Editora: Intrínseca
Ano: 2018
Páginas: 352
Richard Strickland é um oficial do governo dos Estados Unidos enviado à Amazônia para capturar um ser mítico e misterioso cujos poderes inimagináveis seriam utilizados para aumentar a potência militar do país, em plena Guerra Fria. Dezessete meses depois, o homem enfim retorna à pátria, levando consigo o deus Brânquia, o deus de guelras, um homem-peixe que representa para Strickland a selvageria, a insipidez, o calor — o homem que ele próprio se tornou, e quem detesta ser.
Para Elisa Esposito, uma das faxineiras do centro de pesquisas para o qual o deus Brânquia é levado, a criatura representa a esperança, a salvação para sua vida sem graça cercada de silêncio e invisibilidade. Richard e Elisa travam uma batalha tácita e perigosa. Enquanto para um o homem-peixe é só objeto a ser dissecado, subjugado e exterminado, para a outra ele é um amigo, um companheiro que a escuta quando ninguém mais o faz, alguém cuja existência deve ser preservada.
Mistura bem dosada de conto de fadas, terror e suspense, A Forma da água traz o estilo inconfundível e marcante de Guillermo del Toro, numa narrativa que se expande nas brilhantes ilustrações de James Jean e no filme homônimo, vencedor do Leão de Ouro em 2017. Uma história cinematográfica e atemporal sobre um homem e seus traumas, uma mulher e sua solidão, e o deus que muda para sempre essas duas vidas.
Classificação:
"A desvantagem da vida recém-descoberta de Hoffsteler era uma nova ingenuidade. A Occam não tinha interesse em solucionar mistérios relativos a diferentes tipos de existência. A empresa buscava a mesma coisa que Mihalkov: aplicações militares e aeroespaciais." Página 145
A Forma da Água é um livro de autoria de Guillermo del Toro e Daniel Kraus, lançado no Brasil pela Editora Intrínseca. Fiz a solicitação para avaliação porque fiquei intrigada com a sinopse, a capa me chamou atenção e a divulgação do filme também foi levada em consideração, já que a história estava na mídia havia algum tempo. Demorei um pouco para iniciar a leitura e acabei demorando para terminá-lo já que a história é densa e tive que dar uma pausa algumas vezes para refrescar a mente. O livro conta com poucos diálogos e muito texto, o que se torna um pouquinho cansativo e a leitura acaba ficando mais lenta.
O livro nos mostra a história de Elisa Espósito, uma jovem que viveu à margem da sociedade desde muito pequena, é órfã e muda, morou até os 18 anos em orfanatos e quando teve a sua liberdade - uma muda de roupa e alguns trocados - descobriu um lugar para morar, um pequeno apartamento no andar superior ao cinema Arcade. Uma década depois, Eliza tem uma vida tranquila e trabalha no período noturno como faxineira da Occan, porém tudo muda quando a sala F1 aparece em sua rota de limpeza. Lá ela tem contato com o novo projeto, em um tanque ela descobre o Deus Brânquia, um ser mítico que foi retirado da Amazônia para ser alvo de pesquisa para aplicações militares.
De outro lado, o livro nos apresenta Richard Strickland, o homem que foi enviado para efetuar a captura do homem-peixe e ficou mais de um ano na floresta a sua procura. Neste tempo o homem perdeu seus companheiros, sua família e parte de sua humanidade na busca, ao voltar com o Deus Brânquia para os Estados Unidos, ele faz parte do grupo de pesquisadores que estão investigando as aplicações do ser para beneficiar o governo, porém sua pesquisa poder estar com os dias contados à partir do momento em que Elisa Espósito é designada para a limpeza da sala F1.
