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14 agosto 2014

Entrevista: Vitor Zenaide

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Olá, leitores,


A postagem de hoje é uma entrevista que fiz com o autor Vitor Zenaide. Vocês devem conhecê-lo por sua obra As três leis de Newton, que chegou da Editora Schoba para minha avaliação. Quem ainda não viu, deixarei ao longo da postagem algumas impressões e o caminho para a resenha. 



Vitor Zenaide em Cambridge, um dos cenários da história.
 1. Quem é Vitor Zenaide? Por exemplo, quais são seus livros favoritos, Hobbies e demais interesses? 


Tenho 31 anos. Moro atualmente em São Paulo com minha esposa, mas nasci em Santos e vivi por lá com minha família até os 17 anos. Sou administrador de empresas de profissão e trabalho em uma consultoria de inteligência de mercado atualmente. Sou apaixonado por escrever e criar histórias. Se tivesse que explicar a razão pela qual resolvi escrever livros, diria que foi a melhor forma de me comunicar com o mundo que encontrei. 

Para mim, um bom livro de ficção é aquele que vai além do simples entretenimento, e te faz refletir sobre algum tema, criticá-lo e formar a própria opinião. Meus livros favoritos são O Símbolo Perdido, do Dan Brown, e Os Conspiradores, de William Cohen – mas, basicamente, qualquer romance policial que lide com História e conspirações está no meu radar. 


2. Quando percebeu que escrever é sua paixão?

Desde cedo, sempre gostei de ler. Meu pai foi a pessoa que me apresentou o mundo dos romances policiais, quando ainda era pré-adolescente, e foi paixão à primeira leitura! O livro era o “Vírus”, do Robin Cook – muito bom, por sinal. Além disso, sempre me considerei uma pessoa criativa. Uma influência marcante neste sentido foram os jogos de RPG, dos quais eu era um fã assíduo na infância, junto com meus irmãos e amigos. Acredito que minha primeira obra “literária” criada tenha sido uma história de RPG. 


3. O que te inspirou a criar As três leis de Newton? 

Sempre quis escrever um livro e meu estilo favorito era o romance policial. Antes deste, já cheguei a iniciar quatro outros livros, sendo o primeiro com uns 11 anos, mais ou menos. Porém, acabava desistindo no meio do caminho porque faltava paciência/maturidade de planejar o livro capítulo a capítulo e bolar uma história boa o suficiente. As Três Leis de Newton começou a brotar depois que assisti ao documentário “Fahrenheit 9/11”, do Michael Moore. Fiquei impressionado com todos os fatos que estavam por trás do atentado terrorista e comecei a perceber que elas poderiam servir de temas para inúmeros livros. Acabei me inspirando em um deles e comecei a imaginar como que aquilo poderia ser traduzido em uma história com personagens, contexto, conflitos etc. A parte criativa deve ter demorado uns 2-3 meses até que tomei coragem, abri um arquivo de Word em branco e comecei a escrever. 


4. Duas profissões bastante abordadas na obra são Jornalismo e Administração. Qual a sua proximidade com o Jornalismo, já que é administrador? Qual o motivo pelo qual você deu ênfase nessas áreas? 

Meu desafio era contar uma investigação de um crime sem uma ótica policial, já que possuo pouco conhecimento nesta área e escrever o dia-a-dia de um detetive/investigador seria difícil. Encontrei no jornalismo a melhor forma de contar esta história. Apesar de não ser da área, conheço como funciona uma empresa e, com um pouco de pesquisa, pude entender a dinâmica de um jornal, a qual busquei retratar na história. 


5. Como foi feita a publicação de As três leis de Newton? 

Inicialmente, tentei pelos meios “tradicionais”, ou seja, enviando meu original a grandes editoras. Aguardei cerca de um ano e meio por respostas de qualquer tipo, mas nada veio. Nem ao menos um retorno dizendo que não haviam gostado do meu livro. Essa é a parte mais frustrante para um novo autor, aqui no Brasil pelo menos. O mercado ainda é muito restrito e sinto que as editoras acabam não arriscando, apostando em autores mais renomados. Depois disso, conheci a Editora Schoba, pela qual conseguiria lançar meu livro arcando com os custos iniciais do processo de editoração, diagramação e tiragem mínima. Foi uma excelente porta de entrada para que pudesse realizar meu sonho de publicar o livro e testar na prática se as pessoas gostariam dele ou não. 


