.


Por isso, o blog estará participando da Semana Especial A menina que roubava livros e até o dia 26/11 terão muitas postagens legais sobre o tema. Aproveito para convidar vocês, leitores, a darem ideias sobre os temas que querem que eu aborde ao longo dessa semana. 


Como conheci A menina que roubava livros?




Em 2007, meu último ano do ensino médio, resolvi em cima da hora dar uma festa de aniversário e acabei ganhando dois vales das Livrarias Curitiba. Na época estava começando a gostar de ler e buscava livros mais fáceis, porém quando fui resgatar os vales a vendedora acabou me convencendo a comprar A menina que roubava livros porque era um dos livros mais vendidos na época e ela tinha certeza de que eu gostaria. Acabei lendo umas cem páginas e abandonei a leitura, acredito que não tinha maturidade suficiente para a leitura. 

Um ano depois, minha mãe resgatou o livro na estante e devorou em poucos dias, depois da leitura ela não sossegou enquanto eu não tentasse ler novamente e desta vez a leitura me deixou apaixonada. Desde os primeiros capítulos percebi que havia amadurecido e concluí a leitura em poucos dias, chorei desesperadamente durante a leitura e finalmente pude aproveitar o livro como ele merecia. Por isso, desde essa experiência tenho para mim que um livro pode não agradar da primeira leitura, porém à medida que você evolui a leitura pode ter um significado completamente diferente. 

Foi com A menina que roubava livros que firmei meu gosto pela leitura e desde então busquei conhecer melhor o trabalho da Intrínseca, comprei vários livros e em 2014 consegui a tão sonhada parceria. É a única editora que tenho parceria ininterrupta há cinco anos e tenho um carinho especial por eles e todas as publicações.

Agora quero saber de vocês, leitores, qual é a sua história com A menina que roubava livros?  


Resenha: Sete Minutos no Paraíso - Sara Shepard

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Editora: Rocco Jovens Leitores
Ano: 2016
Páginas: 336
Tradutor: Joana Faro

No sexto e ultimo volume da série The Lying Game, da mesma autora de Pretty Little Liars, Emma se torna a principal suspeita pela morte da irmã gêmea, Sutton Mercer. Depois de se passar por Sutton na tentativa de descobrir quem a matou e por que, agora é a vida de Emma que corre perigo, e ela terá que correr contra o tempo para encontrar o assassino da irmã, antes que vá parar atrás das grades ou algo pior aconteça. Neste final arrebatador, para uma série eletrizante, Emma finalmente descobre o assassino de Sutton, mas ele está disposto a qualquer coisa para manter a verdade morta e enterrada junto com a vítima.


Classificação:        


"Os segredos de Emma, assim como os meus, iam se revelando mais rápido que a capacidade dela de inventar novas mentiras para escondê-los. Eu sabia por experiência própria o que acontece no final de um Jogo da Mentira.
Você é capturada." Página 88


Sete Minutos no Paraíso é o livro que encerra a série The Lying Game, de autoria de Sara Shepard e lançada no Brasil pela Editora Rocco. Assim que terminei a leitura de Juro pela minha vida, emendei a leitura deste livro, já que precisava muito saber como terminaria a série e só tenho elogios. Este foi, sem dúvidas, o melhor livro da série e da autora. 

Neste livro, começamos a entender um pouco mais sobre o passado das gêmeas e como aconteceu a separação em que Sutton foi entregue para os Mercer e Emma criada em casas de acolhimento. Além disso, podemos ter uma melhor visão sobre como foram as últimas horas de vida de Sutton, pois Emma consegue mais informações e a própria Sutton volta a "lembrar" dos fatos. Ao excluir Becky da lista de possíveis suspeitos, a investigação volta à estaca zero, porém nos primeiros capítulos de Sete Minutos no Paraíso já conhecemos um novo suspeito e Emma volta toda a sua atenção para isso, já que têm dois assassinatos para investigar, apesar de um ser considerado suicídio para a polícia local. 

Quando um corpo é encontrado no Cânion em que Sutton estava em suas últimas horas de vida, a farsa de Emma é ameaçada e diante de uma identificação positiva do corpo, a família de Sutton não permite mais que a jovem continue morando com eles. Emma recorre a Ethan e é afastada da vida que teve nos últimos meses, agora conta apenas com o namorado para provar a sua inocência e ter sua vida de volta. 