A Forma da Água é um livro impactante e com uma forte crítica social, porém estava com bastante expectativa para a leitura e acabei achando cansativa a forma com que a história foi apresentada. Elisa é uma personagem forte e conta com a ajuda de amigos para concluir o plano de resgatar o Deus Brânquia, já Richard é seu oposto, extremamente ambicioso o homem passa por cima de tudo e todos para conseguir o que deseja. O desfecho é ótimo, realmente um ponto positivo para a história, e acabou me deixando animada para conferir o filme. Sobre a edição só tenho elogios, a capa ilustra bem o que encontraremos durante a leitura, a divisão da história é feita em quatro partes e os capítulos são curtos, facilitando as pausas durante a leitura. A diagramação está ótima e há ainda algumas ilustrações da história para aguçar ainda mais a imaginação dos leitores. Para os leitores que gostam de ficção científica, esta obra é uma boa pedida, para mim, por outro lado, foi uma leitura um tanto arrastada, mas pretendo relê-lo em outro momento e ver se mudo de opinião.
O livro nos mostra a história de Elisa Espósito, uma jovem que viveu à margem da sociedade desde muito pequena, é órfã e muda, morou até os 18 anos em orfanatos e quando teve a sua liberdade - uma muda de roupa e alguns trocados - descobriu um lugar para morar, um pequeno apartamento no andar superior ao cinema Arcade. Uma década depois, Eliza tem uma vida tranquila e trabalha no período noturno como faxineira da Occan, porém tudo muda quando a sala F1 aparece em sua rota de limpeza. Lá ela tem contato com o novo projeto, em um tanque ela descobre o Deus Brânquia, um ser mítico que foi retirado da Amazônia para ser alvo de pesquisa para aplicações militares.
De outro lado, o livro nos apresenta Richard Strickland, o homem que foi enviado para efetuar a captura do homem-peixe e ficou mais de um ano na floresta a sua procura. Neste tempo o homem perdeu seus companheiros, sua família e parte de sua humanidade na busca, ao voltar com o Deus Brânquia para os Estados Unidos, ele faz parte do grupo de pesquisadores que estão investigando as aplicações do ser para beneficiar o governo, porém sua pesquisa poder estar com os dias contados à partir do momento em que Elisa Espósito é designada para a limpeza da sala F1.
A Forma da Água é um livro impactante e com uma forte crítica social, porém estava com bastante expectativa para a leitura e acabei achando cansativa a forma com que a história foi apresentada. Elisa é uma personagem forte e conta com a ajuda de amigos para concluir o plano de resgatar o Deus Brânquia, já Richard é seu oposto, extremamente ambicioso o homem passa por cima de tudo e todos para conseguir o que deseja. O desfecho é ótimo, realmente um ponto positivo para a história, e acabou me deixando animada para conferir o filme. Sobre a edição só tenho elogios, a capa ilustra bem o que encontraremos durante a leitura, a divisão da história é feita em quatro partes e os capítulos são curtos, facilitando as pausas durante a leitura. A diagramação está ótima e há ainda algumas ilustrações da história para aguçar ainda mais a imaginação dos leitores. Para os leitores que gostam de ficção científica, esta obra é uma boa pedida, para mim, por outro lado, foi uma leitura um tanto arrastada, mas pretendo relê-lo em outro momento e ver se mudo de opinião.
"Não, ele não é um animal, é uma pessoa. Elisa tem certeza disso, e Giles fica feliz em concordar. Para completar, a criatura é arrebatadora, um bilhão de pedras preciosas cintilantes moldadas em forma de homem por um artista de brilhantismo superior ao de Giles." Página 261
Oi Rafaella,
ResponderExcluirFiquei sabendo deste livro por causa da adaptação, que chamou muita atenção por causa da história, que mesmo sendo do gênero fantasia, é bem diferente das que estou acostumada. Pelo o que percebi o enredo não foca muito em explorar ou explicar a parte fantástica da história, mas sim em retratar as relações humanas, o contato e convívio entre elas. Aqui o amor é retratado da forma mais pura, não discrimina ou aponta as diferenças, simplesmente existe. Elisa parece frágil e tão inocente, e teve uma vida difícil. Com certeza para ela estar diante do Brânquia trás um novo olhar sobre o mundo. Como eu fiquei muito curiosa sobre a trama assisti a adaptação, pois após ter ganho o Oscar de melhor filme, precisei conferir o que havia de tão especial e adorei. Para você que teve um pouco de dificuldade com a narrativa do livro, acho o filme te trará uma experiência diferente e mais agradável.