Editora: Guerra e Paz
Ano: 2008
Páginas: 220
Ninguém, à excepção dos pais de Maddie, sabe tão bem o que se passou naquela noite fatídica de 3 de Maio de 2007. Gonçalo Amaral escreve na perspectiva da investigação por si conduzida e tem uma forte preocupação factual e de objectividade. Além disso, o livro contém revelações originais e esclarece muitos dos mais controversos aspectos do caso. O texto está apoiado por infogramas e fotografias que facilitam a compreensão do leitor e ilustram os passos da investigação e da conclusão obtida – por mais terrível que a mesma seja: Maddie está morta desde o dia do seu desaparecimento.
Para o autor do livro, Madeleine Beth McCann é a principal preocupação – é ela a vítima, e são as vítimas que têm de ser defendidas pela polícia e perseguidos os culpados do seu sofrimento. Tendo-lhe sido impossibilitado solucionar o caso, devido ao seu afastamento, quando se encontrava eminente a recolha de testemunhos vitais, preferiu abandonar a vida policial activa e retomar a liberdade de expressão não só para lavar a honra das calúnias que sobre si foram lançadas, mas para ajudar a que o caso não caia no esquecimento e a que, mais tarde ou mais cedo, o processo seja reaberto e feita justiça.
" Esta argumentação tinha como objectivo dar a entender que a criança estaria em segurança - que tudo estaria fechado, que as crianças eram vigiadas regularmente e que tinham contato visual com o apartamento. Qualquer que seja a avaliação que se faça dos acontecimentos, é indiscutível que Madeleine não estava em segurança. Caso contrário não tinha desaparecido" Página 60
Maddie - A verdade da mentira é uma obra escrita pelo responsável pelo caso Madeleine McCann até meados de outubro de 2007 porque após dar uma declaração que comprometia a investigação acabou sendo afastado de seu cargo. Então, em 2008, resolveu publicar este livro para limpar seu nome e o da Polícia Judiciária que foi imensamente condenada por considerar o casal McCann suspeito de assassinar, ou ao menos, ocultar o corpo de Madeleine após uma morte acidental.
Acredito que todos sabem que meu trabalho de conclusão de curso é sobre o caso Madeleine McCann e como bibliografia de estudo estou usando esta obra e a também resenhada no blog e escrita pela mãe de Madeleine, Kate McCann. Como todas as situações têm vários lados, resolvi dar um voto de confiança a ambos, para tentar extrair ao máximo as informações da noite tão fatídica de 3 de maio de 2007.
Não é novidade que Gonçalo Amaral foi retirado de seu cargo porque acreditava que os pais da menina britânica haviam escondido seu corpo e simulado um sequestro que tomou proporções assustadoras. Na obra ele deixa claro esta sua direção da investigação, mas antes mostra que no início da investigação foram consideradas todas as possíveis causas deste desaparecimento: furto ao apartamento 5A que acabou em sequestro, rapto para exigir resgate, rapto para abusos sexuais, assassinato e ocultação de cadáver e o desaparecimento causado pela própria Madeleine, ou seja, ela por vontade própria saiu do apartamento e acabou se perdendo. Ao longo do livro ele mostra como cada uma das hipóteses anteriormente consideradas vinham perdendo a força diante das provas gritantes contra o casal McCann.
Poucas horas depois do desaparecimento da filha eles já contavam com uma assessora de imprensa contratada, cartazes e diversas outras formas de comunicação que se levariam dias para conseguir. Além de testes feitos no apartamento que mostram que as impressões digitais que haviam na janela em que Kate afirmou estar escancarada, eram apenas as da mãe de Madeleine, sem ao menos ter marcas de um possível sequestrador ou marcas de luva. Ao utilizarem de ajuda de cães farejadores - que conforme Amaral, foram indispensáveis na resolução de diversos crimes com ocultação de cadáver - foram encontrados fluídos entre um sofá e uma janela localizadas na sala do apartamento 5A e no guarda roupa do casal, pouco após também foram encontrados odores de cadáver no carro alugado pelos pais de Madeleine após 20 dias do desaparecimento da filha.
Confesso que minhas convicções na inocência da família McCann foram postas a prova com todas as afirmações de Amaral. É óbvio que todos ficamos enojados quando vemos estas atrocidades acontecendo por todo o mundo, mas é fato, isto acontece todos os dias por causa de seres irracionais que causam sofrimento a seus próprios filhos. Em um dos capítulos Amaral compara o caso de Madeleine com o de Mariana, uma garota de 3 anos que foi agredida pelo pai e esta agressão foi acompanhada pela mãe e o irmão de Mariana que tinha 5 anos. A diferença é que no caso de Mariana os "pais" chamaram a polícia e inventaram a história de que ela tinha vindo a óbito por se engasgar enquanto dormia, a cena do crime havia sido alterada, porém as manchas no corpinho machucado de Mariana não mentiam.