Sete Minutos no Paraíso é um livro viciante e que leva o leitor a cada capítulo analisar  os suspeitos e ver o que Emma deixou passar em sua busca por respostas. A autora conseguiu amarrar todos os pontos que ficaram em aberto nos livros anteriores e concluiu a série com maestria. Sutton teve seu encerramento, Emma teve a sua identidade de volta e o seu futuro garantido, mas tudo isso teve um custo alto para a família Mercer.

A capa segue o padrão das anteriores, o que é interessante para manter a identidade da série. Assim como a diagramação, simples e funcional, os capítulos são divididos entre a narração da vida de Emma e os flashbacks do espírito de Sutton, os capítulos são curtinhos e dão mais fluidez ao texto, letras em bom tamanho e a revisão está ótima, proporcionando uma leitura sem interrupções por falhas deste tipo. Sou suspeita em falar, já que a série de TV The Lying Game é uma das minhas favoritas - apesar de ter sido cancelada sem uma conclusão decente - mas os livros me deram uma visão melhor da história das gêmeas e confesso que adorei mais os livros do que a forma como a adaptação foi feita, sem dúvidas se tivessem seguido os livros fielmente a série seria bem mais reconhecida. 


"Eu teria ficado quase emocionada com a determinação de Quinlan em levar meu assassino à justiça se ele não estivesse agindo como um completo idiota. Já era ruim o bastante estar morta. Agora, para completar, a polícia estava atrás da pessoa errada." Página 175




13 novembro 2018

Resenha: A Forma da Água - Guillermo del Toro e Daniel Kraus

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Editora: Intrínseca
Ano: 2018
Páginas: 352

Richard Strickland é um oficial do governo dos Estados Unidos enviado à Amazônia para capturar um ser mítico e misterioso cujos poderes inimagináveis seriam utilizados para aumentar a potência militar do país, em plena Guerra Fria. Dezessete meses depois, o homem enfim retorna à pátria, levando consigo o deus Brânquia, o deus de guelras, um homem-peixe que representa para Strickland a selvageria, a insipidez, o calor — o homem que ele próprio se tornou, e quem detesta ser. 

Para Elisa Esposito, uma das faxineiras do centro de pesquisas para o qual o deus Brânquia é levado, a criatura representa a esperança, a salvação para sua vida sem graça cercada de silêncio e invisibilidade. Richard e Elisa travam uma batalha tácita e perigosa. Enquanto para um o homem-peixe é só objeto a ser dissecado, subjugado e exterminado, para a outra ele é um amigo, um companheiro que a escuta quando ninguém mais o faz, alguém cuja existência deve ser preservada.

Mistura bem dosada de conto de fadas, terror e suspense, A Forma da água traz o estilo inconfundível e marcante de Guillermo del Toro, numa narrativa que se expande nas brilhantes ilustrações de James Jean e no filme homônimo, vencedor do Leão de Ouro em 2017. Uma história cinematográfica e atemporal sobre um homem e seus traumas, uma mulher e sua solidão, e o deus que muda para sempre essas duas vidas.


Classificação:    



"A desvantagem da vida recém-descoberta de Hoffsteler era  uma nova ingenuidade. A Occam não tinha interesse em solucionar mistérios relativos a diferentes tipos de existência. A empresa buscava a mesma coisa que Mihalkov: aplicações militares e aeroespaciais." Página 145


A Forma da Água é um livro de autoria de Guillermo del Toro e Daniel Kraus, lançado no Brasil pela Editora Intrínseca. Fiz a solicitação para avaliação porque fiquei intrigada com a sinopse, a capa me chamou atenção e a divulgação do filme também foi levada em consideração, já que a história estava na mídia havia algum tempo. Demorei um pouco para iniciar a leitura e acabei demorando para terminá-lo já que a história é densa e tive que dar uma pausa algumas vezes para refrescar a mente. O livro conta com poucos diálogos e muito texto, o que se torna um pouquinho cansativo e a leitura acaba ficando mais lenta. 

