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25 agosto 2017

Resenha: Ruby - Cynthia Bond

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Editora: Intrínseca
Ano: 2017
Tradutor: Natalia Klussmann

Uma narrativa de paixão e coragem, Ruby transporta o leitor até meados do século XX, por ruas poeirentas de uma cidadezinha no sul dos Estados Unidos, enquanto aborda temas atemporais que ultrapassam fronteiras geográficas.
A jovem e bela Ruby Bell passou por sofrimentos inimagináveis durante a infância e a adolescência, e, assim que surge uma oportunidade, decide fugir de sua sufocante cidade natal no Texas para a vibrante Nova York dos anos 1950. No entanto, não consegue escapar dos fantasmas do passado.
Mais de uma década depois, quando um telegrama urgente a faz voltar para casa, ela é forçada a reviver fatos perturbadores e a reencontrar os personagens que definiram os primeiros anos de sua vida, esforçando-se para manter a sanidade em meio a lembranças sombrias.
Com uma prosa refinada, Cynthia Bond afirma seu lugar entre as vozes mais impactantes da ficção literária contemporânea e constrói uma história transformadora — ao mesmo tempo um retrato cruel do que o ser humano é capaz e uma demonstração da força transcendente do amor. Uma obra marcante sobre a luta feminina, finalista do Baileys Women’s Prize.


Classificação:     






"Não viam como as pupilas dele se dilatavam quando o coração se enchia de orgulho, amor ou esperança.
Mas Ruby notou.
Quando a vida dela não passava de um grito longo e crescente que se esvaía no meio da noite. Mesmo então, Ruby reparou em Ephram." Página 13




Ruby é uma obra que acabou me chamando atenção quando recebi o informativo da Intrínseca dos lançamentos de abril, então decidi solicitá-lo e iniciei a leitura sem saber o quê esperar, já que a história não se enquadra nas quais tenho costume de ler. Cynthia Bond criou um universo que mescla assuntos como, por exemplo, religião, abuso sexual e preconceito, tornando a leitura pesada, mas extremamente informativa e verossímil. Ruby Bell aprendeu desde pequena o seu lugar como mulher negra em Liberty, uma cidadezinha nos Estados Unidos e assim que teve a primeira oportunidade de buscar uma nova vida longe de seus segredos e demônios, aceitou essa nova vida sem hesitar.

Dividido em três partes, Ruby apresenta aos leitores uma trama densa e com diversos gatilhos e assuntos polêmicos. A protagonista é apresentada ao leitor como uma mulher considerada pária pela sua comunidade, que abandonou tudo, porém anos depois é obrigada a voltar para a sua cidade e enfrentar o julgamento de seus conterrâneos pelo modo com que vive. O único em Liberty que não a vê como esse ser indigno de compaixão, é Ephram Jennings, criado pela irmã mais velha, Celia, desde a morte do Reverendo Jennings. Contrariando tudo o que Celia lhe diz, Ephram começa a procurar Ruby e tenta ajudá-la a se adaptar, porém a mulher teve uma vida sofrida e não entende o por quê dele tratá-la diferente de todos, além dessa aproximação despertar a ira em Celia, que faz de tudo para minar essa relação. Ruby é um romance que retrata, sem rodeios, o quanto uma pessoa pode esconder o quê passou em sua vida e mesmo as "pessoas de bem" podem ferir e modificar para sempre a vida de uma criança.
 

