Editora: Intrínseca
Ano: 2017
Páginas: 256
Depois de seis anos, milhões de livros vendidos, dois filmes de sucesso e uma legião de fãs apaixonados ao redor do mundo, John Green, autor do inesquecível A culpa é das estrelas, lança o mais pessoal de todos os seus romances: Tartarugas até lá embaixo.
A história acompanha a jornada de Aza Holmes, uma menina de 16 anos que sai em busca de um bilionário misteriosamente desaparecido – quem encontrá-lo receberá uma polpuda recompensa em dinheiro – enquanto lida com o transtorno obsessivo-compulsivo (TOC).
Repleto de referências da vida do autor – entre elas, a tão marcada paixão pela cultura pop e o TOC, transtorno mental que o afeta desde a infância –, Tartarugas até lá embaixo tem tudo o que fez de John Green um dos mais queridos autores contemporâneos. Um livro incrível, recheado de frases sublinháveis, que fala de amizades duradouras e reencontros inesperados, fan-fics de Star Wars e – por que não? – peculiares répteis neozelandeses.
Classificação:
"Naquela noite, enquanto eu jantava com minha mãe na frente da TV, continuei pensando sobre o caso. E se eles realmente nos dessem uma recompensa? Sem dúvida era uma informação útil que a polícia não tinha. Talvez Davis passasse a me odiar - se algum dia descobrisse -, mas será que não era bobagem me importar com o que um garoto qualquer do Camping da Depressão pensava de mim?" Página 77
Tartarugas Até Lá Embaixo é um dos últimos lançamentos da Intrínseca e a editora enviou um kit de divulgação da obra para os parceiros e, assim como em outras ocasiões, o blog está participando da Semana Especial que desta vez é com foco no lançamento de John Green.
Confesso que o autor não é um dos meus favoritos e apesar de ter gostado bastante de Quem é você, Alasca? não havia me conectado com nenhuma de suas obras até agora, porém Tartarugas Até Lá Embaixo mudou a minha opinião sobre ele e esta obra por ser tão pessoal acabou me deixando ainda mais impressionada com a narração, já que Green abordou de uma forma delicada sobre distúrbios mentais, mas ao mesmo tempo deu material para os leitores pensarem e se questionarem sobre o que é apresentado durante a leitura.
Aza Holmes é uma garota de dezesseis anos, após a morte acidental de seu pai é jogada em seus pensamentos mais obscuros, vive com a mãe - uma professora que vive em função do bem-estar da jovem. Quando sua melhor amiga Daisy descobre que uma recompensa será dada a quem ajudar a polícia a encontrar um homem rico que está foragido, as garotas se aproximam de Davis - o filho do desaparecido, que frequentou um acampamento com Aza anos atrás -. Apesar de fazer tratamento para sua ansiedade, Aza se questiona se os remédios não a estão transformando em outra pessoa e frequentemente se vê como apenas um personagem em sua vida, seus pensamentos surgem em um turbilhão e nada em sua vida faz sentido.
Aza Holmes é uma garota de dezesseis anos, após a morte acidental de seu pai é jogada em seus pensamentos mais obscuros, vive com a mãe - uma professora que vive em função do bem-estar da jovem. Quando sua melhor amiga Daisy descobre que uma recompensa será dada a quem ajudar a polícia a encontrar um homem rico que está foragido, as garotas se aproximam de Davis - o filho do desaparecido, que frequentou um acampamento com Aza anos atrás -. Apesar de fazer tratamento para sua ansiedade, Aza se questiona se os remédios não a estão transformando em outra pessoa e frequentemente se vê como apenas um personagem em sua vida, seus pensamentos surgem em um turbilhão e nada em sua vida faz sentido.
Por outro lado, Daisy e Davis buscam compreender o que Aza sente e a forma como se expressa, porém é visto que a única pessoa que acompanha o que a jovem sente é a sua mãe, dando-lhe forças para enfrentar o que se passa em seus pensamentos. O livro é interessante porque além de ter a história acerca do desaparecimento de Russell Pickett, o autor dá margem para os leitores entenderem o que se passa na cabeça de uma garota que não consegue controlar seus impulsos e por mais que tente não pode ter uma vida normal, como é o caso de Davis, Daisy e até mesmo a própria mãe da protagonista. Este é um livro que irá conquistar os leitores que lutam contra doenças mentais e mostrar aos que não as têm a importância de oferecer suporte e não julgar aqueles que convivem diariamente com um distúrbio.
