Páginas

17 dezembro 2019

Resenha: Inspeção - Josh Malerman

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Editora: Intrínseca
Ano: 2019
Páginas: 416
Tradutor: Carolina Selvatici

Compre: Americanas

                                                  

Rapazes e garotas estão sendo criados em escolas especiais. Um grupo não sabe da existência do outro — até agora. No alto de uma torre embrenhada em uma floresta e isolada do restante do mundo, temos J. Ele é um dos vinte e seis rapazes de um internato que tem como objetivo formar prodígios em artes, ciências e atletismo.

Até hoje J só teve contato com as outras pessoas que vivem ali: os colegas são sua única família e todos acreditam ser filhos do fundador da escola. A vida acadêmica é tudo o que conhecem — e tudo o que lhes é permitido conhecer. Mas J suspeita da existência de algo mais fora dali, para além da Torre em que vive, algo que não querem que ele veja. É então que começa a questionar. Qual o verdadeiro propósito daquele lugar? Por que os alunos não podem sair? E que segredos o pai está escondendo deles? Enquanto isso, do outro lado da floresta, em um internato muito parecido com o de J, uma jovem chamada K vem se fazendo as mesmas perguntas.

Ao investigar os mistérios por trás de suas estranhas escolas, talvez os dois acabem descobrindo algo... que não deveriam.




16 dezembro 2019

Unboxing - Intrínsecos 014

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Olá, leitores.

A postagem de hoje é o unboxing da caixinha 014 do Intrínsecos, clube de assinatura da nossa editora parceira Intrínseca


04 dezembro 2019

Resenha: A mulher entre nós - Greer Hendricks e Sarah Pekkanen

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Editora: Paralela
Ano: 2018
Páginas: 352
Tradutor: Alexandre Boide

Um livro de suspense que explora as complexidades do casamento e as verdades perigosas que ignoramos em nome do amor.

Aos 37 anos, a recém divorciada Vanessa está no fundo do poço. Deprimida, morando no apartamento de sua tia, ela não tem filhos, dinheiro ou amigos verdadeiros. Ao descobrir que Richard, seu rico e carismático ex-marido, está prestes a se casar de novo, algo dentro de Vanessa se quebra. A partir de agora, sua vida irá revolver em torno de uma única obsessão: impedir esse matrimônio. Custe o que custar.
Na superfície, Nellie se parece com qualquer outra jovem bela e sonhadora que veio para Manhattan começar sua tão sonhada vida adulta. Mas a personalidade tranquila que ostenta é apenas uma fachada. Em sua mente, perdura um segredo que a fez fugir de sua cidade natal e que a impede de caminhar em paz quando está sozinha.
Ao conhecer Richard – bem sucedido, protetor, o homem dos sonhos – ela finalmente começa a sentir-se segura. Ele promete protegê-la de todos os males, para o resto de sua vida. Mas, de repente, ela começa a receber ligações misteriosas. Fotografias em seu quarto são movidas de lugar. O lenço que ela planejava usar em seu casamento desaparece. Alguém está perseguindo-a, alguém quer o seu mal. Mas quem?



Classificação:     


27 novembro 2019

[Resultado - Top comentarista de outubro]

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Boa tarde, leitores.

Conseguiram terminar muitas leituras esse mês? Acabei atrasando o resultado do top comentarista por causa de uma viagem e logo voltei a trabalhar, então ficou tudo corrido. Mas hoje venho apresentar o sortudo que irá levar para casa o livro MEDICINA DOS HORRORES, da nossa parceira Editora Intrínseca.

Tivemos 7 postagens válidas para o sorteio: 


19 novembro 2019

Resenha: Contato de Emergência - Mary H. K. Choi

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Editora: Intrínseca
Ano: 2019
Páginas: 336

Eles mal se conhecem. São apenas dois jovens trocando mensagens de texto.
Mas cada palavra vai mudar suas vidas para sempre

Essa é a história de Penny e Sam.

Ela tem dezoito anos e acabou de sair de casa rumo à universidade. Longe da mãe expansiva e do namorado sem graça, vai finalmente se dedicar ao sonho de ser escritora. Só não contava que essa nova vida traria também novos obstáculos: pessoas, o maior pesadelo de qualquer introvertido.

Ele, por sua vez, está perdido na vida. Em todos os níveis. Aos vinte e um anos, os poucos dólares na conta, a mãe alcoólatra e a ex-namorada complicada não o ajudam a se manter são. Só lhe resta fazer os doces mais mirabolantes para o café onde trabalha (e mora), concluir sua faculdade a distância e tentar (sem muito sucesso) não surtar.