"Ruby sentiu a solidão antes que ela surgisse. Sabia que, entre todas as coisas que precisaria encarar quando deixasse a pequena cabana, a solidão seria a pior. Sabia também que esse era o sentimento que todos eles compartilhavam, mas que esperava cada um em situações diferentes. Para Ruby, seria em um quarto na casa da Senhorita Barbara. Para Maggie, no minuto após Ruby se despedir. E, para Ephram, naquele exato momento. Ela sentia que a solidão nunca o abandonava, mesmo que ele estivesse sentado ao lado dela." Página 47



Ruby é um livro que me deixou sem palavras e completamente sem saber o quê pensar assim que concluí a leitura. Confesso que foi uma leitura lenta e sempre que eu acreditava saber o que estava acontecendo e o quê havia acontecido com a pequena Ruby Bell, algo acontecia e eu percebia que ainda tinha muito mais a se descobrir. A autora tratou assuntos difíceis de serem abordados como abuso sexual, religião, preconceito e até mesmo pedofilia, tornando a leitura extremamente complicada e cheia de gatilhos para quem não lida bem com esses temas.  O desfecho da obra me deixou com o coração apertado, mas sem dúvidas tornou a obra ainda mais excepcional.

Esta é uma das resenhas mais difíceis que precisei escrever e me perdoem se fui repetitiva ou um tanto confusa, mas a leitura me deixou assim e ainda estou tentando absorver tudo o que o livro abordou. Com relação aos aspectos editoriais, o livro não decepcionou. A capa é forte e bastante chamativa, tive meu primeiro contato em uma livraria e acabei me apaixonando por ela, então fiz a solicitação para avaliação. Já a diagramação é bem simples, mas funcionou muito bem, a revisão está ótima - o quê ajuda bastante na leitura. Sem dúvidas é um livro inteligente, que faz o leitor questionar e se colocar no lugar dos personagens que enfrentam as mais variadas batalhas para simplesmente ter a oportunidade de viver em uma época com várias restrições e lutas diárias.

"Naquele dia, aproximadamente outras vinte pessoas se flagraram vagando pela estrada até a propriedade dos Bell, curiosas para verem se Ephram cairia e começaria a espumar o mal pela boca. Em vez disso, assistiram a um homem solitário limpa, carregar e puxar coisas. Mas isso já foi mais do que o suficiente." Página 159




23 agosto 2017

Por dentro da tela: O espaço entre nós

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Data de lançamento: 30 de março de 2017
Duração: 2h 01min
Direção: Peter Chelsom
Gêneros: Romance, Ficção científica, Drama
Nacionalidade EUA



O adolescente Gardner Elliot (Asa Butterfield) é o primeiro humano nascido em solo marciano. Mas ele deseja fazer uma viagem à Terra para conhecer a verdade sobre seu pai biológico, e sobre seu nascimento. Nesta jornada, ele tem o apoio de Tulsa (Britt Robertson).





Classificação:     





O espaço entre nós tem como protagonista o adolescente marciano Gardner Elliot, sua mãe foi em uma expedição à Marte e descobriu a gravidez quando era tarde demais, mantida em outro planeta para dar à luz, Sarah morre no parto e Gardner fica órfão já que o seu pai é desconhecido. A astronauta Kendra é a responsável por cuidar do jovem e ele mantém contato com uma humana, conhecida por ele como Tulsa. Enfrentando os questionamentos adolescentes e de um garoto órfão, Gardner sonha com o dia que irá para a Terra conhecer seu pai e Tulsa, porém seu corpo não conseguiria suportar a viagem. 

Uma série de exames e a preparação para ida de Gardner para a Terra é trabalhosa, mas depois de meses ele finalmente irá conhecer o planeta de seus pais e ver Tulsa. Porém quando ele chega para se apresentar à adolescente, ela está bastante chateada por ele ter parado de responder há meses, então novos questionamentos são levantados para o garoto que está ainda se ambientando na Terra.

O filme é um drama adolescente que tem um fundo científico por trás para dar uma singularidade à produção, porém se você ama Sci-Fi, acredito que não irá gostar tanto assim do filme. A produção, em geral, é voltada para o relacionamento entre Tulsa e Gardner, assim como a busca do jovem por suas origens e ele precisa enfrentar também os problemas que seu corpo tem tido com a mudança de planeta. O espaço entre nós é um filme interessante e diferente dos que estou acostumada a ver, mas confesso que adoro os filmes da Brittany Robertson e o par com Asa Butterfield não deixou a desejar, sem dúvidas é um filme indicado para aqueles que gostam de um filme diferente. 





