Resenha: Londres Chama - James Craig

Editora: Fundamento Himmel
Ano: 2014
Páginas: 344

Quando o inspetor John Carlyle, do Departamento de Polícia Metropolitana de Londres, encontrou um corpo num dos quartos do luxuoso Hotel The Garden, ele jamais poderia imaginar que esse cadáver tivesse tantas conexões. E uma delas é com o Clube Merrion, um grupo elitista composto por nomes influentes da política. Um crime do passado. Poder e corrupção.

Prestes a ganhar as eleições para primeiro-ministro, o carismático Edgar Carlton se torna o próximo alvo do misterioso assassino mas Edgar não pretende ficar de braços cruzados. Conhecendo o poder e a influência da família Carlton, o inspetor Carlyle tem que encontrar o assassino antes que ela destrua as pistas e faça justiça com as próprias mãos.

Com um temperamento pouco sociável, Carlyle precisa aprender rapidamente a jogar de acordo com as regras dos poderosos políticos e dos jornalistas locais. Assim, com seu parceiro, o sargento Joe Szyszkowski, ele envereda por um caminho muito perigoso no qual sua carreira e sua segurança estarão por um fio...

Londres Chama é o primeiro volume da série sobre o inspetor John Carlyle, um homem honesto, mas de humor ácido. Um alucinante thriller policial com assassinatos, mistérios e muita guerra pelo poder.

Classificação:   

 "Fechando a porta atrás de si, Carlyle deu mais dois passos, adentrando o apartamento, para confirmar aquilo que já sabia.

O bilhete não era uma brincadeira." Página 68

Londres Chama é o primeiro livro da série que tem como protagonista o inspetor John Carlyle, foi lançado pela Editora Fundamento e escrito por James Craig. Acabei solicitando para leitura porque os que eu gostaria de ler não estavam disponíveis então fiz uma busca no site da editora e este livro logo me chamou a atenção já que livros com a temática policial sempre foram meus favoritos, apesar de agora - por causa do trabalho - ter dado um tempo de procurar essa temática para a leitura e refrescar um pouco a mente das desgraças do mundo. 

Iniciei a leitura da obra sem muitas pretensões já que nunca li nada do autor e apesar de a sinopse estar instigante tenho costume de me decepcionar quando crio muitas expectativas neste gênero literário. A obra começa já nos dando uma ideia de como será conduzida, logo no primeiro capítulo temos um crime bárbaro que terá ligação com os crimes que posteriormente serão investigados por John Carlyle e seu parceiro, Joe Szyszkowski. Já deixo claro que a leitura não deve ser feita por aqueles que têm o estômago fraco e não gostam de cenas de crime com muitos detalhes, James Craig é minucioso na descrição dos crimes e isso pode ser um pouco forte para os leitores que não estão acostumados. 

Um novo assassinato acontece em um hotel luxuoso e um dos funcionários leva um bilhete para a delegacia, então John Carlyle e seu parceiro começam a investigação que a cada descoberta fica mais complicado para eles pois os crimes têm ligação com o Clube Merrion, um grupo que se iniciou na graduação e seus membros envolvidos, agora, são pessoas influentes e políticos. Um alvo está nas costas de cada um dos integrantes deste clube e eles não fazem questão de cooperar com a investigação da Polícia Metropolitana, pois têm muito a perder caso seus segredos sejam revelados.

A história é envolvente e faz o leitor acompanhar as descobertas de John Carlyle e torcer para que o sádico criminoso seja descoberto, além de que os segredos sejam revelados e todos os envolvidos sejam punidos. O desfecho é interessante e confesso que não esperava que a história terminasse assim, mas foi bem conduzida e tornou a leitura diferente das que estou acostumada. Sobre a edição só tenho elogios, a capa é maravilhosa e combina com a história, a diagramação está ótima, os capítulos são bem divididos, letras em bom tamanho e sem muitos erros de revisão. Apesar de o livro não se tornar um dos meus favoritos do gênero, fiquei interessada em acompanhar a série e conhecer mais sobre o inspetor John Carlyle.

"Uma mistura de terra e cascalho encheu-lhe a boca e subiu pelo nariz. Ele chorava como um bebê, dando-se conta de que seria encontrado daquele jeito. Humilhado, destruído, violado." Página 220