Por um acaso do destino — também conhecido como um ataque de pânico no meio da rua —, eles passam a trocar mensagens de texto inofensivas. Mas o que começa como um simples contato de emergência salvo no celular se torna a conexão mais importante da vida deles.

Aos poucos, esses jovens introvertidos e problemáticos se tornam dois amigos dividindo angústias, sonhos, piadas e inspirações. Duas pessoas que quase nunca se veem, mas que estão juntas o tempo inteiro. Dois solitários que, finalmente, não estão mais sozinhos.

Com perspicácia, humor e grande sensibilidade, a estreante Mary H.K. Choi traça o retrato de uma geração cujos relacionamentos se entrelaçam à evolução tecnológica. Uma história capaz de causar nos leitores o frio na barriga que só as melhores comédias românticas podem proporcionar.



Classificação:     



11 novembro 2019

Resenha: Um lugar bem longe daqui - Delia Owens

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Editora: Intrínseca
Ano: 2019
Páginas: 336

Por anos, boatos sobre Kya Clark, a “Menina do Brejo”, assombraram Barkley Cove, uma calma cidade costeira da Carolina do Norte. Ela, no entanto, não é o que todos dizem. Sensata e inteligente, Kya sobreviveu por anos sozinha no pântano que chama de lar, tendo as gaivotas como amigas e a areia como professora. Abandonada pela mãe, que não conseguiu suportar o marido abusivo e alcoólatra, e depois pelos irmãos, a menina viveu algum tempo na companhia negligente e por vezes brutal do pai, que acabou também por deixá-la.

Anos depois, quando dois jovens da cidade ficam intrigados com sua beleza selvagem, Kya se permite experimentar uma nova vida — até que o impensável acontece e um deles é encontrado morto.

Ao mesmo tempo uma ode à natureza, um emocionante romance de formação e uma surpreendente história de mistério, Um Lugar Bem Longe Daqui relembra que somos moldados pela criança que fomos um dia e que estamos todos sujeitos à beleza e à violência dos segredos que a natureza guarda.

A obra foi incluída no clube de livros de Reese Witherspoon, que posteriormente adquiriu os direitos de adaptação cinematográfica e vai produzir o filme com a Fox 2000.



Classificação:     



"Ao longo dos dias seguintes, Kya aprendeu com os erros dos outros, e talvez mais ainda com os peixinhos, a viver com ele. Era só ficar fora do caminho, não deixar que ele a visse, correr depressa das poças de luz para dentro das sombras. Ela se levantava e saía de casa antes de ele acordar, ia morar na mata e na água, depois voltava na ponta dos pés para casa e ia dormir em sua cama na varanda, o mais perto do brejo que conseguia chegar." Página 19




Um lugar bem longe daqui foi um dos livros enviados aos assinantes do Intrínsecos, publicado em 2019 e de autoria de Delia Owens. Solicitei a obra para leitura quando foi lançada em edição normal e me apaixonei pela leitura.

Nesta obra conhecemos a pequena Kya, uma garotinha que mora no brejo, afastada da civilização e hostilizada pelas pessoas quando vai até a cidade mais próxima, aos poucos é abandonada por todos de sua família e é obrigada a aprender a se virar por sua própria conta. Com a ajuda de Pulinho, um senhor que revende o que Kya pesca, os anos se passam e Kya se transforma em uma jovem independente. Tate, um amigo de seus irmãos, é uma das poucas pessoas que Kya tem contato e o rapaz a ensina a ler e escrever, já que a pequena foi apenas um dia para a escola. 

Já adulta, Kya se envolve com Chase, um rapaz da cidade que promete o mundo a ela, porém a decepção é grande. Anos depois, quando o cadáver de Chase é encontrado, Kya é a única suspeita e precisa provar sua inocência. Esta é uma leitura revoltante, mas que mostra a realidade de muitas crianças, abandonadas à própria sorte e podem contar apenas com elas mesmas para garantir a sua sobrevivência.

De leitura rápida e envolvente, Um lugar bem longe daqui é um livro indicado para todos os leitores que gostam de histórias mais dramáticas e de superação. A capa ficou linda e ilustra bem a protagonista, em seu barco, lutando sozinha por sua sobrevivência. A edição ficou ótima, capítulos bem delineados, a diagramação e revisão estão boas, o que tornam a leitura ainda mais especial. Sem dúvidas é um livro indicado para todos os leitores que querem acompanhar o crescimento e desenvolvimento de Kya, assim como descobrir se ela tem, ou não, ligação com a morte de Chase. 





