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08 fevereiro 2017

Por dentro da tela: Hope

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Data de lançamento: 2013 
Duração: 2h 02min
Gênero: Drama
Nacionalidade: Coréia do sul


Com 8 anos, So-won (Lee Re) está à caminhando em uma manhã chuvosa rumo a sua escola, que não distante da sua casa. A menina acaba sofrendo um estupro horrível e indo parar no hospital. Além dos danos físicos, So-won é afetada emocionalmente para sempre. Ela precisará da sua família e daqueles ao seu redor para conseguir superar os obstáculos que surgirão devido ao atentado.





Classificação:      






Hope é um filme coreano de drama e está disponível no catálogo da Netflix. Nos últimos dias estive procurando algo para assistir e, por acaso, essa produção apareceu, dei uma lida na sinopse e me chamou atenção, mas confesso que no dia não estava com vontade de assistir drama e queria algo mais descontraído. Ontem, voltei a procurar algo e decidi conferir a produção e quase tive uma síncope. Não imaginava que o filme seria um soco no estômago, dando a sensação de impotência e incredulidade sobre os atos de outras pessoas. Vocês devem estar pensando: mas é só um filme. Sim, nesse caso é um filme, mas o que aconteceu com a garotinha do filme é algo recorrente no mundo que vivemos e isso que me deixa extremamente inconformada.

Em Hope, a pequena Im So-Won tem 8 anos e vive em um subúrbio com os pais, sua mãe trabalha em uma lojinha e o pai passa horas a fio trabalhando em uma indústria. A garotinha é pequena, mas percebe que os pais são extremamente ocupados e pede o menos possível para não incomodá-los. A mãe está grávida e ainda não contou ao pai de Im So-won, já ele trabalha muitas horas para poder sustentar a pequena família. Em um dia comum, a garotinha se atrasa para a escola e seu primo, que costumava acompanhá-la às vezes se adianta, começa a chover e ela obedece a mãe, que mandou a garota ir pela rua principal e não pegar atalhos. A uma quadra da escola a  pequena é abordada por um estranho, que pede que ela divida o seu guarda-chuva e é então que a pequena é sequestrada, brutalmente torturada e estuprada em um terreno de construção. 

Abandonada para morrer, Im So-won consegue ter forças para discar para a polícia - afinal, os pais estariam ocupados - e seu resgate é feito. Quando os pais são informados de que a garotinha atacada perto da escola era sua filha, correm para o hospital e são obrigados a decidir - ou a garotinha ficaria com uma deficiência permanente, devido às lacerações, ou iria a óbito. O desespero do pai de Im So-won é tão grande que ele considera a segunda opção por alguns minutos, porém decide pela vida da filha e agora é iniciada uma batalha para curar a filha fisicamente e psicologicamente. 

Como falei anteriormente, esse filme é devastador e o telespectador fica inconformado, mesmo que seja algo fictício. Os atores trouxeram uma carga dramática a cada cena que me deixou arrepiada e chorando desesperadamente a cada minuto após o ataque à garotinha. A sensação de impotência que é vista nos pais é algo que me deixou extremamente abalada, afinal o homem que atacara sua filhinha estava prestes a sair impune e poderia atacá-la novamente ou fazer esta brutalidade com outras crianças. Este é um filme que retrata a luta de uma família para curar a sua filha de oito anos e fazê-la se aceitar após tudo o que aconteceu com ela, além de mostrar que não foi sua culpa. A protagonista passa por várias fases até a aceitação e reintegração na escola, seu pai precisou estar próximo dela, disfarçado - já que ela não conseguia ficar perto dele sem estar nervosa, e a mãe acabou tendo que aceitar que precisavam de terapia para ajudar Im So-won e se ajudar, pois o brutal ataque afetou a todos. O filme é maravilhoso, mas prepare-se para uma história desesperadora e se você é como eu, irá chorar por quase todo o filme. 




