Resenha: Fetiche - Tara Moss

Editora: Fundamento

Ano: 1999

Páginas: 308

Neste primeiro livro da Série Makedde, você lerá uma história intrigante, onde o limite entre beleza e crime não passa de um tênue detalhe. 

Em uma frenética caçada a um sádico psicopata, uma jovem modelo formada em Psicologia Forense tenta capturar o assassino de sua melhor amiga. 

Mas sua ousadia vai longe demais e, sem perceber, ela pode estar correndo diretamente para as garras de um serial killer. 

A única pessoa em que ela confia, e por quem se apaixona, o sedutor detetive Andy Flynn, parece esconder segredos perigosos.

Como saber em quem acreditar quando as aparências determinam quem vive e quem pode estar condenado a uma cruel sentença de morte?

Classificação:       

"Iria sozinha para casa, e ele a pegaria quando o momento ideal se apresentasse. Sabia que haveria um momento ideal. A foto na carteira de Catherine era puro destino, como também a carta pedindo que mostrasse o corpo de Catherine - seu trabalhinho manual - para ela na praia. Agora seu prêmio tinha acabado de desfilar usando roupas sensuais e sapatos de prostituta, só para ele, e logo ele a teria. A espera estava perto do fim." Página 128

Fetiche é o primeiro livro da série Makedde, lançado pela Editora Fundamento e de autoria de Tara Moss. Assim como a protagonista da série, a autora é modelo e apresenta um programa de investigação criminal, o que dá ao livro um tom de realidade. Como vocês já devem ter percebido, o meu gênero favorito de leitura é justamente investigação criminal e confesso que não sabia da existência da série até dar uma garimpada no site da editora para fazer a solicitação de livros para resenha. Logo que bati os olhos na sinopse já fiquei intrigada e fiz a solicitação dos dois primeiros livros e não me arrependi nem por um segundo. 

Makedde Vanderwall é uma jovem modelo, formada em Psicologia Forense e que está chegando na Austrália para um trabalho e reencontrar Catherine, sua melhor amiga. Ao chegar na casa que a agência de Catherine deixava-a usar, Mak estranha pela amiga não estar a sua espera, mas consegue dar um jeito e entrar na casa. Lá não encontra nada que dê uma ideia do paradeiro de Catherine, apenas um dia depois em uma sessão de fotos na praia Mak tem sua vida modificada completamente, já que encontra o corpo de Catherine mutilado. Completamente arrasada, Mak começa uma investigação para descobrir o que aconteceu com a amiga, já que havia algum tempo que ela comentava estar envolvida romanticamente com um homem de prestígio. 

Andy Flynn é o policial responsável pela investigação do assassinato de Catherine e de outras duas jovens encontradas nas mesmas condições e logo a história do Assassino do Salto Alto é espalhada pela cidade. Durante a investigação, o policial e Makedde acabam se envolvendo e isso coloca em Flynn um alvo, já que o assassino de Catherine vê Makedde como a sua vítima perfeita. Esta é uma história eletrizante e verossímil, como sou fã deste gênero de leitura acabo sendo bastante crítica com relação às histórias e em Fetiche não há nada que eu não tenha gostado. Makedde é uma protagonista forte e que leva a sério seu trabalho e mesmo correndo perigo quer fazer o culpado da morte de sua melhor amiga pagar pelo que fez, Andy Flynn não é um dos meus personagens favoritos, porém o casal funcionou bem para a história e como já engatei a leitura do segundo livro da série, comecei a gostar um pouquinho mais do policial. 

A edição está ótima, a capa é sugestiva e combina bastante com a história. A diagramação está bem trabalhada e conta com detalhes da capa em todas as páginas. Os capítulos estão bem divididos e a revisão está boa, tornando a leitura ainda melhor. Fetiche é um livro bem escrito e conta com muitos detalhes - o que será um problema caso o leitor seja sensível - e isso foi um ponto positivo a meu ver, mas tenham em mente que não é uma leitura fácil. Não sei como eu, sendo a louca dos livros policiais, não conhecia a série, porém estou correndo atrás do tempo perdido e devorando os livros. 

"Um vento forte assobiava entre as árvores na beira do parque, e ela suspendeu a gola do casaco até o queixo. Estava escurecendo. Hora de voltar para casa. Makedde caminhava com a cabeça baixa, meditativa.
Uma palavra ecoava sem parar em sua cabeça. "Culpado."" Página 248