"Naquela noite, com os braços cruzados sob a cabeça, ficou deitada em sua cama na varanda com um sorrisinho no rosto. Sua família a abandonara à própria sorte para sobreviver num pântano, mas havia alguém que ia até lá sozinho para lhe deixar presentes na floresta. Alguma incerteza ainda perdurava, mas, quanto mais ela refletia, menos provável parecia que o menino quisesse lhe fazer algum mal. Não fazia sentido que um apreciador de aves fosse mau." Página 90

30 outubro 2019

Unboxing - Intrínsecos 013

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Boa tarde, leitores.


Hoje venho apresentar a caixinha 013 do Intrínsecos, o clube de assinatura da Editora Intrínseca. O livro do mês me chamou bastante atenção e já estou doida para começar a leitura. 

Recebi a caixinha logo no começo do mês, mas vou deixar as postagens programadas mais para o final de cada mês para não estragar a surpresa dos assinantes que ainda não receberam as suas. Hoje recebi a caixinha 014 e posso adiantar que ela está maravilhosa.





Em Outubro a caixinha veio com o livro Recursão de autoria de Blake Crouch. Além da revista informativa e o marca páginas do livro, os assinantes receberam também um porta postais para colocar todos os que vêm acompanhando os livros. 






"E se um dia memórias vívidas se infiltrassem em sua mente, pintando em tons de cinza todas as suas certezas? As pessoas que você ama não fazem mais parte da sua vida, agora você tem outro cônjuge, outros filhos, ou está sozinho. Tudo mudou. E o que você tinha de mais importante foi arrancado da sua existência, levando junto sua sanidade.

É dessa premissa que Blake Crouch parte para contar a história de Barry Sutton e Helena Smith. Quando nada é mais importante que a memória, perdê-la significa perder a si mesmo.

Barry é um policial em Nova York que convive com a tristeza e a ausência da filha, morta em um atropelamento. As lembranças de uma vida feliz o assombram por anos. Sem alternativas diante da dor, seu casamento chega ao fim. Mas se Meghan não tivesse morrido, sua vida seria diferente? Ao ser acionado para intervir em uma tentativa de suicídio, ele se depara com uma mulher que sofre da Síndrome da Falsa Memória, uma doença misteriosa que planta na cabeça de suas vítimas lembranças de vidas que elas nunca tiveram. Barry entende, então, que se lembrar de algo que não viveu pode ser ainda pior."
 [+]











Para aqueles que querem saber mais sobre o clube, podem conferir as informações AQUI.


Aproveitem para garantir a caixinha de novembro, que contará com um brinde a mais - todos os leitores vão receber marcadores dos livros clássicos da editora, que foram escolhidos pelos próprios assinantes.  

20 outubro 2019

Resenha: Shift - Em Bailey

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Editora: Onyria
Ano: 2017
Páginas: 292
Compre: Fundamento 

Olive Corbett não é louca.

Ela já foi bonita, divertida e a melhor amiga de Katie, a garota mais popular da escola. Agora, Olive não se reconhece mais… Depois do “incidente”, o que ela mais quer é ficar sozinha e evitar problemas.
E tudo vai bem até a chegada da estranha e misteriosa Miranda Vaile. Olive sabe que o mais sensato a fazer é se afastar de Miranda e de seu passado assustador. Mas ela não consegue… Miranda está manipulando Katie, o que inclui roubar as roupas, o namorado e a identidade dela. Além de drenar toda sua vitalidade, como um parasita… E ninguém, nem mesmo Katie, percebe isso. Será que, mais uma vez, Olive está perdendo o controle sobre a realidade? Ou Miranda está realmente "sugando" a vida de Katie, transformando-a em uma sombra? Quem ou o que Miranda realmente é?
Há algo muito perigoso no ar e, para descobrir o que é, Olive tem que ir realmente fundo nessa história. Mas como fazer isso se ela mesma é uma vítima? Como proteger quem ela ama?