O livro nos mostra a história de Elisa Espósito, uma jovem que viveu à margem da sociedade desde muito pequena, é órfã e muda, morou até os 18 anos em orfanatos e quando teve a sua liberdade - uma muda de roupa e alguns trocados - descobriu um lugar para morar, um pequeno apartamento no andar superior ao cinema Arcade. Uma década depois, Eliza tem uma vida tranquila e  trabalha no período noturno como faxineira da Occan, porém tudo muda quando a sala F1 aparece em sua rota de limpeza. Lá ela tem contato com o novo projeto, em um tanque ela descobre o Deus Brânquia, um ser mítico que foi retirado da Amazônia para ser alvo de pesquisa para aplicações militares. 

De outro lado, o livro nos apresenta Richard Strickland, o homem que foi enviado para efetuar a captura do homem-peixe e ficou mais de um ano na floresta a sua procura. Neste tempo o homem perdeu seus companheiros, sua família e parte de sua humanidade na busca, ao voltar com o Deus Brânquia para os Estados Unidos, ele faz parte do grupo de pesquisadores que estão investigando as aplicações do ser para beneficiar o governo, porém sua pesquisa poder estar com os dias contados à partir do momento em que Elisa Espósito é designada para  a limpeza da sala F1. 

A Forma da Água é um livro impactante e com uma forte crítica social, porém estava com bastante expectativa para a leitura e acabei achando cansativa a forma com que a história foi apresentada. Elisa é uma personagem forte e conta com a ajuda de amigos para concluir o plano de resgatar o Deus Brânquia, já Richard é seu oposto, extremamente ambicioso o homem passa por cima de tudo e todos para conseguir o que deseja. O desfecho é ótimo, realmente um ponto positivo para a história, e acabou me deixando animada para conferir o filme. Sobre a edição só tenho elogios, a capa ilustra bem o que encontraremos durante a leitura, a divisão da história é feita em quatro partes e os capítulos são curtos, facilitando as pausas durante a leitura. A diagramação está ótima e há ainda algumas ilustrações da história para aguçar ainda mais a imaginação dos leitores. Para os leitores que gostam de ficção científica, esta obra é uma boa pedida, para mim, por outro lado, foi uma leitura um tanto arrastada, mas pretendo relê-lo em outro momento e ver se mudo de opinião. 


"Não, ele não é um animal, é uma pessoa. Elisa tem certeza disso, e Giles fica feliz em concordar. Para completar, a criatura é arrebatadora, um bilhão de pedras preciosas cintilantes moldadas em forma de homem por um artista de brilhantismo superior ao de Giles." Página 261



12 novembro 2018

Resenha: Juro pela minha vida - Sara Shepard

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Editora: Rocco Jovens Leitores
Ano: 2016
Páginas: 304
Tradutor: Joana Faro


No quinto livro da série The Lying Game, da mesma autora de Pretty Little Liars, Sara Shepard, Emma Mercer segue se fazendo passar pela irmã-gêmea Sutton enquanto investiga a misteriosa morte da garota. Mas agora uma nova personagem surge na trama: Becky, a mãe biológica das meninas. Cada vez mais próxima de descobrir o que aconteceu na noite em que Sutton foi morta, Emma percebe que Becky não é exatamente o que parece (e que Sutton não era a única da família a esconder segredos). Como Emma, o leitor é convidado a juntar as peças de um intrincado quebra-cabeça e resolver o mistério por trás da morte de Sutton. A narrativa ágil de Sara Shepard faz de Juro pela minha vida um thriller psicológico irresistível. 


Classificação:     




"Ela não era mais a adorável e pequena Emma e não podia se dar ao luxo de ser a amarga adolescente Emma que começava a aceitar o repentino reaparecimento de sua mãe. Ela era uma pessoa completamente diferente. Era a Emma que vinha canalizando Sutton. Era uma garota dura e prática que precisava lutar para sobreviver, fazer perguntas difíceis e ouvir verdades que talvez não quisesse saber." Página 74


Juro pela minha vida é o quinto livro da série The Lying Game, de autoria de Sara Shepard e lançado no Brasil pela Editora Rocco. No livro anterior, Caça ao Tesouro, Emma conseguiu tirar Thayer da lista de suspeitos, porém sua mãe reapareceu após ter a abandonado há 13 anos. Becky, sua mãe biológica, é a pessoa a qual Emma precisa descartar como suspeita do assassinato de sua irmã gêmea, mas a investigação irá ser complicada já que ela passou cinco anos de sua vida morando com a mãe e isso pode interferir em seu julgamento. 