17 agosto 2017

Por dentro da tela: Chalk It Up

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Ano produção: 2016
Estreia: 13 de Setembro de 2016 
Duração: 90 minutos
Gênero: Comédia
Países de Origem: Estados Unidos da América






Quando uma garota super feminina é abandonada por seu namorado, ela decide fazer tudo o que puder para recuperá-lo através da construção de uma equipe de ginástica da faculdade, aprendendo rapidamente que é capaz de muito mais do que apenas conseguir um diploma de MRS para ser uma boa esposa.




Classificação:     




Chalk it up começa quando a jovem Apple é dispensada por seu namorado, Todd, segundo ele não poderiam ficar mais juntos porque logo o seu time seria transferido para outra faculdade. Porém ao analisar o regulamento da instituição, Apple encontra uma solução: criaria um time de ginástica artística - já que ela competiu até a adolescência - e como a faculdade teria que ter um número igual de esportes femininos e masculinos, seu namorado poderia voltar e eles seriam felizes para sempre. 

Ao debater com sua melhor amiga Cali, que estava treinando para um teste na CIA, as garotas começam a bolar um plano para criar efetivamente um time feminino de ginástica. Aos poucos começam a ter vários problemas como, por exemplo, o reitor não aceita a criação do time e não existem alunas com os requisitos básicos para serem ginastas. Mas com muita luta e pesquisa, Cali e Apple encontram candidatas - que praticavam esportes que precisavam de habilidades especiais - e aos poucos o time é formado. Competindo as meninas são uma negação, mas tudo estava dando certo na vida de Apple e logo seu namorado poderia voltar para a faculdade. 

Depois de muitos treinos, as garotas começam a ficar ambientadas com o esporte, mas tudo começa ruir na vida de Apple e ela é obrigada a tomar decisões difíceis sobre o que fará a seguir. Chalk it up é um filme descontraído e faz o telespectador dar muitas risadas ao longo da produção, Apple é uma jovem obstinada e não se deixa abalar por nada que aconteça em sua vida e a amizade com Cali têm grande importância nesse sentido. Já havia visto o trailer do filme há algum tempo e estava querendo ver já que adoro os filmes da Rachelle Brooke Smith desde Center Stage, então gostei bastante da produção. Para quem gosta de dança ou ginástica é indicado, já aqueles que não curtem muito poderão ficar perdidos ou achar o filme um tanto entediante e adolescente.



15 agosto 2017

Por dentro da tela: O mínimo para viver

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Data de lançamento 14 de julho de 2017 na Netflix 
Duração? 1h 47min
Direção: Marti Noxon
Gênero: Drama
Nacionalidade: EUA



Uma jovem (Lily Collins) está lidando com um problema que afeta muitos jovens no mundo: a anorexia. Sem perspectivas de se livrar da doença e ter uma vida feliz e saudável, a moça passa os dias sem esperança. Porém, quando ela encontra um médico (Keanu Reeves) não convencional que a desafia a enfrentar sua condição e abraçar a vida, tudo pode mudar.



Classificação:       







Quando vi a divulgação da Netflix sobre esse filme protagonizado pela Lily Collins, guardei a data para assistir, pois adoro filmes e livros que tratam sobre assuntos polêmicos - principalmente doenças relacionadas ao psicológico, como é o caso de O mínimo para viver

Ellen é uma jovem anoréxica que vive com seu pai, a madrasta e uma irmã mais nova. A madrasta acaba tendo acesso a um novo modelo de tratamento, já que os convencionais não deram resultados, e acaba enviando Ellen para uma nova tentativa. A cada dia que passa, Ellen está mais refém de sua condição e entra em negação nos primeiros dias de tratamento. Em uma nova casa, morando com pessoas que nunca viu na vida ela é obrigada a enfrentar sua doença e buscar uma recuperação milagrosa, como é visto pela sua madrasta. 