Classificação:      


"Sinceramente? Eu suspeitava que não houvesse ninguém no mundo que combinasse comigo, uma ex-doente mental que havia inflado como um balão e que destruíra a família. Além disso, como Ami já havia observado, quase todas as pessoas das quais eu gostava eram inacessíveis: ou estavam mortas ou só existiam na ficção. Mas eu queria dar a Lachlan uma resposta que não me fizesse parecer tão dramática." Página 110



Shift é uma obra de autoria de Em Bailey e lançado em 2017 no Brasil pela Editora Fundamento, em seu selo Onyria. Desde o lançamento fiquei interessada na leitura, porém como tinham outros livros que gostaria de ler antes, só fui solicitar Shift este ano para a editora e tive uma ótima impressão da obra. 

Olive Corbett é uma garota atormentada por seus pensamentos, acredita que sua família se desfez por causa de uma situação que chama de "incidente" e desde então sua vida nunca mais foi a mesma. Antes a jovem era popular e melhor amiga de Katie, agora ela faz questão de se afastar da ex-amiga e passa seus dias conversando com Ami. Sua vida muda quando Miranda Vaile começa a frequentar a escola e se aproxima de Katie, que aos poucos começa a perder sua personalidade, roupas e vontade de viver. Miranda é uma garota misteriosa e os boatos são de que quando criança ela matou seus pais e desde então é jogada de parente para parente e, agora, está sob os cuidados de Oona - sua tia-avó.   

Além de Katie, outras pessoas que têm contato com Miranda começam a ter atitudes estranhas e logo Olive começa a investigar como a garota faz para manipular todos ao seu redor, porém ninguém acredita em suas teorias. Aos poucos Miranda consegue se aproximar de Olive e agora, com a ajuda de Lachlan, a garota luta para se manter racional e enfrentar Miranda. 

Shift é uma obra que consegue prender a atenção do leitor e trata de assuntos bastante delicados como distúrbios alimentares, transtornos psicológicos e tentativas de suicídio, porém apesar dos temas pesados ao concentrar a história em Olive a leitura acaba ficando mais leve e nos mostra o quanto uma pessoa consegue superar ao longo de sua vida desde que tenha pessoas em quem confiar. Todos os personagens são complexos e escondem segredos, com o passar dos capítulos o leitor se perde tentando desvendar o que irá acontecer a seguir e o final não é o que esperei, mas gostei bastante da leitura.

A capa é interessante e nos mostra um pouco das transformações que acontecem com as personagens durante a leitura. A diagramação está ótima, texto com bom espaçamento, letras em bom tamanho e capítulos bem divididos tornam a leitura ainda melhor. A revisão deixou passar alguns erros, mas nada que prejudique a leitura. Com certeza é um livro indicado para os leitores que gostam de descobrir o segredo dos personagens e histórias que fazem com que o leitor reflita sobre os temas abordados durante a leitura.



"Eu havia ocultado a raiva e a depressão com maestria. Esforçava-me muito para fazer parecer que continuava levando a mesma vida feliz e resplandecente que todos sempre admiraram. Linda, popular, inteligente Olive. Mas por dentro eu não me sentia assim. E, quanto  mais o tempo passava, mais eu sentia que era uma fraude, que desempenhava o papel de alguém que eu não era. Foi assustador! Se eu não era a pessoa que todos acreditavam que eu fosse, quem eu era, então?" Página 213

17 outubro 2019

Resenha: Uma estranha em casa - Shari Lapena

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Editora: Record
Ano: 2018
Páginas: 266
Tradutor: Márcio El-Jaick

Karen Krupp acorda no hospital, sem ter a menor ideia de como foi parar nele. Tom, seu marido, diz que a porta estava destrancada quando ele entrou em casa, as luzes acesas, e que a esposa provavelmente saiu às pressas quando estava preparando o jantar, pelo que ele viu na cozinha. Karen perdeu o controle do carro enquanto dirigia a toda a velocidade e bateu de frente num poste. O mais estranho: o acidente aconteceu num dos bairros mais perigosos da cidade.

A polícia suspeita de que Karen esteja envolvida em algo obscuro, mas Tom tem certeza de que não. Ele está casado com ela há dois anos, conhece muito bem a mulher. Será mesmo? Vai perguntar tudo a Karen quando chegar ao hospital, depois de dizer que a ama e que está feliz por ela ter sobrevivido, é claro. Mas Tom não obtém resposta nenhuma... porque ela não se lembra de absolutamente nada.