Esse livro é interessante porque não foca apenas em resolver o assassinato de Sutton, mas sim no passado de Emma e agora a protagonista precisa colocar tudo em perspectiva e não se deixar levar pelo ressentimento que ter sido abandonada lhe causou. Aos poucos a jovem percebe que Becky é uma pessoa problemática desde adolescente e tem um passado com seus pais adotivos, o que pode ser bastante revelador para a sua história. Por outro lado, o relacionamento com o Sr. Mercer, pai de Sutton, se estreita e faz com que Emma tenha maior liberdade para a investigação, já que ele conta tudo o que sabe sobre o passado de Becky. 

Outra personagem inserida na trama é Celeste, uma jovem que diz enxergar auras e percebe que Emma esconde alguma coisa de todos. As garotas do Jogo da Mentira levam as investidas de Celeste como algo pessoal e decidem fazer um trote com ela, e com a ajuda de Nisha Banerjee - a ex-rival de Sutton - conseguem assustar a garota. Por ser o penúltimo livro da série era de se esperar que já fossem revelados os mistérios da série, porém este é o livro que mais me deixou intrigada, já que Emma voltou à estaca zero e todos os suspeitos que ela considerou anteriormente foram "inocentados". Nas últimas páginas um novo crime acontece, deixando muito mais perguntas do que respostas para o último livro da série. Já iniciei a leitura e estou morrendo de curiosidade para saber qual será o desfecho da série, por que apesar de conhecer o final dado à adaptação da história para a TV, sei bem que pode ser algo completamente diferente. 


"Eu fui um erro, e nossa mãe enfim encontrou um jeito de me apagar." Página 212


Os livros da Sara Shepard são completamente viciantes, a série Pretty Little Liars é maravilhosa, porém The Lying Game é a queridinha da minha estante. A forma com que a autora revela as informações sobre o último dia de Sutton, ao mesmo tempo em que o fantasma da garota segue a irmã gêmea para tentar acompanhar a investigação, mesmo que não possa lembrar o que aconteceu em suas últimas horas de vida, torna a leitura eletrizante. Emma busca desvendar o quê aconteceu com a irmã, além de fazer de tudo para sobreviver, já que é constantemente ameaçada para manter as aparências e continuar vivendo como se fosse Sutton Mercer. 

As capas da série são bem parecidas e adoro a identidade visual que a editora deu para os livros, a diagramação é simples e os capítulos são divididos entre a história de Emma e as lembranças de Sutton, dando dinâmica para a leitura. A revisão deixou passar alguns erros, mas nada que prejudique o bom entendimento da história.  Não vejo a hora de concluir a leitura de Sete minutos no paraíso e desvendar o quê aconteceu com Sutton Mercer e como ficará a vida de Emma após isso. 



"Ela tinha que estar sempre pronta para qualquer coisa. Não devia ter baixado a guarda, nem mesmo por uma noite. Suspirou. Não era justo. Ela não aguentava mais ficar sempre em alerta. Queria ser vulnerável, normal, só uma vez." Página 224

09 novembro 2018

Resenha: Vox - Christina Dalcher

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Editora: Arqueiro
Ano: 2018
Páginas: 320
Tradutor: Alves Calado

Uma distopia atual, próxima dos dias de hoje, sobre empoderamento e luta feminina.

O SILÊNCIO PODE SER ENSURDECEDOR #100PALAVRAS

O governo decreta que as mulheres só podem falar 100 palavras por dia. A Dra. Jean McClellan está em negação. Ela não acredita que isso esteja acontecendo de verdade.

Esse é só o começo...

Em pouco tempo, as mulheres também são impedidas de trabalhar e os professores não ensinam mais as meninas a ler e escrever. Antes, cada pessoa falava em média 16 mil palavras por dia, mas agora as mulheres só têm 100 palavras para se fazer ouvir.

...mas não é o fim.

Lutando por si mesma, sua filha e todas as mulheres silenciadas, Jean vai reivindicar sua voz.