Apesar de gostar de livros e produções com temáticas pesadas, O mínimo para viver acabou me deixando aos prantos justamente por mostrar a realidade crua da doença e o quê ela faz com as jovens meninas que buscam a perfeição. O filme mostra cenas fortes, ossos proeminentes e muitos jovens abalados por suas doenças, porém apesar de todas as críticas sobre a produção continuo com uma opinião positiva já que assim como a protagonista falou em várias entrevistas o intuito do filme é divulgar e tentar mostrar para as jovens meninas que a magreza exagerada não é algo a se almejar, mas sim viver com saúde. 




08 agosto 2017

Lançamentos da Intrínseca

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Olá, leitores.


Vamos conhecer os lançamentos de Agosto da nossa parceira?







Meu livro. Eu que escrevi, de Duny — Duny é uma celebridade de alcance mundial, rainha das grosserias e desbocada. Estrela da websérie Girls in the House, criada por Raony Phillips, Duny lança uma autobiografia recheada de ironia, lacres e histórias divertidas sobre a sua busca desesperada pela fama.





Os 27 crushes de Molly, de Becky Albertalli — Da mesma autora de Simon vs. a agenda Homo Sapiens, o livro conta a história de Molly, uma garota que já viveu muitas paixões, mas só dentro da própria cabeça. Aos 17 anos, ela acumulou vinte e seis crushes. Embora sua irmã gêmea, Cassie, viva dizendo que Molly precisa ser mais corajosa, a garota não consegue suportar a ideia de levar um fora. Então, age com muito cuidado. Para ela, garotas gordas sempre têm que ser cautelosas. 



Hoje vai ser diferente, de Maria Semple — A vida de Eleanor está uma bagunça, e ela sabe que a culpa é toda dela. Só que hoje ela vai ser uma pessoa melhor e vai fazer diferente. Mas antes mesmo de começar, a vida já lhe dá uma rasteira, e a força a abandonar suas humildes ambições e acordar para um novo e inesperado futuro. Uma história hilária e otimista sobre uma mulher que acorda determinada a ser a melhor versão dela mesma. 

O livro vai ser adaptado como minissérie para a HBO com Julia Roberts no papel principal.





Fantasma, de Jason Reynolds — Fantasma é um garoto que sempre soube que correr era o seu forte, mas nunca levou a atividade muito a sério. Até que, certo dia, ele disputa uma corrida contra um dos melhores atletas de uma equipe que está treinando na pista de atletismo do parque. E vence. O treinador quer ele entre para a equipe de qualquer jeito. O problema é que Fantasma tem muita raiva dentro de si e também um passado que tenta desesperadamente deixar para trás.

Finalista do National Book Award de 2016, um dos prêmios literários de maior relevância no mercado, Fantasma aborda com leveza temas como bullying, representatividade, invisibilidade social e racismo.


O curso do amor, de Alain de Botton — Rabih e Kirsten se conhecem e logo se apaixonam. Eles se casam, têm filhos. A sociedade nos faz acreditar que esse é o fim da história, quando, na verdade, é apenas o começo. Em seu retorno à ficção, o filósofo Alain de Botton discute, através da história de Rabin e Kirsten, as complexidades de um relacionamento amoroso duradouro. Um livro extremamente provocativo e verdadeiro para todos que acreditam no amor. 




Por trás dos seus olhos, de Sarah Pinborough — Louise é mãe solteira, trabalha como secretária e está presa à rotina. Em uma rara saída à noite, ela conhece um homem no bar e se deixa envolver. Embora ele se vá logo depois de um beijo, Louise fica muito animada por ter encontrado alguém.

Ela só não esperava que seu novo e casadíssimo chefe seria o homem do bar. Apesar de ele fazer questão de logo esclarecer que o beijo foi um equívoco, os dois passam a ter um caso. Em uma terrível sequência de erros, Louise acaba ficando amiga da esposa do amante. E, se você acha que sabe para onde esta história vai, pense de novo, porque Por trás de seus olhos não se parece com nenhum livro que já tenha passado por suas mãos.