12 comentários:

  1. Rafa!
    Já chorei com a resenha, imagina se assistir o filme?
    Que animal estupra uma garotinha de 8 anos e ainda a deixa para morrer? E fiquei ainda mais inconformada por saber que ele pode sair impune... absurdo!
    O melhor do filme na minha opinião, é que pelo menos os pais passaram a dar mais atenção para ela e ficaram ao seu lado em busca da cura.
    Desejo uma semana alegre e feliz!
    “Eu quase que nada não sei. Mas desconfio de muita coisa.” (Guimarães Rosa)
    cheirinhos
    Rudy
    http://rudynalva-alegriadevivereamaroquebom.blogspot.com.br/
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  2. Oi Raffa, tudo bem?
    Nossa que filme é esse?! Essa sinopse me deixou aflita sem ao menos ter assistido ao filme. Não sei se sou fraca para essas coisas, mas assistir filmes que abordem esses tipos de assunto me deixam tão mal que eu procuro evitar. Sempre que vejo algo cruel eu fico me perguntando a que ponto o ser humano é capaz de chegar por pura crueldade, e mesmo sabendo que é apenas um filme eu não consigo não me sentir mal. Talvez um dia eu assista a este filme, mas nomomento não estou preparada.
    Beijos

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  3. Não costumo assistir muitos filmes, prefiro séries e livros, mas esse é exatamente o tipo de filme que ainda paro pra assistir. Fiquei muito curiosa e amanhã mesmo vou procurar na Netflix, com certeza é ótimo, mesmo que seja meio pesado e triste.

    Abraços :)

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  4. Não costumo assistir filmes coreanos (não tenho nada contra, só falta de conhecimento dos mesmos), mas percebo que há uma predileção por dramas da parte dos temas escolhidos pelos coreanos. E eu sou a louca do drama total, adoro quando nos vemos diante de situações com dor e sofrimento das famílias e envolvidos! Com certeza vou anotar para assistir no final de semana...

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  5. Tá aí um filme que não sei se teria coragem de ver. Porque já parece horrível só de pensar que isso acontece, imagina ter que ver as coisas e pensar na garota e....ai meu Deus, já fico indignada! E a situação é triste demais =(
    Pra quem gosta de uns filmes bem chocantes e que mostram coisas reais do tipo ele deve ser uma boa dica. Acho que se visse iria ficar muito fula da vida e chorando rios se abusar :S
    Mas ele parece ser muito bom. Se alguma hora puder ver acho que vou acabar assistindo por curiosidade.

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  6. Olá, os dramas orientais sempre tratam esse assunto de forma crua e realística nos arrancando lágrimas e indignação, tenho certeza que o filme é bem emocionante. Beijos.

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  7. Esses filmes que encontramos no catálogo da Netflix.
    Não gosto de filmes de drama e com um tema tão pesado assim prefiro passar longe. Sou emotiva ao extremo e tenho certeza que o enredo desse conseguiria me abalar bastante.
    A atuação dessa pequena atriz deve ser algo incrível, pra conseguir retratar tantas emoções em uma personagem tão novinha.

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  8. O filme parece ser bom (para quem gosta) porque eu passo bem longe de filmes com esses temas "pesados". E estupro com criança é algo terrivelmente pesado. Se assistisse, tenho certeza que ficaria impressionada demais e me sentiria mal. Mas aí está um filme para quem tem nervos de aço.

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  9. Não sou fã de drama, mas fiquei bem curiosa com esse pra ser sincera... Parece muito forte e já fico imaginando como seria um livro dessa trama

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  10. Realmente um filme super impactante, com certeza choraria durante toda sua exibição. No momento não sei se estou preparada para um filme deste, mas um dia com certeza irei conferir. Ótima resenha e dica.
    Abraço!
    A Arte de Escrever

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  11. Oi, Rafaella!
    Não curto o gênero drama, seja lendo ou assistindo, é que sou muito emotiva, principalmente em relação ao tema de Hope pois como você mesma disse, o que aconteceu no filme com a pequena Im So-Won é algo que infelizmente é recorrente no mundo que vivemos... por isso dificilmente eu assistiria Hope, só de ler esa sua resenha já fiquei com um nó na garganta.

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  12. não sei se eu conseguiria ver esse filme
    só da resenha e sinopse já estava querendo chorar, sem falar que ainda me dá mais angustia é em saber que isso acontece.
    pelo menos tem a parte da superação dela e o apoio da familia.

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