Editora: Intrínseca
Ano: 2018
Páginas: 320
Tradutor: Ana Rodrigues
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Sequência do sucesso Com Amor, Simon.
Leah odeia demonstrações públicas de afeto. Odeia clichês adolescentes. Odeia quem odeia Harry Potter. Odeia o novo namorado da mãe. Odeia pessoas fofas e felizes. Ela odeia muitas coisas e não tem o menor problema em expor suas opiniões. Mas, ultimamente, ela tem se sentido estranha, como se algo em sua vida estivesse fora de sintonia. No último ano do colégio, em poucas semanas vai ter que se despedir dos amigos, da mãe, da banda em que toca bateria, de tudo que conhece. E, para completar, seus amigos não fazem ideia de que ela pode estar apaixonada por alguém que até então odiava, uma garota que não sai de sua cabeça.
Nesta sequência do sucesso Com Amor, Simon, vamos mergulhar na vida e nas dúvidas da melhor amiga de Simon Spier. Em um livro só dela, mas com participações mais do que especiais dos personagens do primeiro livro, vamos acompanhar Leah em sua luta para se encontrar e saber com quem dividir suas verdades e seus sentimentos mais profundos.
Em Leah fora de sintonia, Becky Albertalli mostra por que é uma das vozes mais importantes e necessárias de sua geração. Sem nunca soar didática, a escritora lança mão dos mesmos ingredientes que tornaram Com Amor, Simon um sucesso mundial: a leveza, o senso de humor, a representatividade e a certeza de que vale a pena contar histórias sobre jovens que podem até estar perdidos, mas estão determinados a encontrar seu caminho.
Classificação:
"Caos ambulante, seu nome é Leah Burke. Não consigo nem escrever uma mensagem de duas palavras sem surtar. E olha que nem gosto do garoto. Se gostasse, a esta altura já estaria morta. Motivo: esquisitice aguda." Página
Leah fora de sintonia é a sequência de Com Amor, Simon, de autoria de Becky Albertalli e lançado no Brasil pela Editora Intrínseca. A história me conquistou no primeiro livro e essa leitura foi suficiente para me apaixonar ainda mais pela forma com que a autora trata temas complexos, mas sempre com delicadeza e tato.
Leah Burke é a melhor amiga de Simon, está no último ano da escola e começando a pensar sobre as faculdades e como será sua vida assim que o ano acabar. A personagem está longe do padrão de perfeição que é adotado pela sociedade e faz questão de mostrar para o mundo que é muito bem resolvida e não liga para o que pensam dela. Gorda e bissexual, Leah está no mundo para reclamar e é claro, divertir o leitor. Em todas as páginas dessa obra há uma reclamação ou comentário sarcástico da personagem e dei muitas risadas durante a leitura, já que Leah foi a personagem que mais gostei em Com amor, Simon, e foi muito interessante ver a história pela perspectiva dela.
Em clima de despedida da escola, Leah e seus amigos estão empenhados em escolher uma boa faculdade e decidir seus pares para o baile de formatura. Apesar de não aceitar muito bem esse rito de passagem, Leah aceita ir ao baile com Garrett, porém a pessoa com quem ela gostaria de fazer isso não está disponível e isso faz com que ela perceba que terá que tomar decisões importantes e que este dia será memorável.
Leah é uma personagem interessante de acompanhar, já que ela faz questão de mostrar para todos que não está no mundo para agradar. Acabei me identificando bastante com ela na questão de reclamar (Adoro!), porém queria ter 10% da confiança que ela demonstra ter, apesar desta qualidade ir para o espaço quando se trata de assuntos do coração. De leitura leve e fluida, Leah fora de sintonia é um livro para desmistificar tabus acerca da sexualidade, racismo e aparência. Dando voz às minorias e com grande representatividade, Becky Albertalli ganhou um espaço no meu coração e na estante, pois me apaixonei pelas suas histórias e pela forma com que escreve.
A capa marcante combina bem com a vida de Leah Burke, além de contar com elementos presentes na narração como a Coca-Cola e os coturnos que a protagonista usa no baile que mudou sua vida. A diagramação está ótima e o refrigerante tão estimado pela protagonista rouba a cena a cada início de capítulo, narrados em primeira pessoa os capítulos são breves e a história fluida, deixando o leitor ansioso para descobrir o que virá a seguir. Não lembro de ter encontrado erros de revisão, o que contribui para uma leitura sem muitas interrupções. Apesar de não fazer parte da faixa etária do público-alvo da obra, aproveitei muito a leitura e pude me questionar sobre as decisões que tomei ao longo da minha vida sempre optando pelo caminho mais fácil ao invés de seguir meus sonhos e que agora por destino estou prestes a realizar um sonho que cultivo desde os treze anos, mas que por inúmeras razões deixei de lado - por medo de aceitação e fazer uma graduação e ter uma carreira "normal". Esta leitura me ajudou a perceber algo que já vinha trabalhando na minha mente ao longo desse último ano, quando você aceita quem é e a sua vocação, a vida começa a se tornar bem mais fácil.
Leah Burke é a melhor amiga de Simon, está no último ano da escola e começando a pensar sobre as faculdades e como será sua vida assim que o ano acabar. A personagem está longe do padrão de perfeição que é adotado pela sociedade e faz questão de mostrar para o mundo que é muito bem resolvida e não liga para o que pensam dela. Gorda e bissexual, Leah está no mundo para reclamar e é claro, divertir o leitor. Em todas as páginas dessa obra há uma reclamação ou comentário sarcástico da personagem e dei muitas risadas durante a leitura, já que Leah foi a personagem que mais gostei em Com amor, Simon, e foi muito interessante ver a história pela perspectiva dela.