A grande saída, de Angus Deaton — Vencedor do Prêmio Nobel de Economia, o economista Angus Deaton, um dos maiores especialistas em estudos sobre pobreza, apresenta um estudo que analisa por que as desigualdades ainda são tão presentes no cenário global e examina os padrões históricos e atuais por trás das nações ricas e com boas condições de saúde.

03 agosto 2017

Resenha: Boneco de Pano - Daniel Cole

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Editora: Arqueiro
Ano: 2017
Páginas: 336
Tradutor: Marcelo Mendes

VOCÊ ESTÁ NA LISTA DE UM ASSASSINO. E ELA DIZ QUANDO VOCÊ VAI MORRER.

O polêmico detetive William Fawkes, conhecido como Wolf, acaba de voltar à ativa depois de meses em tratamento psicológico por conta de uma tentativa de agressão. Ansioso por um caso importante, ele acredita que está diante da grande chance de sua carreira quando Emily Baxter, sua amiga e ex-parceira de trabalho, pede a sua ajuda na investigação de um assassinato. O cadáver é composto por partes do corpo de seis pessoas, costuradas de forma a imitar um boneco de pano.

Enquanto Wolf tenta identificar as vítimas, sua ex-mulher, a repórter Andrea Hall, recebe de uma fonte anônima fotografias da cena do crime, além de uma lista com o nome de seis pessoas – e as datas em que o assassino pretende matar cada uma delas para montar o próximo boneco. O último nome na lista é o de Wolf.

Agora, para salvar a vida do amigo, Emily precisa lutar contra o tempo para descobrir o que conecta as vítimas antes que o criminoso ataque novamente. Ao mesmo tempo, a sentença de morte com data marcada desperta as memórias mais sombrias de Wolf, e o detetive teme que os assassinatos tenham mais a ver com ele – e com seu passado – do que qualquer um possa imaginar.

Com protagonistas imperfeitos, carismáticos e únicos, aliados a um ritmo veloz e uma deliciosa pitada de humor negro, Boneco de Pano é o que há de mais promissor na literatura policial contemporânea.


Classificação:       

"Fim de jogo. Anos de desconfiança e acusações sepultados com a pá de cal de alguns segundos de franqueza." Página 135 



Boneco de Pano é um dos últimos lançamentos da Editora Arqueiro que estava desejando intensamente desde a divulgação, já que amo demais thrillers policiais. Quando recebi o e-mail de aprovação da parceria, sem dúvidas, foi a minha primeira escolha para resenha e logo que a obra chegou iniciei a leitura - que foi um tanto lenta por causa da minha rotina exaustiva de trabalho no último mês. Por outro lado, pude aproveitar bem os capítulos e analisar a história de forma que não poderia fazer se a leitura fosse mais rápida. 

O livro começa contando um pouco da história do Detetive William Fawkes, um homem profundamente abalado por conta do último caso que fora investigador, Naguib Khalid assassinara 27 prostitutas adolescentes em 27 dias e Wolf tinha certeza que o homem era o assassino conhecido como "O Cremador", porém o Juri considerou as provas circunstanciais e deixou o réu em liberdade. Mas antes o Detetive Fawkes tentou matá-lo e garantiu sua ida para um hospital psiquiátrico.  Ainda na instituição médica Wolf vê em um noticiário que Khalid assassinou mais uma jovem e dessa vez será condenado por seus crimes. 