Não podemos levar qualquer uma das histórias como verdade absoluta, mas eu realmente dei um voto de confiança para a teoria de que Madeleine morreu de forma acidental enquanto os pais estavam jantando e estes ocultaram seu corpo e simularam um sequestro. Afinal, a única pessoa que comprova a hipótese de sequestro é Jane Tanner uma amiga do casal e o outro possível avistamento de um homem carregando uma menina em direção à praia foi identificado por uma família como sendo Gerry McCann a pessoa que carregava a criança...
" Na Irlanda, a família Smith, como muitas outras famílias, assiste àquele acontecimento, no noticiário das 22 h 00 da BBC, quando de repente são acometidos de um forte abalo: reconhecem aquela pessoa, a sua forma de transportar o filho ao colo e de andar, é Gerald McCann, com um grande grau de certeza, a pessoa que na noite de 3 de Maio de 2007, pelas 22 h 00, se cruzou com eles na Vila da Luz, levando ao colo uma menina, de 4 anos de idade, que aparentava dormir profundamente." Página 201
Gonçalo Amaral não é um escritor e as suas ideias por muitas vezes ficam confusas, porém em todo o livro ele dá ao leitor as provas que têm e que são úteis em sua visão dos fatos da noite de 3 de maio de 2007. O livro é composto por algumas imagens que ilustram as modificações feitas no quarto - que segundo ele aconteceram depois do crime - e todas as provas que foram feitas para afastar todas as hipóteses anteriormente cogitadas.
" Sem pôr em causa a competência da polícia inglesa, por de mais reafirmada, ficou-nos a sensação que só tiveram ordem para estar em Portugal mais por causa do casal McCann do que pela Madeleine Beth McCann." Página 210
Como o livro de Kate McCann, esta obra foi bastante esclarecedora. Porém não há como saber o que realmente aconteceu, apenas Madeleine e seu possível raptor ou assassino o sabem. O que podemos tirar deste acontecido é que as crianças são bastante frágeis e devem ser cuidadas, não se pode deixar crianças sem proteção em outro país com um sistema de vigilância falho - que no caso os casais afirmavam olhar as crianças a cada 15 minutos, porém eles mesmos afirmam que as crianças McCann ficaram 45 minutos sem observação - mesmo que Madeleine tenha sido mesmo raptada, isto só aconteceu porque os pais a deixaram desprotegida em outro país. Certamente se eles estivessem no quarto quando a situação aconteceu a menina ainda estaria em segurança na sua casa e não como está hoje, desaparecida.
" Esta argumentação tinha como objectivo dar a entender que a criança estaria em segurança - que tudo estaria fechado, que as crianças eram vigiadas regularmente e que tinham contato visual com o apartamento. Qualquer que seja a avaliação que se faça dos acontecimentos, é indiscutível que Madeleine não estava em segurança. Caso contrário não tinha desaparecido" Página 60
Maddie - A verdade da mentira é uma obra escrita pelo responsável pelo caso Madeleine McCann até meados de outubro de 2007 porque após dar uma declaração que comprometia a investigação acabou sendo afastado de seu cargo. Então, em 2008, resolveu publicar este livro para limpar seu nome e o da Polícia Judiciária que foi imensamente condenada por considerar o casal McCann suspeito de assassinar, ou ao menos, ocultar o corpo de Madeleine após uma morte acidental.
Acredito que todos sabem que meu trabalho de conclusão de curso é sobre o caso Madeleine McCann e como bibliografia de estudo estou usando esta obra e a também resenhada no blog e escrita pela mãe de Madeleine, Kate McCann. Como todas as situações têm vários lados, resolvi dar um voto de confiança a ambos, para tentar extrair ao máximo as informações da noite tão fatídica de 3 de maio de 2007.
Não é novidade que Gonçalo Amaral foi retirado de seu cargo porque acreditava que os pais da menina britânica haviam escondido seu corpo e simulado um sequestro que tomou proporções assustadoras. Na obra ele deixa claro esta sua direção da investigação, mas antes mostra que no início da investigação foram consideradas todas as possíveis causas deste desaparecimento: furto ao apartamento 5A que acabou em sequestro, rapto para exigir resgate, rapto para abusos sexuais, assassinato e ocultação de cadáver e o desaparecimento causado pela própria Madeleine, ou seja, ela por vontade própria saiu do apartamento e acabou se perdendo. Ao longo do livro ele mostra como cada uma das hipóteses anteriormente consideradas vinham perdendo a força diante das provas gritantes contra o casal McCann.
Poucas horas depois do desaparecimento da filha eles já contavam com uma assessora de imprensa contratada, cartazes e diversas outras formas de comunicação que se levariam dias para conseguir. Além de testes feitos no apartamento que mostram que as impressões digitais que haviam na janela em que Kate afirmou estar escancarada, eram apenas as da mãe de Madeleine, sem ao menos ter marcas de um possível sequestrador ou marcas de luva. Ao utilizarem de ajuda de cães farejadores - que conforme Amaral, foram indispensáveis na resolução de diversos crimes com ocultação de cadáver - foram encontrados fluídos entre um sofá e uma janela localizadas na sala do apartamento 5A e no guarda roupa do casal, pouco após também foram encontrados odores de cadáver no carro alugado pelos pais de Madeleine após 20 dias do desaparecimento da filha.