 Classificação:   



"Ele se perguntou se ela não sabe de fato explicar ou se está apenas fingindo. Acreditou nela no começo, acreditou que ela não conseguia se lembrar de nada. Mas agora já não tem mais certeza. Não há dúvida de que ela parece estar escondendo alguma coisa." Página 79





Uma estranha em casa foi lançado no Brasil em 2018, escrito por Shari Lapena e publicado pelo Grupo Editorial Record. Recebi para a avaliação quando a obra foi lançada e o livro acompanhava uma luva rosa, elemento que faz parte da narrativa, e apesar de o livro ter me deixado extremamente curiosa pela leitura consegui lê-lo apenas agora por causa da mudança e tudo o que aconteceu na minha vida neste último ano.

O livro nos apresenta a história de Karen Krupp, uma mulher normal, que leva uma vida pacata com seu marido e sem muitas emoções. Sua vizinha, Brigid, é sua companheira e melhor amiga, além de ter extrema importância no desenrolar dos acontecimentos. Um dia, Karen deixa sua casa às pressas, a porta da frente aberta e algum tempo depois é vítima de um acidente em que perdeu o controle do carro e bateu em um poste. Ao se recuperar, Karen não consegue se lembrar o motivo pelo qual havia saído com tanta pressa e o por que estava em um bairro longe de sua casa, sendo este bairro um dos mais perigosos da cidade. Com o passar dos dias um corpo é encontrado e a polícia quer entender o que levou Karen ao bairro e se ela tem algum envolvimento com o homicídio.

Enquanto isso, Brigid faz questão de saber tudo o que está acontecendo e usar as informações em seu benefício. Esta é uma história com muitas reviravoltas e que o leitor ficará perdido ao ser bombardeado com tantas hipóteses, mas saibam que o final é bom e jamais passou pela minha cabeça. Para os leitores que gostam de obras do ramo investigativo e policial, esta é uma boa leitura. É interessante a forma com que a autora conduz a história e como os personagens vão se revelando aos poucos, porém como leio muito deste gênero acabo ficando mais seletiva quanto a narração e achei a obra um pouco fraca para o que ela se propôs. O final é bom, mas o desenvolvimento deixou um pouco a desejar. A capa é interessante, o que também aguçou a minha curiosidade, o livro tem um bom trabalho editorial de diagramação, revisão e boa divisão de capítulos. Gostei muito de ter recebido o kit de divulgação e, sem dúvidas, é um bom livro, mas como leio muito esta temática acabo me tornando um pouco mais crítica durante a leitura, então Uma estranha em casa acabou não entrando na lista de favoritos. 


"Talvez tudo dê certo, dissera Calvin. No entanto, está ficando cada vez mais difícil acreditar nisso. Ela está abismada com o fato de Brigid tê-la seguido naquela noite. De repente, lembra-se de algo que viu de relance naquele centro comercial, algo familiar que não chegou exatamente a registrar na hora: o carro de Brigid. Agora ela se lembra. Por que não consegue se lembrar do resto? Isso a está enlouquecendo." Página 206

16 outubro 2019

Lançamentos da Intrínseca

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Olá, leitores.

Hoje venho trazer os lançamentos de outubro da nossa parceira, Editora Intrínseca. Os lançamentos estão bem variados e prometem agradar a todos os gostos. Dia 21/10 será lançado o livro Rede de Sussurros, que foi enviado aos assinantes do Intrínsecos em uma das caixinhas. Confiram mais:



Samuel está a caminho de Roma para encontrar seu filho, Elio, agora um pianista renomado. O acaso, no entanto, se encarrega de adiar a reunião familiar e faz com que Samuel desembarque na cidade eterna acompanhado de um novo amor e cheio de planos para novas temporadas em sua casa de veraneio.

Elio logo se muda para Paris, onde vive mais um romance, enquanto Oliver, agora pai de família e professor na Nova Inglaterra, nos Estados Unidos, cogita enfim cruzar de novo o Atlântico. O que o move inesperadamente são os primeiros acordes de uma música que o transporta no tempo para dias de idílio na Itália. [+]



Há anos, Sloane, Ardie e Gracie trabalham juntas em uma empresa de roupas esportivas. As três sempre se ajudaram, passando por promoções empolgantes, reuniões intermináveis, casamento, maternidade, divórcio e os desafios impostos pela política no escritório. Elas também têm seus segredos e cada uma fez algo de que se arrepende.

