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27 maio 2014

Resenha: As três leis de Newton - Vitor Zenaide

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Editora: Schoba
Ano: 2012
Páginas: 360

Três pessoas em diferentes lugares do mundo são mortas misteriosamente; no Brasil, o filho de um importante ministro é sequestrado. Dois jornalistas de um pequeno periódico de São Paulo começam, então, a investigação deste intrigante caso e percebem, aos poucos, que os bandidos não estão interessados no que à primeira vista, parece ser, mas sim que todos estes crimes estão interligados e podem revelar um importante segredo escondido a sete chaves, que poderá impactar grandes autoridades políticas ao redor do mundo. 


Classificação:    


"Talvez, Deco estaria mexendo em um grande ninho de cobras venenosas, e não em um pequeno ninho de marimbondos, como imaginava no começo." Página 102

As três leis de Newton é uma obra que já em sua sinopse deixa o leitor com vontade de conhecer mais a história, pelo menos foi o que aconteceu comigo. Quando a Schoba propôs me enviar, não pensei duas vezes e embarquei na viagem. Como profissional de comunicação, entendo bem o que Deco e Guto estavam passando por serem donos do Jornal da Capital que, apesar de existir a um ano, ainda não havia se consolidado como fonte de credibilidade.

O rumo dessa história começa a mudar quando os jornalistas descobrem que o filho de um importante político desapareceu e o sequestro ainda não havia sido noticiado para as autoridades ou qualquer meio de comunicação. Com a ajuda da empregada da família, os dois tem acesso às primeiras informações sobre Flávio Alves e começam a sua investigação. Em uma noite, Deco recebe um e-mail estranho vindo do México e decide investigar a fundo o suicídio de um rapaz que, por sua vez, estava ligado a Flávio. 

A pista no México leva Deco para outra pista e assim o livro é conduzido até seu desfecho surpreendente. Posso afirmar que é o gênero de obras que me deixam fascinada porque, apesar de ser amante da leitura, não acredito que eu teria ideias para criar uma história tão instigante. Acredito que me identifico muito com a narração, pois quando era pequena sempre sonhei em ser detetive ou perito criminal (sim, eu era uma criança estranha) então todo e qualquer tipo de investigação criminal me deixa fascinada e com As três leis de Newton não foi diferente.  
 
"Deco não aguentou muito assistir àquela cena. Ajoelhou-se e vomitou desesperadamente após encarar mais uma morte em sua curta jornada internacional. Aquela investigação começava a apresentar sinais de podridão. Quando mais ele se aprofundava, mais o lado negro da já tão sombria história aparecia." Página 179

A leitura é rápida e, apesar de ter demorado semanas para conclui-la por causa do TCC, tenho certeza que em outras circunstâncias teria lido em no máximo dois dias, pois é o gênero de leitura que mais me atrai. A capa nos mostra elementos que serão essenciais durante a leitura e as descobertas de Deco em sua investigação, tornando a edição perfeita nesse sentido. Unindo-se às folhas grossas e letras em bom tamanho, a obra conta com uma das melhores diagramações que já tive a oportunidade de conferir. 

Agora vamos para a parte chata, porém necessária. A revisão precisa ser trabalhada, não na questão de encontrar palavras erradas, mas no início das falas que (em várias ocasiões) estava faltando o travessão para indicar e eu seguia a leitura até a metade da frase para perceber que era um personagem falando. Com relação às falas também percebi que em sua maioria são muito extensas, deixando o leitor com a impressão de diálogo forçado, mas por não ser escritora não tenho uma opinião formada sobre como o autor poderia trabalhar neste ponto. 

O autor escreve muito bem e sinceramente, tendo em vista algumas obras de início de carreira que pude ler, essa é uma das melhores. Claro que existem alguns pontos como os diálogos e uso de palavras mais apropriadas em algumas situações que precisam ser melhorados, mas, em um todo, a obra é satisfatória e posso afirmar que Vitor Zenaide tem talento para a escrita, sem dúvidas. 

"Aprender sobre a geografia daquela tradicional instituição aprimorava o cenário de mistério do local e fazia com que o quebra-cabeça montado por Flávio, Lia, Mateja e Victor ficasse ainda mais brilhante." Páginas 263 e 264

Um comentário:

  1. Eu adoro esse tipo de livro, em que o leitor acaba ficando curioso em desvendar logo o mistério, e acho incrível autores que conseguem essa façanha, porque acho que é necessário muita criatividade para fazer uma trama assim.

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