Confesso que minhas convicções na inocência da família McCann foram postas a prova com todas as afirmações de Amaral. É óbvio que todos ficamos enojados quando vemos estas atrocidades acontecendo por todo o mundo, mas é fato, isto acontece todos os dias por causa de seres irracionais que causam sofrimento a seus próprios filhos. Em um dos capítulos Amaral compara o caso de Madeleine com o de Mariana, uma garota de 3 anos que foi agredida pelo pai e esta agressão foi acompanhada pela mãe e o irmão de Mariana que tinha 5 anos. A diferença é que no caso de Mariana os "pais" chamaram a polícia e inventaram a história de que ela tinha vindo a óbito por se engasgar enquanto dormia, a cena do crime havia sido alterada, porém as manchas no corpinho machucado de Mariana não mentiam.
Não podemos levar qualquer uma das histórias como verdade absoluta, mas eu realmente dei um voto de confiança para a teoria de que Madeleine morreu de forma acidental enquanto os pais estavam jantando e estes ocultaram seu corpo e simularam um sequestro. Afinal, a única pessoa que comprova a hipótese de sequestro é Jane Tanner uma amiga do casal e o outro possível avistamento de um homem carregando uma menina em direção à praia foi identificado por uma família como sendo Gerry McCann a pessoa que carregava a criança...
" Na Irlanda, a família Smith, como muitas outras famílias, assiste àquele acontecimento, no noticiário das 22 h 00 da BBC, quando de repente são acometidos de um forte abalo: reconhecem aquela pessoa, a sua forma de transportar o filho ao colo e de andar, é Gerald McCann, com um grande grau de certeza, a pessoa que na noite de 3 de Maio de 2007, pelas 22 h 00, se cruzou com eles na Vila da Luz, levando ao colo uma menina, de 4 anos de idade, que aparentava dormir profundamente." Página 201
Gonçalo Amaral não é um escritor e as suas ideias por muitas vezes ficam confusas, porém em todo o livro ele dá ao leitor as provas que têm e que são úteis em sua visão dos fatos da noite de 3 de maio de 2007. O livro é composto por algumas imagens que ilustram as modificações feitas no quarto - que segundo ele aconteceram depois do crime - e todas as provas que foram feitas para afastar todas as hipóteses anteriormente cogitadas.
" Sem pôr em causa a competência da polícia inglesa, por de mais reafirmada, ficou-nos a sensação que só tiveram ordem para estar em Portugal mais por causa do casal McCann do que pela Madeleine Beth McCann." Página 210
Como o livro de Kate McCann, esta obra foi bastante esclarecedora. Porém não há como saber o que realmente aconteceu, apenas Madeleine e seu possível raptor ou assassino o sabem. O que podemos tirar deste acontecido é que as crianças são bastante frágeis e devem ser cuidadas, não se pode deixar crianças sem proteção em outro país com um sistema de vigilância falho - que no caso os casais afirmavam olhar as crianças a cada 15 minutos, porém eles mesmos afirmam que as crianças McCann ficaram 45 minutos sem observação - mesmo que Madeleine tenha sido mesmo raptada, isto só aconteceu porque os pais a deixaram desprotegida em outro país. Certamente se eles estivessem no quarto quando a situação aconteceu a menina ainda estaria em segurança na sua casa e não como está hoje, desaparecida.
"Um desaparecimento, uma janela e um cadáver." Página 219
Oi linda seu blog eu adorei amei de verdade,to te seguindo me segui de volta http://decididaamudar.blogspot.com.br/
ResponderExcluirIndiquei seu blog para responder um meme, espero que possa participar, abraçoss
ResponderExcluirhttp://vampleitores.blogspot.com.br/2013/02/meme-da-semana-selo-2013-literario.html
Esse caso é muito triste, coitada da Madeleine. Achei muito legal seu trabalho de conclusão de curso ser sobre esse caso, você faz faculdade do que?? Boa sorte com o seu TCC.
ResponderExcluirInteressante o livro. Gosto de livros de não-ficção. Agora fiquei curiosa sobre seu TCC também...rs
ResponderExcluirBeijooos
Gleice
www.murmuriospessoais.com
Madeleine McCann é uma história muito triste! Achei muito bonita a iniciativa de ser transformada em livro...
ResponderExcluirNão conheci a história. Depois que li seu post, procurei sobre ela. Me comovi aqui. É uma pena o que tenha acontecido.
ResponderExcluirNossa eu realmente fico impressionada com seu empenho Rafa. Essa foi uma das histórias mais marcantes que me recordo e assim como no caso nacional dos Nardoni eu não consigo ainda acreditar que pais sejam capaz de tamanha atrocidade. É aterrorizante, excelente resenha Rafa
ResponderExcluirEu sei pouco sobre essa história, lembro apenas o que foi veiculado na mídia, na época, mas sempre fico chocada com histórias de atrocidades com crianças e nessa, em específico, é realmente difícil de saber o que aconteceu, já que existem tantas versões para a mesma história. Quando seu TCC estiver pronto, vou querer ler!
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