Quatro anos depois, Wolf é solicitado em uma cena de crime e além de sua consultoria necessária para a resolução do crime, ele é apontado por um colega de trabalho como o principal suspeito do crime. Um corpo composto com partes do corpo de seis pessoas fora encontrado no prédio em frente ao de Wolf e o "boneco de pano" está apontado para a janela do detetive.  Com a investigação à tona, Wolf e Emily Baxter - sua parceira - começam a descobrir as partes desse quebra-cabeças, mas tudo muda quando a ex-mulher de Wolf recebe fotos da cena do crime e uma lista contendo os próximos a serem assassinados e a data em que ocorreriam os crimes. Com isso seria mais fácil descobrir a ligação entre eles e o por quê de serem os escolhidos, porém o nome de Wolf está na lista e todos começam a achar que ele é o elo de todos os crimes anteriores. Do boneco de pano a única certeza é de que a cabeça pertence à Naguib Khalid, o que leva a equipe a considerar Wolf um suspeito e vítima do caso, tornando as investigações ainda mais complicadas.


"De seis partes que compunham o Boneco, apenas uma permanecia sem identificação. Embora nenhuma das outras pessoas envolvidas no julgamento constassem na lista de desaparecidos, Simmons agora podia jurar que o nome da sexta vítima estava bem ali naquela folha de papel, encarando-o de volta." Página 188


Boneco de Pano é um livro excepcional, que leva o leitor a trilhar o mesmo caminho do Detetive William Fawkes e sua equipe para provar a sua inocência e tentar salvá-lo deste assassino impiedoso, que se mostra a cada crime uma sede por vingança e punição a todos os nomes envolvidos nessa história. 

Com relação aos aspectos editoriais o livro surpreendeu porque apesar de simples, a obra ficou bem interessante visualmente. A capa transmite ao leitor um pouco do que ele encontrará na história, as cores preta e vermelha tornaram a capa ainda mais atrativa aos olhos dos leitores. A diagramação é simples e os capítulos iniciam com a data, para facilitar a leitura, pois os capítulos são divididos em 2010 e 2014. 

A leitura é fluida e informativa, os capítulos são bem delimitados e contribuem para o melhor entendimento e sequência dos fatos. Este foi, sem dúvidas, um dos melhores livros desse ano. Um thriller emocionante, instigante e que deixa o leitor sem saber o que está acontecendo até as últimas páginas, o final foi o que mais me impressionou, além da forma com que Daniel Cole conseguiu conduzir a história sem dar muitas pistas ao leitor sobre a verdade, isto sem deixar a história monótona, a história foi escrita como piloto para uma série televisiva e espero que em breve seja realmente feita, pois estou curiosíssima para conferir. 


" - Já deixei um assassino arruinar minha vida. Não vou deixar que outro decida a minha morte.
- É assim que se fala - aplaudiu Finlay.
- Cedo ou tarde preciso retomar as rédeas da minha vida. Por que não hoje mesmo?" Página 206


02 agosto 2017

[Top Comentarista - Agosto]

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Olá, leitores.

Em agosto o prêmio será BONECO DE PANO, para concorrer basta deixar um comentário nessa postagem e comentar nas postagens do blog. O sorteio será como o que foi realizado anteriormente, não será necessário comentar em todas as postagens, mas a cada comentário é uma chance a mais de ganhar.


Fique atento às regras:


  • Deixar um comentário nesta postagem com seu nome completo e e-mail para contato.
  • As postagens de promoções não serão válidas para o Top Comentarista.
  • Será contabilizado apenas um comentário por postagem.
  • O ganhador deverá ter endereço de entrega no Brasil.
  • A promoção é válida de 01/08/2017 a 31/08/2017 e os comentários deverão ser feitos até a data estipulada para o último dia da promoção e apenas em postagens publicadas entre estas datas. Lembrem-se de comentar algo RELEVANTE e que mostre que você leu a postagem.
  • O vencedor deverá responder o e-mail enviado pelo blog em até 4 dias. Caso não o faça, o sorteio será refeito. 
  • O prêmio será enviado pelo blog em até 45 dias contados a partir da resposta do vencedor. Em caso de atrasos o vencedor será informado.
  • O exemplar é o que recebi da editora para resenha, portanto foi lido uma vez, mas como estou em uma fase desapego decidi sorteá-lo no blog. Ele está novinho, já que sou bastante cuidadosa.