Com a morte repentina do presidente da empresa, tudo indica que Ames, o chefe delas, será alçado à liderança da companhia. Ames é um homem complicado, que as três conhecem há muito tempo e que sempre esteve cercado por sussurros a respeito do tratamento que dispensa às subordinadas. Esses sussurros vinham sendo ignorados, varridos para debaixo do tapete e acobertados por aqueles que estão no poder. [+]



Os tempos estão difíceis para ex-deidades que quase destruíram a humanidade, foram expulsas do Olimpo, perderam os poderes divinos e, de quebra, conquistaram a antipatia de imperadores sanguinários. Apolo, o deus mais glorioso e belo que já existiu, agora é Lester Papadopoulos, um adolescente desajeitado de 16 anos que, para reconquistar seu lugar, precisa libertar cinco oráculos que estão na mais completa escuridão.

Não é de hoje que Apolo tem passado por poucas e boas em sua temporada terrena. Nos três livros já publicados da série As provações de Apolo, vimos o ex-deus enfrentar terríveis inimigos: um psicopata piromaníaco, um crush das antigas com sede de vingança e até um dos imperadores mais temidos da Antiguidade. Como se isso já não fosse o bastante, ele só pôde contar com sua inteligência e sagacidade humanas (bem reduzidas, como é de se esperar), já que seus poderes foram extintos por tempo indeterminado. A sorte é que nessa jornada ele teve a ajuda de amigos valiosos, como Percy Jackson, Leo Valdez e Meg McCaffrey. [+]



Vinícius Dônola é a cara e a voz que o grande público conhece por suas reportagens de televisão, transmitidas pelas principais emissoras do país. Histórias das histórias que contei narra os bastidores de uma breve seleção das mais de mil matérias que o jornalista apresentou ao longo de sua carreira. No livro, Dônola relembra casos marcantes, como a premiada denúncia sobre a execução de um fugitivo pela polícia, à luz do dia, em frente a um movimentado shopping do Rio de Janeiro na década de 1990. Ou quando, ao se debruçar sobre o assassinato da vereadora Marielle Franco, descobriu que a arma utilizada no crime era diferente da considerada inicialmente pela investigação. [+]



 Para o mês das crianças, preparamos o lançamento dos dois primeiros volumes de uma coleção inesquecível, que vai encantar pequenos e adultos. Com graça e desenvoltura, a Coleção Jovens Pensadores reúne o primoroso estilo de Andrea Beaty e as belas ilustrações de David Roberts para contar histórias de crianças corajosas que começam a descobrir suas aptidões e a desbravar o mundo.

Em edição de luxo, com formato especial, capa dura e ilustrações coloridas, os livros são escritos em versos e recheados de rimas, tornando-se uma leitura prazerosa e dinâmica. Em Ada Batista, cientista, todos vão se inspirar e se divertir com Ada, uma garotinha tímida e questionadora que faz da curiosidade sua maior aliada. Já em Paulo Roberto, arquiteto vamos conhecer um menino ousado e criativo, com talento para elaborar as construções mais inusitadas. [+]



Quando Steve Jobs morreu, muita gente se perguntou qual seria o destino da Apple. Afinal, Jobs não era apenas seu fundador, mas também o rosto de uma das maiores marcas do planeta. Sua morte deixou um grande vazio, e na época era difícil imaginar alguém que um dia pudesse substituí-lo à altura. Quando as especulações começaram, especialistas e público estavam prontos para fazer suas apostas sobre o novo grande líder do ramo. Nem todos chegaram a pensar, é claro, em um cara discreto do setor operacional. Um cara como Tim Cook. [+]


https://www.intrinseca.com.br
 

14 outubro 2019

Resenha: O construtor de pontes - Markus Zusak

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Editora: Intrínseca
Ano: 2019
Páginas: 528

Se em A menina que roubava livros é a morte quem conta a história, em O construtor de pontes, novo romance de Markus Zusak, presente e passado se fundem na voz de outro narrador igualmente potente: Matthew, o filho mais velho da família Dunbar. Sentado na cozinha de casa diante de uma máquina de escrever antiga, ele precisa nos contar sobre um dos seus quatro irmãos, Clay. Tudo aconteceu com ele. Todos mudaram por causa dele.
Anos antes, os cinco garotos haviam sido abandonados pelo pai sem qualquer explicação. No entanto, em uma tarde ensolarada e abafada o patriarca retorna com um pedido inusitado: precisa de ajuda para construir uma ponte. Escorraçado pelos jovens e por Aquiles, a mula de estimação da família, o homem vai embora novamente, mas deixa seu endereço num pedaço de papel. Acontece que havia um traidor entre eles: Clay.
É Clay, então, quem parte para a cidade do pai, e os dois, juntos, se dedicam ao projeto mais ambicioso e grandioso de suas vidas: uma ponte feita de pedras e também de lembranças — lembranças da mãe, do pai, dos irmãos e dele mesmo, do garoto que foi um dia, antes de tudo mudar. O tempo, assim como o rio sob a ponte, tem uma força avassaladora, capaz de destruir, mas também de construir novos caminhos.
O construtor de pontes narra a jornada de uma família marcada pela culpa e pela morte. Com uma linguagem poética e inventiva, Markus Zusak nos presenteia mais uma vez com uma história inesquecível, uma trama arrebatadora sobre o amor e o perdão em tempos de caos.


