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08 outubro 2018

Resenha: A irmã da pérola - Lucinda Riley (As Sete Irmãs #4)

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Editora: Arqueiro
Ano: 2017
Páginas: 528

Em A Irmã da pérola, quarto volume da série As Sete Irmãs, duas jovens de séculos diferentes têm seus destinos cruzados numa emocionante história sobre amor, arte e superação.
Ceci D’Aplièse sempre se sentiu um peixe fora d’água. Após a morte do pai adotivo e o distanciamento de sua adorada irmã Estrela, ela de repente se percebe mais sozinha do que nunca. Depois de abandonar a faculdade, decide deixar sua vida sem sentido em Londres e desvendar o mistério por trás de suas origens. As únicas pistas que tem são uma fotografia em preto e branco e o nome de uma das primeiras exploradoras da Austrália, que viveu no país mais de um século antes.
A caminho de Sydney, Ceci faz uma parada no único local em que já se sentiu verdadeiramente em paz consigo mesma: as deslumbrantes praias de Krabi, na Tailândia. Lá, em meio aos mochileiros e aos festejos de fim de ano, conhece o misterioso Ace, um homem tão solitário quanto ela e o primeiro de muitos novos amigos que irão ajudá-la em sua jornada.
Ao chegar às escaldantes planícies australianas, algo dentro de Ceci responde à energia do local. À medida que chega mais perto de descobrir a verdade sobre seus antepassados, ela começa a perceber que afinal talvez seja possível encontrar nesse continente desconhecido aquilo que sempre procurou sem sucesso: a sensação de pertencer a algum lugar.


Classificação:      



"Perto do Cinturão de Órion, vi a constelação das Sete Irmãs. Quando Pa me mostrou minha estrela no telescópio pela primeira vez, logo percebeu que fiquei decepcionada. Era a menos brilhante, o que praticamente já explicava tudo, e minha história mitológica parecia vaga. Ainda tão jovem, eu queria ser a maior estrela, a mais brilhante, com a melhor história de todas.

- Ceci - disse ele, pegando minhas pequenas mãos, - você está aqui na Terra para escrever sua própria história. E eu sei que vai conseguir." Página 25


A Irmã da Pérola é o quarto livro da série As Sete Irmãs, escrita por Lucinda Riley e lançada no Brasil pela Editora Arqueiro. Confesso que o primeiro livro pedi por impulso, mas a cada volume me apaixono mais pela história das seis irmãs adotadas por Pa Salt e que após a morte de seu pai são levadas a confrontar seus passados e descobrir suas origens.

Ceci 
D’Aplièse é a quarta irmã, chegou à Atlantis apenas seis meses após a chegada de Estrela e a ligação entre as duas fora imediata. Estrela sempre foi bastante tímida e encontrava em Ceci uma cúmplice e a irmã que a apoiava em tudo. Em A Irmã da Sombra, a separação entre as duas se iniciou porque Estrela queria encontrar seu lugar no mundo ao invés de sempre ficar à sombra da irmã mais nova, porém este distanciamento foi bem complicado para Ceci e agora ela decidiu ir atrás de sua história e também encontrar um lugar ao qual pertence. Ceci embarca em uma jornada de autodescoberta guiada apenas por uma fotografia antiga e um nome, Kitty Mercer, além de um advogado que foi o responsável por uma herança que ela recebeu de sua família biológica pouco depois da morte de Pa Salt. 

Apesar de sua origem ser na Austrália, Ceci decide ficar um tempo na Tailândia e lá faz amizade com Ace, um homem bastante recluso e que a ajuda quando ela precisou. Porém, ao chegar na Austrália, Ceci percebe que Ace estava escondendo um grande segredo e ela acabou sendo usada para que o homem fosse descoberto. Precisando lidar com as consequências de algo que não fez e  buscando informações sobre seu nascimento, Ceci conta com a ajuda de Chrissie - uma nova amiga - e um audiolivro que conseguiu comprar sobre a vida de Kitty, que se torna o principal meio de entender o passado e como isso definiu sua vida. 


"Mesmo que eu não tivesse pensado muito na relação que podia ter com Kitty antes de chegar ali, agora havia uma parte de mim que adoraria ter algum parentesco com ela. Não só por causa de sua coragem de ir para a Austrália, para início de conversa, mas também pela maneira como lidou com o que encontrou lá quando chegou. As experiências dela faziam meus próprios problemas parecerem insignificantes. Fazer o que ela fez na Broome de cem anos atrás exigia muita coragem. E ela seguiu seu coração, aonde quer que isso a tenha levado." Página 260


A Irmã da Pérola, assim como os anteriores, é fascinante e leva o leitor a acompanhar uma jornada de autoconhecimento e muita reflexão sobre os caminhos que a vida e o destino traçam antes mesmo de nascermos. Ceci é uma personagem apaixonante, e assim como Estrela teve que se adaptar a nova vida sozinha, o que acabou sendo bastante difícil para ambas. A história de Kitty McBride também é interessante, filha de um pastor ela tem a chance de ir para a Austrália como dama de companhia de uma das fiéis da igreja de seu pai, e lá forma uma vida. Casa-se, tem um filho e com a morte do marido assume um grande império de extração de pérolas, porém tudo isso às custas de seu verdadeiro amor. 

A edição mantém o padrão das anteriores, a capa é maravilhosa e combina muito com a história apresentada por Lucinda Riley. A diagramação é simples e a revisão está ótima, os capítulos são bem divididos e há a divisão entre passado e presente, que são apresentados em terceira pessoa e primeira pessoa, por Ceci, respectivamente. Sem dúvida indico a série para todos os leitores e estou ansiosíssima pela história de Tiggy, que tivemos uma prévia nas últimas páginas de A Irmã da Pérola para aguçar a curiosidade. 



"O fato é que as últimas semanas tinham sido as mais incríveis de toda a minha vida. O pensamento por si só era brega, mas era como se eu tivesse renascido. Como se todos os pedaços de mim que não se encaixavam na Europa tivessem sido tirados e reorganizados, de modo a formar um todo melhor. Assim como minha instalação de arte. Eu nunca consegui que ela fosse perfeita, mas enfim, eu mesma nunca seria. Porém, eu sabia que estava melhor, e isso era o suficiente." Página 407




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