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22 abril 2018

Resenha: A mulher na janela - A. J. Finn

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Editora: Arqueiro
Ano: 2018
Páginas: 352
Tradutor: Marcelo Mendes


Anna Fox mora sozinha na bela casa que um dia abrigou sua família feliz. Separada do marido e da filha e sofrendo de uma fobia que a mantém reclusa, ela passa os dias bebendo (muito) vinho, assistindo a filmes antigos, conversando com estranhos na internet e... espionando os vizinhos. Quando os Russells – pai, mãe e o filho adolescente – se mudam para a casa do outro lado do parque, Anna fica obcecada por aquela família perfeita. Até que certa noite, bisbilhotando através de sua câmera, ela vê na casa deles algo que a deixa aterrorizada e faz seu mundo – e seus segredos chocantes – começar a ruir. Mas será que o que testemunhou aconteceu mesmo? O que é realidade? O que é imaginação? Existe realmente alguém em perigo? E quem está no controle? Neste thriller diabolicamente viciante, ninguém – e nada – é o que parece. "A Mulher Na Janela" é um suspense psicológico engenhoso e comovente que remete ao melhor de Hitchcock.


Classificação:         



"Uma doida aos olhos dos vizinhos. Uma piada aos olhos da polícia. Um caso especial aos olhos dos médicos. Um caso perdido aos olhos do terapeuta. Uma encarcerada. Longe de ser uma heroína de cinema. Longe de ser uma detetive.
Encarcerada em casa. Afastada da vida." Página 198



Fenomenal! Esta é a palavra que irei utilizar para descrever essa leitura para todos que me perguntarem. Quem acompanha o blog há algum tempo já deve ter percebido que sou a louca dos thrillers psicológicos e livros policiais, então assim que vi a divulgação da Arqueiro sobre A mulher na janela já comecei a surtar e o livro não decepciona em absolutamente nada.

Em A mulher na janela conhecemos Anna Fox, uma mulher que tem Agorafobia, mora sozinha e tem um hobby: ficar na janela de sua casa espionando os vizinhos. Quando uma família se muda para uma casa na vizinhança, Anna recebe a visita do filho do casal, Ethan, e acabam conversando. Como Anna era psicóloga de crianças, acaba se conectando com Ethan e as visitas começam a ser frequentes já que ela queria ajudar o adolescente nesta transição de casa. Um dia, porém, Anna estava na janela e vê uma mulher sendo assassinada - a mãe de Ethan e sua conhecida, Jane - informa à polícia sobre o crime, porém ao chegarem os policiais não encontram nada na casa dos Russell. 

Buscando mostrar que não estava louca, apesar de estar se recuperando de um acidente traumático, fazer uso de muita medicação controlada e abusar de doses diárias de Merlot, Anna começa a investigar por si só para provar que não estava alucinando ao ver o crime. O livro é carregado de suspense psicológico, o autor conduz a história com maestria e deixa o leitor alucinado pela conclusão, porém a narração conta com diversas pistas falsas, tornando o desfecho ainda mais interessante. 

Este é, sem dúvidas, um dos melhores thrillers que já li e olhem que já li centenas. A edição ficou perfeita, começando pela capa que é extremamente sugestiva e instiga o leitor a conhecer um pouco mais da vida dessa protagonista peculiar. A diagramação é simples, a divisão de capítulos está ótima e a revisão também, tornando a leitura ainda mais fluida. Vou parar de escrever ou corro o risco de relevar mais do que gostaria, mas, galera, leiam. Não irão se arrepender.
  


"Se tem uma coisa que aprendi na minha experiência clínica com crianças e adolescentes é que eles são extraordinariamente resilientes. São capazes de sobreviver a quase tudo: à negligência, à carência afetiva, a abusos de todo tipo. São capazes de enfrentar situações nas quais os pais desabariam feito um castelo de cartas. Por vezes saem até mais fortalecidos dessas mesmas situações. É isso que desejo a Ethan: resiliência. Porque ele vai precisar." Página 321

2 comentários:

  1. Maravilhoso! Dificilmente eu compro lançamento por causa do valor, mais esse valeu cada centavo!!

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  2. A Tempos eu estou querendo ler esse livro. Desde que a editora adquiriu os direitos de publicação eu tenho ficado de olho nos comentários dos blogueiros mas infelizmente eu ainda não pude ler ele.

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