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18 maio 2014

Resenha: O Sol voltou a brilhar - Célia Xavier de Camargo, Erick

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Ano: 2013
Páginas: 464
Petit Editora



Londres, século 19. Na capital do Império Britânico, durante o reinado da rainha Vitória, um rico e respeitado comerciante vive luxuosamente, cercado de criados. Helen, mimada pelo pai, quer se divertir e vai ao encontro do perigo: um espírito perverso trama sua perdição... Arrastada pela obsessão, Helen entrega-se ao prazer. George, ao resgatar a filha, conhece o lado sombrio de Londres, onde imperam a miséria e o vício. Helen assume outra personalidade e ataca violentamente o pai. George não acredita em Deus, mas o desespero o conduz a uma sessão espírita. Diante de um fenômeno de materialização, George entenderá que o sol um dia voltará a brilhar no horizonte de sua vida. 

Classificação:      


"George olhou-a curioso, estranhando a tranquilidade da esposa. O que ela não contou ao marido é que fizera uma oração a Deus pedindo que socorresse a filha ainda tão jovem e tão doente dos nervos. Após essa oração, dormira rapidamente, envolvida por grande bem-estar. Ele não entenderia." Página 43


George Baker sempre mimou sua filha Helen e, contra a vontade de Jane, a garota cresceu sem limites. Um dia, Helen fugiu de casa e seus pais ficaram desesperados, mas nada podiam fazer. Algum tempo depois, George recebeu um bilhete contendo o paradeiro de sua filha e foi investigar, encontrando-a completamente doente a garota não ofereceu resistência e voltou para casa.

Seu médico, e amigo da família, disse que a garota estava adoentada, mas nada poderiam fazer além de rezar. Em confissão para Jane, mãe da garota, o médico James diz que seu amigo Peter poderia ajudar a família. Então, querendo curar a enfermidade de Helen, sua mãe começa a estudar espiritismo junto de Peter Cushing. 

George acaba descobrindo as saídas de sua esposa e uma briga na família ameaça o bem-estar de Helen. Até que ponto uma mãe é capaz de ir para salvar a sua filha? Por que o passado de George está influenciando a sanidade de Helen? Tudo isso você descobrirá ao ler O Sol voltou a brilhar.

"Jane levantou-se e saiu da sala. Sabendo-se sozinho, George deixou cair a máscara. Sentia-se arrasado, mas Jane não perderia por esperar. Pretendia segui-la. Queria ver se realmente ela iria a uma reunião com amigas." Página 126


A obra nos mostra uma sociedade bem diferente da que vivemos hoje, começando pelas formas de tratamento entre conhecidos e empregados. O livro foca nos relacionamentos de George com sua família, amigos e empregados, mostrando as nuances do protagonista e suas convicções acerca do que comanda o mundo. É interessante ver o crescimento de George como pai, marido, conhecido e chefe, pois assim podemos ver o quanto a "doença" de Helen fez com que ele analisasse como tratava todos ao seu redor.

Esse não é o melhor livro que já tive a oportunidade de ler e que foi publicado pela Petit Editora, mas como gosto bastante de ler obras com a temática espírita foi interessante a leitura já que é algo com o qual não estou tão habituada a ter muito contato (além do que conheço por meio dos livros). A revisão e edição estão boas, mas confesso que não gostei muito da capa apesar de perceber que a editora quis passar ao leitor um pouco de como eram as imagens no século 19 (acredito eu rs). O livro é recomendado para os leitores que, assim como eu, estão livres de preconceitos sobre religiões com as quais não têm muito contato, pois é sempre um aprendizado sair de sua zona de conforto.

"Ambos merecem nossa misericórdia e nossas orações. Certamente não é por acaso que estão envolvidos com nosso grupo. Tudo acontece quando deve acontecer, é a lei da vida. O Senhor nos aproxima na medida da necessidade de entendimento, de recuperação no que tange ao nosso passado de erros. Não concorda, George?" Página 435


2 comentários:

  1. Eu também me interesso bastante por espiritismo, acho que é uma das religiões mais interessantes que existe e uma das que eu mais tenho curiosidade em saber mais a respeito, talvez só por esse fato, esse livro já se tornaria algo que eu pudesse me interessar a ler.

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  2. Oi, Rafaella
    Gostei muito da sua observação ao final da resenha. Realmente, livros com temática espírita são para pessoas abertas e sem preconceitos. Sou espírita e sei bem como pode soar aos ouvidos - e olhos, aqui em questão.
    Acho que os livros espíritas podem suscitar muitas dúvidas e questionamentos, para quem quer conhecer a doutrina. Para mim sempre funcionaram para que eu buscasse resposta às minhas inquietações, coisas que eu não entendia e não aceitava.
    Adorei sua resenha, esclarecedora e bem pontuada no que é importante.
    Beijo!


    Fiz esta resenha aqui e adorarei saber sua opinião: Ler para divertir

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