Resenha: O Silêncio da Cidade Branca - Eva García Sáenz de Urturi

Editora: Intrínseca
Ano: 2020
Páginas: 416
Tradutor: Cristina Calvacanti

 

      

Livro que deu origem ao filme homônimo disponível na Netflix

Duas décadas após uma série de estranhos assassinatos assolar a cidade de Vitoria, no País Basco, os bizarros crimes voltam a acontecer justamente quando Tasio Ortiz de Zárate, antiga celebridade local e o homem preso pelas mortes, está prestes a sair da cadeia. Casais começam a aparecer mortos em locais históricos da cidade, e o especialista em perfis criminais Unai López de Ayala, que vinte anos antes era apenas um jovem obcecado pelos misteriosos homicídios, é chamado para ficar à frente do caso.

Todas as vítimas têm idades múltiplas de cinco, sobrenomes compostos originais da região e seus corpos são expostos sem roupas nos espaços públicos. Embora tenha que lidar com uma tragédia pessoal enquanto lidera a investigação, Unai está determinado a impedir que novos assassinatos aconteçam, mas seus métodos pouco usuais vão desagradar tanto autoridades quanto seus superiores.

Parte de uma trilogia com mais de 1 milhão de livros vendidos, O silêncio da cidade branca une mitologia, arqueologia, segredos de família e psicologia criminal em um thriller macabro e emocionante.

 "- É sempre duro. - Suspirei, afrouxando a gravata e sentando-me ao lado dela. - Sabíamos que veríamos cenas desagradáveis, nos metemos em Investigação Criminal. Deveríamos ter mais sangue-frio a essa altura, e os nossos fantasmas controlados na masmorra... Esti, será que você e eu estamos preparados para esse caso, será que não vai passar por cima de nós e nos atropelar?" Página 76

 
O Silêncio da Cidade Branca é o primeiro volume da trilogia lançada pela Editora Intrínseca, escrita por Eva García Sáenz de Urturi, já virou filme e está disponível na Netlix. Quando a editora mandou as opções de lançamentos para solicitação não pensei duas vezes em pedir este livro para resenha, já que sou apaixonada por thrillers e histórias de investigação criminal. 

Durante a leitura conhecemos Unai, um especialista em perfis criminais e sua parceira, Estíbaliz, que assumiram o caso de homicídios que retornaram após vinte anos de esfriamento. Os novos assassinatos iniciaram após serem divulgadas informações sobre a saída de Tasio Ortiz de Zárate da prisão, o acusado pelos crimes de vinte anos atrás. As vítimas são dispostas sem roupas, com uma das mãos na outra vítima, seus sobrenomes são compostos e originais da região, suas idades são múltiplos de cinco e são deixadas em locais importantes para a história da cidade de Vitoria. 

Com o passar dos dias, o assassino começa a acelerar e novos casais são encontrados com menor intervalo de tempo, levando Unai e Estí a procurarem com mais afinco pistas da identidade do assassino e, talvez, prever os lugares que ele irá deixar as vítimas. Quando um casal de vítimas têm ligação com os dois investigadores, a busca por respostas fica mais complicada e eles terão que deixar as emoções de lado e se manter no jogo para poupar as próximas vítimas. 

O Silêncio da Cidade Branca é um thriller de tirar o fôlego do início ao final, não é por menos que dei a nota máxima para a obra. Os personagens são bem descritos, a ligação entre os personagens e as vítimas não ficou com pontas soltas e a leitura foi maravilhosa. A autora conseguiu criar uma história diferente, com personagens marcantes e deixou o leitor descobrir aos poucos a trama complexa que envolveu os personagens. A edição está ótima, a capa já dá ao leitor uma ideia do que irá encontrar durante a leitura, a diagramação é simples e funcional, capítulos bem divididos e que situam o leitor entre passado/presente, páginas amareladas e letras em bom tamanho contribuem para a leitura. Sem dúvidas é um livro que recomendo a todos os leitores que gostam desse gênero, tenho certeza de que irão gostar tanto quanto eu gostei.

"- Tudo bem, Unai. Não se bloqueie, vá passo a passo, como o avô nos ensinou. Resolva uma coisa de cada vez e chegue ao final desse maldito dia como puder. Seus ombros são largos por algum motivo, você aguenta, certo?" Página 274