Em clima de despedida da escola, Leah e seus amigos estão empenhados em escolher uma boa faculdade e decidir seus pares para o baile de formatura. Apesar de não aceitar muito bem esse rito de passagem, Leah aceita ir ao baile com Garrett, porém a pessoa com quem ela gostaria de fazer isso não está disponível e isso faz com que ela perceba que terá que tomar decisões importantes e que este dia será memorável.
Leah é uma personagem interessante de acompanhar, já que ela faz questão de mostrar para todos que não está no mundo para agradar. Acabei me identificando bastante com ela na questão de reclamar (Adoro!), porém queria ter 10% da confiança que ela demonstra ter, apesar desta qualidade ir para o espaço quando se trata de assuntos do coração. De leitura leve e fluida, Leah fora de sintonia é um livro para desmistificar tabus acerca da sexualidade, racismo e aparência. Dando voz às minorias e com grande representatividade, Becky Albertalli ganhou um espaço no meu coração e na estante, pois me apaixonei pelas suas histórias e pela forma com que escreve.
A capa marcante combina bem com a vida de Leah Burke, além de contar com elementos presentes na narração como a Coca-Cola e os coturnos que a protagonista usa no baile que mudou sua vida. A diagramação está ótima e o refrigerante tão estimado pela protagonista rouba a cena a cada início de capítulo, narrados em primeira pessoa os capítulos são breves e a história fluida, deixando o leitor ansioso para descobrir o que virá a seguir. Não lembro de ter encontrado erros de revisão, o que contribui para uma leitura sem muitas interrupções. Apesar de não fazer parte da faixa etária do público-alvo da obra, aproveitei muito a leitura e pude me questionar sobre as decisões que tomei ao longo da minha vida sempre optando pelo caminho mais fácil ao invés de seguir meus sonhos e que agora por destino estou prestes a realizar um sonho que cultivo desde os treze anos, mas que por inúmeras razões deixei de lado - por medo de aceitação e fazer uma graduação e ter uma carreira "normal". Esta leitura me ajudou a perceber algo que já vinha trabalhando na minha mente ao longo desse último ano, quando você aceita quem é e a sua vocação, a vida começa a se tornar bem mais fácil.
"Nossa, eu sou muito babaca mesmo. Sei que sou. Abby só está tentando ajudar, e as sugestões dela nem são tão ruins. Afinal, não seria legal pra caramba ganhar dinheiro com minha arte? Conseguir comprar algo uma vez na vida? Talvez eu até pudesse ajudar minha mãe depois que me formasse. Eu não discordo de Abby, só não consigo ser legal com ela.
Sou patética, eu sei. Mas a vida tem dessas coisas." Página 196
Que resenha mais cheia de carinho!!! Assim como "Com amor, Simon" esse deve ser um daqueles livros que nos enchem o coração de sentimentos bons, apesar do tema delicado. Não tive a oportunidade de ler, somente assisti o filme assim que foi lançado no cinema. Mesmo já tendo passado da adolescencia a horas, gosto de livros desse gênero, melhor ainda se relata o drama de quem sofre bullying, e assim como tu comentou, outros já relataram de forma positiva a maneira com que o autora desenvolve suas narrativas, sempre com muito cuidado, carinho e sentimento. Mesmos que os conflitos entre eles sejam muito parecidos, agora, uma versão feminina de suas descobertas e medo, devem dar um tom diferente a historia. Vale a pena conhecer esse outro lado. Só tenho uma ressalva em relação ao filme (justamente por não conhecer o livro), achei a atitude dos pais, principalmente o pai, muito fora da realidade, pareceu fácil se assumir gay, muito conto de fadas, mas acho que o foco dos livros é mostrar mais os conflitos internos do que externos, o que tá valendo!!
ResponderExcluirOi Rafaella,
ResponderExcluirNunca li nada da Becky Albertalli, mas desde o lançamento de Com Amor, Simon, fiquei curiosa com suas obras. Adoro quando os autores fazem sequências com personagens que tiverem certo destaque em outro livro e só pela sinopse, consigo ver a importância de ter a história de Leah sendo contada em um livro só dela. Se tem uma fase da vida que merece ser abordada com mais frequência nos livros é a que envolve o final da adolescência e ingressão para o mundo adulto. Leah está passando pela fase das mudanças, o término da escola, a despedida dos amigos e a escolha do que fazer no futuro já são preocupações suficientes, mas tudo isso unido a ter que lidar com as complexidades impostas pela sociedade para quem não está no dito padrão deve ser bem complicado. Mas pelo que pude perceber a personagem tem uma ótima auto aceitação, uma confiança que muito jovens não conseguem ter, independente de orientação sexual, cor ou peso. Esse é o tipo de livro que queria ter lido da adolescência, pois teria me ajudado a enxergar as situações com outros olhos e quem sabe ter passado por essa fase de uma forma mais despreocupada e tendo uma visão bem melhor de mim mesma.
Por incrível que pareça eu me identifico muito com a Lea Eu também odeio demonstrações públicas de afeto
ResponderExcluirE clichês adolescentes eu não tinha me apegado muito a Lea no livro do Saimon mas é folgada quando vi que ela ganha areia um livro Só dela também no segmento LGBT
Infelizmente não li Com amor Simons, so acompanhei as resenhas. Mas acho essa sequência muito legal e que valeria a pena ler, a història é bem interessante.
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