"Eu queria dizer a ela que estava melhorando, porque essa é a narrativa esperada quando se trata de doenças: um obstáculo que você superou, uma batalha que venceu. Doença é uma história contada no pretérito." Página 85
John Green fez um belíssimo trabalho em Tartarugas Até Lá Embaixo e como leitora não esperava muito da leitura, já que apesar de ter lido inúmeros livros que tratam de distúrbios mentais, nenhum conseguiu me convencer, porém ao finalizar a leitura encontrei nos agradecimentos algo que clareou meus pensamentos: o autor sofre do mesmo mal que a protagonista, por isso o relato parece ser tão real. Como uma pessoa que batalha diariamente contra a ansiedade, vi em Tartarugas Até Lá Embaixo um relato de superação e a forma com que a protagonista enfrentou os altos e baixos da vida mostraram que há sim esperança para todas as situações, por mais que as coisas pareçam não ter saída.
Tudo neste livro se conecta, desde a capa com a espiral até o nome que só será apresentado ao leitor quase ao final do livro, mas que fará total sentido considerando a obra como um todo. A diagramação está ótima e o livro trabalha bastante com mensagens de celular, estas que estão dispostas em evidência, os capítulos são curtos e bem divididos - tornando a leitura ainda mais fluida. A obra é bem curtinha, li em apenas um dia, mas é brilhante. Sem dúvida este é um dos melhores livros que li em 2017 e tenho certeza que uma bela ressaca literária está por vir, já que duvido que encontrarei um livro tão bom quanto Tartarugas Até Lá Embaixo em um futuro próximo.
"Eu sentia a tensão no ar e sabia que ele estava tentando descobrir como me deixar feliz de novo. O cérebro dele girava alucinadamente junto com o meu. Eu não conseguia me fazer feliz, mas conseguia fazer as pessoas ao meu redor infelizes." Página 150
Rafa!
ResponderExcluirNão sabia que o John Green tinha sido diagnosticado com TOC.
Deve ser muito complicado sentir pensamentos intrusivos constantemente 'entrarem' na nosa mente e tornarem a vida bem complicada.
Gostei de ver que além do mistério do desaparecimento, outros temas foram aborados, como a injustiça e questões existenciais.
Claro que quero fazer essa leitura.
Desejo um final de semana carregadinho de luz e paz!
“ Inteligência não é não cometer erros, mas saber resolvê-los rapidamente.” (Bertolt Brecht)
cheirinhos
Rudy
TOP COMENTARISTA novembro 3 livros, 3 ganhadores, participem!
Rafa, eu gostei muito de ler a sua resenha. É muito interessante saber que, em Tartarugas até lá Embaixo, John Green mostra de forma clara e objetiva como é a mente de um portador da doença e o quanto tais obsessões e compulsões podem agravar e muito a vida de quem precisa lidar com isso diariamente.
ResponderExcluirEstou muito ansiosa para fazer a leitura, porque depois de seis anos de espera, John Green brinda seus fãs com o lançamento de Tartarugas até lá embaixo, um livro com título pouco sugestivo, mas que demonstra camadas bem pessoais do autor. Sinto que irei me surpreender muito com a leitura!
Beijos!
Oi, Rafa. Tudo bem?
ResponderExcluirNão sabia que o John Grenn havia sido diagnosticado com o transtorno! É compreensível então que a personagem demonstre bem as dificuldades em lidar com o TOC, já que o próprio autor tem de conviver com isso. Gostei da trama usada de pano de fundo também, envolvendo diversas reflexões, e pela resenha dá pra perceber que mais uma vez John Green acertou em cheio! Com certeza lerei o livro!
Beijos!!
Quando soube que o livro trataria do assunto TOC, fiquei desesperada para ler. Não tenho dúvidas de que este será o melhor livro do John Green que lerei. É muito interessante ver que Tartarugas Até Lá Embaixo têm muitas filosofias, como a explicação do nome do livro. Além de tratar do tema da doença, que é importante demais, é um livro leve e que traz muitos ensinamentos de espaço, filosofia, poesia e amor. Achei a edição linda!! E quero ler essa linda história em breve!