Classificação:    




"Cinema e pipoca de plástico não aumentam as chances de aniquilamento, né? Não, o problema era mais uma compilação: um melhores momentos de duas pessoas que correram o mais rápido que puderam juntas, mas acabaram definhando no fim." Página 174


O construtor de pontes foi lançado no Brasil na terceira caixinha do Intrínsecos e em edição normal em fevereiro deste ano, porém fiz a leitura somente no último mês e me arrependi de ter esperado tanto tempo para solicitar a obra para a Intrínseca. Markus Zusak me conquistou com A menina que roubava livros e com O construtor de pontes não foi diferente, esta é uma história envolvente que nos faz acompanhar a dinâmica da família Dunbar e o quanto um dos irmãos ensina aos outros sobre perseverança, amor e perdão.

O livro é dividido em oito partes que mesclam o passado e o presente, contextualizando ao leitor sobre a vida dos personagens, tudo o que o pai dos garotos Dunbar passou desde um primeiro casamento fracassado, o casamento com a Rainha dos Erros - apelido de Penélope, mãe dos garotos - sua morte e o afastamento do pai, além de sua volta e o convite para a construção da ponte junto de seus filhos. Apesar do pedido de desculpas, os irmãos não o perdoam pelo abandono no momento em que mais precisavam, porém Clay decide acompanhar o pai e se dedica a construção da ponte. 

Apesar de ser importante conhecer o passado e tudo o que levou até a construção da ponte, em alguns momentos tive que parar a leitura, pois fica um tanto confusa com as mudanças. Com o passar dos capítulos peguei o ritmo e a leitura fluiu, isto aconteceu quando li A menina que roubava livros, então pode ser uma característica da escrita do autor. Esta é uma história sobre amor, perdão, redenção e família, escrita de forma singular e que cativa os leitores por suas mensagens e escolhas simbólicas feitas pelo autor.
 



"Para começo de conversa, não era nem para Penélope estar ali.
Não era para nosso pai ter se divorciado.
Mas lá estavam, seguindo em frente, dando o melhor de si rumo a uma linha de chegada. Esperaram a contagem regressiva feito esquiadores no topo da montanha, e pressionaram a tecla na hora do já. O resto é história." Página 200



O construtor de pontes foi uma das minhas últimas leituras e uma das únicas que fiz de romance este ano, então acabou me cativando com as lições que o autor nos dá ao longo da narração. Clay é um personagem que nos mostra o quanto o perdão pode ser difícil, mas em algumas vezes não sabemos os motivos que levaram a pessoa tomar tal atitude e mesmo assim precisamos conviver com as consequências. A ponte, construída pelos personagens, pode ser um símbolo para o perdão e este projeto do pai dos garotos Dunbar foi extremamente audacioso e provavelmente o que todos precisavam para um recomeço. 

A capa é chamativa pelas cores fortes e os detalhes das teclas começam a fazer sentido quando você conhece mais sobre o passado dos pais dos garotos Dunbar, o livro é dividido em oito partes e estas mesclam o passado e presente, tornando a leitura mais completa, e um tanto confusa em algumas partes. A diagramação está boa, letras em bom tamanho, capítulos curtos, porém em alguns momentos acabei achando a leitura arrastada, porém não desisti e no final tudo compensou. A mensagem do livro é linda e faz com que o leitor reflita sobre suas decisões ao longo da vida que o fizeram se afastar de pessoas, e cogitar o perdão, assim como fizeram os personagens. 



"Acho que era a combinação perfeita de amor nos tempos do caos e amor nos tempos do controle; éramos puxados para os dois lados, e vivíamos entre extremos." Página 344




13 outubro 2019

Resenha: Na boca do leão - Anne Holt (Hanne Wilhelmsen #4)

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Editora: Fundamento
Ano: 2019
Páginas: 400

Compre: Submarino, Americanas, Shoptime

Um crime misterioso abala um país. E, até que se descubra o culpado, todos são suspeitos.