6. Quanto tempo durou o processo de publicação da obra? O resultado correspondeu ao esperado? 


Tirando o período de espera no escuro pelas editoras, assim que dei entrada com a Schoba o processo demorou cerca de 3-4 meses. Com toda a sinceridade, o resultado superou minhas expectativas. Os principais pontos de destaque foram a diagramação, que achei bastante refinada e característica de obras do estilo da minha, a qualidade das folhas do livro, um pouco mais grossas e de fácil manuseio, e, principalmente, a arte da capa, que agradou 100% das pessoas que tiveram algum contato com o livro e, de certa forma, deixou a obra com uma “embalagem” muito marcante. 


7. Você está escrevendo mais algum livro? Tem algum manuscrito que ainda não foi publicado? 

Sim, estou escrevendo meu segundo livro. Já devo ter uns escrito cerca de 70% do total, ou seja, até que está bem adiantado. Acredito que até o final do ano ou começo de 2015 ele já estará pronto. O estilo do livro é o mesmo, ou seja, um romance policial cercado de bastante suspense, mas não é uma continuidade do primeiro. Vou deixar os personagens descansarem um pouco e utilizá-los no próximo. 





"O autor escreve muito bem e sinceramente, tendo em vista algumas obras de início de carreira que pude ler, essa é uma das melhores. Claro que existem alguns pontos como os diálogos e uso de palavras mais apropriadas em algumas situações que precisam ser melhorados, mas, em um todo, a obra é satisfatória e posso afirmar que Vitor Zenaide tem talento para a escrita, sem dúvidas. "

7 comentários:

  1. Não conhecia nem o autor, nem esse livro. Particularmente, adorei essa capa. É, realmente, muito bonita. A editora está de parabéns por essa arte.
    Em relação às dificuldades em se publicar, também acho uma pena que seja tão difícil assim. Só acho que as editoras poderia ter tido um pouco mais de respeito, e tivessem respondido que não publicariam, e não tivessem deixado o Vitor sem respostas.
    Só tenho que desejar todo o sucesso nesse, e em todos os futuros projetos.

    @_Dom_Dom

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  2. Não conhecia o autor, mas amei a entrevista!
    Gostei da proposta do livro também!
    Beijinhos
    Rizia - Livroterapias

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  3. Ótima a entrevista! Imagino como seja difícil iniciar a carreira nesse ramo, justamente pelo fato das editoras não darem ao menos um retorno sobre o que acham de sua obra. Sucesso para ele!

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  4. Rafaella!
    Bem objetiva a entrevista, gostei!
    Não conhecia o autor Victor, nem a obra, porém gostei muito da premissa e do título.
    E realmente... tenho de concordar com o autor quando diz que ainda é bem difícil lançar um autor nacional em editoras de grande porte, porque elas preferem os renomados para não correrem risco, mas digo a ele que não desista porque um bom livro, escrito por um bom autor, sempre terá seu lugar ao sol.
    cheirinhos
    Rudy
    Blog Alegria de Viver e Amar o que é Bom!

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  5. Não conhecia o autor, mas foi bem legal ver suas resposta =) Já adicionei o livro dele para minha listinha de futuras leituras <3

    Visite o blog "Meu Mundo, Meu Estilo"
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  6. Oi Rafa!
    Não conhecia este autor, e muito menos os seus livros.
    O livro dele faz muito o meu gênero, e gostei muito do que eu li.
    Entrando para a lista!
    Beijos

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  7. Já tinha ouvido falar sobre o autor mais nunca tive o interessei de saber mais sobre ele. Isso é uma coisa que eu aprecio muito nos blogs e sites, esse "dar" a oportunidade do leitor conhecer sobre determinado autor. Gostei muito dessa entrevista, é sempre bom saber o que um autor pensa sobre esse mundo literário.

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