Classificação:       


"Ele está com raiva, magoado e frustrado. Mas nada disso justifica as palavras que saem de sua boca em seguida, as que ele jamais poderá retirar, as que cortam mais fundo do que qualquer caco de vidro e me fazem sangrar por inteiro.
- Quer saber, amor? Acho que era melhor quando você não falava." Página 64


Vox é um dos últimos lançamentos da Editora Arqueiro e como já está evidenciado na sinopse, é um livro que está próximo do que estamos vivendo, a batalha das mulheres para ganharem seu espaço na sociedade além de perderem o estigma de seres frágeis e submissos, a autora traz a tona a batalha das minorias que são constantemente deixadas à margem da sociedade e a leitura pode ser desafiadora, caso você não concorde com o que é apresentado no livro. 

Desde a divulgação do lançamento já fiquei interessada na leitura e assim que a obra chegou, não hesitei em começar a leitura e fiquei fascinada com o livro. A distopia é atemporal e nos mostra a vida da Dra. Jean McClellan, uma neurologista que foi obrigada a deixar seu trabalho para virar uma mulher "do lar", agora a mulher fica em casa para manter tudo em ordem, tem quatro filhos e seu marido tem um cargo importante no governo. As mulheres são obrigadas a usar um contador de palavras, desde o nascimento, e caso o aparelho acuse 100 palavras, a cada palavra a mais a pessoa leva um choque, que vai aumentando de intensidade a cada dezena. Quando o irmão do presidente sofre um acidente, a Dra. Jean McClellan é uma das pessoas escolhidas para ajudar no tratamento da afasia, além de sua antiga equipe: Lin e Lorenzo. Após uma negociação sobre os benefícios que teria ao aceitar o trabalho, Jean percebe que nem todos estão aceitando bem este novo modelo de sociedade e há grupos de resistência espalhados pelos EUA tentando contornar a situação. 

Este é um livro que deveria ser leitura obrigatória nas escolas, principalmente para as jovens meninas que são silenciadas diariamente. A leitura é forte e pode ser um tanto chocante, porém é algo extremamente real e que considerando o rumo que o país está tomando, pode muito bem ser posto em prática nas próximas décadas. Não vou me prolongar quanto a isso porque cada pessoa tem seu posicionamento, mas esse livro é realmente um material que todos deveriam dar uma chance e entender o quanto a segregação pode levar uma sociedade à ruína. 


"Passei tempo  demais pensando em como tudo era antigamente, em como eu era, mas o futuro sempre permaneceu como um borrão. Isto é, até agora. Agora vejo fantasmas dos anos vindouros, a princípio apenas redemoinhos malformados, depois se fundindo em imagens absolutamente nítidas e coloridas." Página 209


Vox se tornou um dos meus favoritos de 2018, a autora criou uma história extremamente verossímil e a cada capítulo que lia ficava cada vez mais empolgada para saber como a obra terminaria. A forma com que ela colocou em evidência a divisão entre homens e mulheres, além da questão racial, religiosa e sexual, faz com que o leitor pense em como isso poderá acontecer caso alguém com poder suficiente dê margem à esta divisão. Este é um livro que, sem dúvidas, indico para todos que questionam a batalha do movimento feminista e todos os movimentos das minorias alegando que é vitimismo, pois isto não é vitimismo, mas sim a batalha por igualdade. 

Sobre a edição só tenho elogios, a capa é chamativa e ilustra bem o que o leitor encontrará durante a leitura. A diagramação é simples, os capítulos são curtos e dão mais fluidez para a leitura, a revisão está boa e contribui positivamente para a leitura. Tenho certeza que não consegui passar o quanto esse livro mexeu comigo, mas espero que até mesmo os leitores que estão com receio da leitura deem uma oportunidade para o livro, pois tenho certeza de que serão pessoas totalmente diferentes ao concluírem a leitura. 


"- A culpa não é sua. 
Mas é. E minha culpa não começou quando assinei o contrato de Morgan na quinta-feira. Minha culpa começou há duas décadas, na primeira vez em que não votei, nas vezes incontáveis em que disse a Jackie que estava ocupada demais para ir a uma das suas passeatas, fazer cartazes ou ligar para meus congressistas. " Página 215