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06 junho 2017

Lançamentos da Intrínseca

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Olá, leitores.


Sei que estou meio sumida, mas é por um motivo de força maior. Estou fazendo maratona de Bones enquanto a Netflix não remove as temporadas do catálogo e já estou na metade, aee \o/ Logo volto 100% para o blog, podem esperar uma enxurrada de postagens e resenhas. Agora venho apresentar os lançamentos de Junho da nossa parceira, Editora Intrínseca




Até que a culpa nos separe, de Liane Moriarty — No novo livro da autora de Pequenas grandes mentiras, obra que inspirou a série Big Little Lies, a história começa com um convite inesperado para um churrasco de domingo em Sydney, na Austrália. Três famílias resolvem passar uma tarde tranquila em uma bela casa sem imaginar como suas vidas mudariam para sempre a partir daquele dia.

Sem conhecer direito os anfitriões, Clementine, uma mulher casada e com duas filhas, está com a amiga de infância, Erika, quando um episódio assustador acontece no evento.


Dias bárbaros, de William Finnegan — Vencedor do Pulitzer de Biografia de 2016,  a obra é uma autobiografia de William Finnegan, jornalista da The New Yorker, que viajou o mundo em busca das melhores ondas. Amante de livros e de aventuras, Finnegan se tornou escritor e correspondente de guerra. No livro, ele conta a sua trajetória no surfe, as histórias da época em que pertencia a uma gangue de meninos brancos no Havaí, a loucura dos jovens nos anos 1960, as viagens e outras experiências que viveu por causa do esporte. 



Apenas uma garota, de Meredith Russo — Tudo que Amanda mais quer é viver como uma garota comum. Prestes a entrar na vida adulta, ela mudou de cidade após passar pela cirurgia de mudança de sexo e agora está buscando a afirmação de sua identidade.  Embora acredite firmemente que toda mudança traz a promessa de um recomeço, ela ainda não se sente livre para criar laços afetivos — até conhecer Grant, um garoto diferente de todos os outros.

Em seu romance de estreia, a autora retrata a transição de uma adolescente transexual, parcialmente inspirada nas próprias experiências.




Geekerela, de Ashley Poston — Quando Elle, nerd de carteirinha, descobre que sua série favorita vai ganhar uma refilmagem hollywoodiana, ela fica dividida. Antes de morrer, o pai lhe transmitiu a paixão por aquele verdadeiro clássico da ficção científica, e agora ela não quer que suas lembranças sejam arruinadas por astros pop e fãs que nunca ouviram falar da série. 

O divertido romance traz a clássica história de Cinderela para os dias de hoje e aborda temas como internet, independência da mulher, indústria do cinema e cultura nerd.


As Mães, de Brit Bennett — Em uma comunidade negra e cristã dos Estados Unidos, Nadia, uma garota bonita, obstinada e ainda marcada pelo recente suicídio da mãe, será a primeira da família a cursar uma universidade, mas, antes de deixar sua cidade natal, ela se envolve com o filho do pastor da igreja. Os dois são jovens e não oficializam o relacionamento, mas o segredo que resulta desse romance terá consequências maiores do que eles imaginam.

Anos depois, eles ainda vivem à sombra das escolhas da juventude e da insistente dúvida: e se tivessem feito diferente? As possibilidades do caminho não tomado se tornam uma sombra implacável. 



Robô selvagem, de Peter Brown — Roz é uma robô que, ao abrir os olhos pela primeira vez, se vê sozinha em uma ilha. Ela não tem a menor ideia de como foi parar ali, mas está programada para sobreviver. Tudo parece melhorar quando Roz consegue, aos poucos, se aproximar dos bichos e criar um elo com um filhote de ganso abandonado. Mas sua natureza é diferente, e o misterioso passado da robô, que a levou até ali, está prestes a retornar para assombrá-la. 

Peter Brown é autor também de Minha professora é um monstro (Não sou, não) e Sr. Tigre solto na selva.