Birgitte Volter era conhecida por governar com mãos de aço, ocupando com sua personalidade forte o cargo de primeira-ministra da Noruega.

Quando, em uma tarde qualquer, ela é encontrada assassinada em seu gabinete, atrás de portas fechadas, o choque toma conta da nação.

Determinada a elucidar esse mistério, a detetive Hanne Wilhelmsen interrompe suas férias para acompanhar o caso. No entanto, parece não haver pistas suficientes que levem ao assassino. Seria um crime político? Ou um assassinato por razões pessoais?

O jogo político bate de frente com a investigação criminal. A imprensa, em busca de respostas, acaba se tornando um empecilho para que a justiça seja feita. A disputa pelo poder e os segredos do passado são ingredientes que se somam à trama e tornam a missão de Hanne ainda mais complexa. Ela precisa descobrir quem é o assassino e sua motivação, antes que mais sangue seja derramado e o país convulsione.

E o tempo está correndo. Será possível deter o criminoso antes que ele faça mais vítimas?

Um thriller policial em que ninguém é o que parece.
Uma caçada de tirar o fôlego, com um final surpreendente.
Prepare-se para se ver Na boca do leão!



Classificação:    



"A reportagem impressionava, mas trazia apenas informações que ela já conhecia. Assim, Hanne nem se deu ao trabalho de ler mais nada. Mas pelo menos teve que admitir que dessa vez os jornais marcaram um ponto. Era intrigante o fato de Benjamin Grinde ter morrido oito dias depois de Birgitte Volter." Página 233



Na boca do leão é o quarto livro da série Hanne Wilhelmsen, que acompanha os casos investigados pela policial de Oslo e seus companheiros de farda. Neste quarto livro Hanne investiga a morte de Birgitte Volter, a primeira-ministra da Noruega, que morreu em seu escritório, sozinha, com um ferimento por arma de fogo em sua cabeça. 

Billy T. é o policial designado para investigar a morte de Birgitte Volter, porém conta com a ajuda de Hanne Wilhelmsen, que acaba interrompendo suas férias para dar apoio ao colega. Uma semana depois da morte da primeira-ministra, a polícia é informada da morte de Benjamin Grinde, o juiz do Supremo Tribunal, e uma das últimas pessoas a ver Birgitte Volter com vida, então a investigação de ambos os casos precisa ser analisada de outra perspectiva. 

Enquanto o Departamento de Polícia de Oslo investiga as duas mortes, um novo escândalo surge e pode ter ligação com a morte dos dois políticos. Em 1965 uma vacina foi distribuída para as crianças e houveram algumas mortes, então a polícia precisa analisar se a morte de duas figuras políticas têm relação com a morte dos bebês na década de 60. 

Na boca do leão é uma leitura indicada para os amantes de livros investigativos e policiais. Anne Holt é uma das autoras que tenho lido bastante nos últimos tempos, fiz a leitura de cinco livros da série Hanne Whilhelmsen e espero que a Editora Fundamento lance os outros em breve. A forma com que a autora conduz a história, soltando as informações aos poucos e fazendo o leitor criar diversas teorias antes de descobrir o que realmente aconteceu é um dos motivos que me fazem continuar gostando da série, além dos personagens e as histórias interessantes. Hanne é uma protagonista que me cativou por causa da sua personalidade e a forma com que ela investiga os casos, buscando sempre descobrir o que aconteceu com suas vítimas. 

A capa do livro é bastante chamativa e mantém o padrão da série, assim como a diagramação. Os capítulos bem divididos e na página inicial retomam um elemento da capa, além de considerar o dia e a hora dos acontecimentos o que facilita a leitura e a identificação dos fatos, letras em bom tamanho e páginas amareladas tornam a leitura fluida.  Na boca do leão foi um dos livros que mais gostei da série e sem dúvida indico para todos os leitores que gostam do gênero e querem acompanhar uma boa investigação criminal.



"- Eu tenho um forte pressentimento de que a morte do bebê de Birgitte Volter é mais relevante para o caso do assassinato do que o atual escândalo da Saúde. Acho que nos perdemos nos detalhes de todos os outros bebês que morreram. E acho que você está certo sobre o guarda. Algo o liga a isso também. Por acaso nasceu em 1965?
- Não. Ele é muito mais novo." Página 305