ResponderExcluirBjos!
Menina vi muitas pessoas falando que leram e releram o livro assim que o finalizaram, então ele deve estar bom mesmo. Não li A Culpa é Das Estrelas ainda, mas sei que o autor é o cara. Quero ler assim que possível.
ResponderExcluirÉ interessante ver quando o autor coloca na sua história elementos que de certa forma ele passa/passou na vida dele como forma de ajudar outras pessoas que passam pelo mesmo. Fazendo de alguma forma com que elas se identifiquem. Desde que eu vi o título do livro, a capa, a sinopse, eu fiquei interessada. E é animador ver como o livro está tendo críticas positivas, isso incentiva muito. Eu não li Quem é você, Alasca? e sei o spoiler máximo do livro se já não tinha interesse em ler por saber como a Alasca é eu perdi mais ainda. Mas li A Culpa é das Estrelas e O Teorema Katherine, e apesar do segundo citado ter várias críticas negativas eu gosto bastante dele. Achei a resenha ótima. Falar de problemas mentais não é fácil e acho que livros com esse tema abrem discussões que as pessoas evitam. Já li um livro do qual a protagonista tinha TOC, mas eram diferentes dos da Aza. Quero conferir esse livro e espero gostar bastante.
ResponderExcluirOlá. Infelizmente eu não consigo me sentir atraída a ler John Green. Não gosto de sick lit e geralmente não vou muito atrás de best sellers. Acho interessante até ele sempre tratar de algum tema doloroso e problemático e que venha a ajudar algumas pessoas, inclusive porque ele mesmo sofre de TOC e pode, então, dar um relato mais real do distúrbio. Mas prefiro ler outros tipos de histórias.
ResponderExcluirBeijos.
Oi Rafa.
ResponderExcluirEu ja li três dos livros do autor e confesso que nenhum dos três foi meu favorito não.
Mas enfim, achei a premissa bem interessante e adoro o fato de que a personagem tem pessoas para a apoiar, nos momentos em que não tem controle sobre si mesma, isso eu acho, é um ponto interessante abordado pelo autor.
Enfim, quero ler com certeza.
Bjs.
O livro aborda uma doença que muitos ainda desconhecem!! E pensar que a ansiedade pode causar um grande desconforto na vida das pessoas. O que podemos sentir lendo esse livro são sentimentos de amor, amizade, impotência, raiva. Penso que John Green consegue descrever muito bem os sintomas do TOC, pois ele mesmo tem que lidar com a doença!! Porém como o próprio autor diz: “Posso resumir em três palavras tudo o que aprendi sobre a vida: a vida continua”.
ResponderExcluirO livro é muito interessante e a abordagem sobre o TOC deixa a história mais interessante. Parece ser algo simples, mas so quem tem pode dizer. Apesar de não ser muito meu estilo de livro, gostaria de aprender mais sobre o TOC de uma maneira mais aberta de descontraída.
ResponderExcluirUm livro que traz um tema diferente escrito sob a ótica de quem possui o problema só pode ser muito bom. Quem tem TOC passa por uma série de problemas que quem está de fora não consegue imaginar. Preciso muito desse livro.
ResponderExcluirOlá! Já li três livros do John Green, gosto muito da sua escrita, esse tema TOC muito me interessa, cada resenha que leio desse livro me deixa ainda mais curiosa em conferi isso tudo que estão dizendo dele.
ResponderExcluirÉ uma aventura muito boa! Fiquei curiosa para saber mais sobre o desaparecimento desse bilionário, e embarcar nessa procura junto com a Aza!
ResponderExcluirOlá!
ResponderExcluirMais uma aventura que preciso ler. Tenho alguns livros do autor, mas esse me chamou muito a atenção pela historia que vem emocionado muitos leitores. Quero pra ontem!
Nizete
Cia do leitor
Olá!
ResponderExcluirEu quero esse livro para ontem, para semana que vem. A trama desse livro tem uma história muito fofa, me deixou muito encantada só de saber que era meu autor favorito, a capa é muito fofa e uma história emocionante. Já amei e quero!
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