Eu sei onde você está, de Claire Kendal— Rafe está em todos os lugares, sempre atrás de Clarissa. Ele vai encontrá-lo na estação de trem, no portão do prédio onde mora, e as suas mensagens lotam a secretária eletrônica dela. Desde a noite que passaram juntos, Clarissa se vê numa armadilha da qual não consegue escapar.





Fonte: http://www.intrinseca.com.br/blog/2017/06/lancamentos-de-junho-3/

05 junho 2017

Por dentro da tela: Casting JonBenét

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Ano produção: 2017
Dirigido por Kitty Green
Gênero: Documentário, Drama




A morte não-resolvida da rainha da beleza americana, JonBenet Ramsey, de seis anos de idade, continua a ser o caso de assassinato infantil mais sensacional do mundo. Durante 15 meses, respostas, reflexões e performaces foram extraídos da comunidade da natal de Ramsey no Colorado, criando uma corajosa obra de arte com as memórias coletivas e mitos que o crime inspirou.




Classificação:    






Casting JonBenét é um documentário que me chamou atenção desde a divulgação feita nas redes sociais da Netflix, por se tratar de um caso verídico de homicídio infantil. Esse caso sempre me deixou indignada, assim como o da Madeleine McCann, e ao pesquisar mais sobre a morte da garotinha você ficará ainda mais curioso para ver essa produção, caso goste de mistérios. 

JonBenét Patrícia Ramsey foi assassinada no Natal de 1996, com 6 anos, de acordo com a ligação da mãe para a polícia a garotinha havia sido levada e um bilhete de resgate foi deixado na casa. Isso seria aceitável, isto é, se o bilhete não tivesse  quase três páginas e exigisse a quantia exata que o pai da garota tinha. Várias evidências desse caso são questionáveis e a polícia que acompanhou o caso é considerada, pela maioria, como sendo o motivo pelo qual o assassino da mini-miss não foi pego. Esta é uma história com várias falhas e os assassinos ficaram soltos, sendo que a maior parte das pessoas acredita que foram os pais que tentaram ocultar o assassinato da criança, simulando um sequestro.

Casting JonBenét é um documentário que não me acrescentou muito, apesar de estar ansiosa para conferir, acabei não gostando muito na produção porque focaram nos boatos. Os atores da cidade de Boulder, alguns que viviam lá em 1996, comentaram o que achavam sobre o caso, fofocas e muitas opiniões divergentes. É interessante porque é a primeira produção que vi sobre o assunto, porém não funcionou para mim porque esperava saber mais sobre o crime em si, não sobre os atores e o que achavam o que havia acontecido.



01 junho 2017

Resenha: Mentiras como o amor - Louisa Reid

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Editora: Novo Conceito
Ano: 2017
Páginas: 473

Audrey sabe que sua mãe está certa quando tenta salvá-la de si mesma. 
Ela sabe que tem sido injusta, por isso precisa, por seu irmão mais novo e por sua mãe, seguir em frente. Audrey tenta manter todos felizes. Juntos, eles estão em busca de dias melhores. 
A mãe de Audrey, à sua maneira, tenta ajudar a filha a controlar a doença para que ela possa encontrar um recomeço seguro. 
Então Audrey conhece Leo, mas ele torna a vida dela realmente complicada, pois essa amizade faz com que ela deseje ousar ser ela mesma, enfrentar a vida. 
Agora, Audrey precisará decidir: cuidar de sua família especialmente de seu irmão ou continuar sonhando com a vida que tanto deseja? 
Mentiras Como o Amor é deslumbrante e de partir o coração. É o novo romance de Louisa Reid, a autora aclamada de Corações Feridos.



Classificação:       



"Olhei para baixo. Leo se aproximava. Rápido. Alguma coisa me dizia que eu precisava confiar em alguém, em algum momento. Mas como eu poderia ter certeza? Como saber em quem confiar?" Página 64


Mentiras como o amor é uma obra que me chamou atenção de primeira já que gosto bastante de dramas que envolvem doenças e batalhas familiares. Quando vi que já estava disponível na estante da Novo Conceito não hesitei em solicitar e comecei a leitura logo em seguida, porém como estou fazendo maratona de uma série antes que a Netflix a remova, acabei demorando três semanas para concluir a leitura e acredito que foi uma boa experiência porque consegui digerir e analisar bem essa história fascinante criada por Louisa Reid.  

Nesta obra conhecemos Audrey, uma adolescente de dezesseis anos que enfrenta os altos e baixos de uma depressão. Abandonada pelo pai, a mãe a cria sozinha desde que a menina tinha dez anos e o amor incondicional por seu irmão mais novo, Peter, é um dos motivos para que ela enfrente todos os dias difíceis. As batalhas de Audrey foram assumidas por sua mãe Lorraine que passa mais tempo acompanhando a filha em consultas, internações e terapias do que cuidando da própria vida e isso criou um vínculo entre elas que, às vezes, parece de mão única. Ao mudar de cidade, Audrey tenta se encaixar e acaba conhecendo seu vizinho, Leo, um garoto mais velho, mas que faz questão de conhecê-la melhor, apesar de saber dos boatos de sua doença que são espalhados sem filtro por toda a escola. 

Aos poucos essa amizade entre Audrey e Leo começa a evoluir para algo mais sério e com isso a mãe da protagonista começa a perder o controle sobre as ações da filha e se torna um empecilho para o envolvimento dos dois. Um livro difícil, a história é forte e confesso que não estava familiarizada com o tema, apesar de acharmos que sabemos do que se trata, o desfecho é um soco no estômago e deixa o leitor sem chão, mas sem dúvidas um excelente livro sobre o tema. As batalhas diárias de Audrey e Leo me conquistaram e encarei com ambos todas as dificuldades que passaram durante esse tempo de descobertas e amor. 


"Se eu realmente tentasse, poderia imaginá-la. Uma garota de dezesseis anos, completamente transtornada. Imaginei que ela sentia que a vida era uma merda tão grande que só queria fugir de tudo, que não conseguia descobrir outra maneira de ser feliz a não ser cortando a própria pele e deixando o sangue escorrer." Página 173


Mentiras como o amor é dividido em capítulos narrados em primeira pessoa por Audrey e outros que têm Leo em evidência que são em terceira pessoa, dando mais profundidade para a história. A cada capítulo a protagonista apresenta ao leitor as nuances de sua depressão, a vontade de desaparecer e ao mesmo tempo manter-se forte pelo irmão caçula, já que desde que ele era muito pequeno a irmã foi a única fonte de amor e segurança. A mãe de Audrey é uma mulher fortemente perturbada, que vive por meio da filha e a priva de ter a sua vida, tornando-se bastante inconveniente com o passar do tempo. Esse laço entre elas aparenta ser mais por parte de Lorraine, que faz questão de prender a filha, já Audrey tenta acreditar que ela faz isso porque ama os filhos. Esta é, sem dúvida, uma das partes mais perturbadoras do livro, mas não vou me estender para não dar spoilers.

Com relação à edição não tenho ressalvas, a capa é bonita e transmite a fragilidade, ou força - dependendo da interpretação, da protagonista. Os capítulos são curtos e tornam a leitura mais fluida. A diagramação é simples, mas cumpre bem seu papel e a revisão está boa, tornando a leitura mais proveitosa e sem interrupções. Esta é uma história que deveria ser conhecida por todos os leitores já que é extremamente real e poderia ser vivenciada por qualquer um de nós, sem dúvida um livro recomendadíssimo. 


"E eu entendi o motivo de tudo, exatamente naquele local, naquele momento. Que a felicidade é ser amada por quem você é sem nenhuma reserva ou hesitação, sem retroceder ou se importar com o que qualquer pessoa venha a pensar. Era confiança era fé; era saber que o amor que você dá fica seguro no coração de outra pessoa." Páginas 196 e 197