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Se em A menina que roubava livros é a morte quem conta a história, em O construtor de pontes, novo romance de Markus Zusak, presente e passado se fundem na voz de outro narrador igualmente potente: Matthew, o filho mais velho da família Dunbar. Sentado na cozinha de casa diante de uma máquina de escrever antiga, ele precisa nos contar sobre um dos seus quatro irmãos, Clay. Tudo aconteceu com ele. Todos mudaram por causa dele.
Anos antes, os cinco garotos haviam sido abandonados pelo pai sem qualquer explicação. No entanto, em uma tarde ensolarada e abafada o patriarca retorna com um pedido inusitado: precisa de ajuda para construir uma ponte. Escorraçado pelos jovens e por Aquiles, a mula de estimação da família, o homem vai embora novamente, mas deixa seu endereço num pedaço de papel. Acontece que havia um traidor entre eles: Clay.
É Clay, então, quem parte para a cidade do pai, e os dois, juntos, se dedicam ao projeto mais ambicioso e grandioso de suas vidas: uma ponte feita de pedras e também de lembranças — lembranças da mãe, do pai, dos irmãos e dele mesmo, do garoto que foi um dia, antes de tudo mudar. O tempo, assim como o rio sob a ponte, tem uma força avassaladora, capaz de destruir, mas também de construir novos caminhos.
O construtor de pontes narra a jornada de uma família marcada pela culpa e pela morte. Com uma linguagem poética e inventiva, Markus Zusak nos presenteia mais uma vez com uma história inesquecível, uma trama arrebatadora sobre o amor e o perdão em tempos de caos.
Anos antes, os cinco garotos haviam sido abandonados pelo pai sem qualquer explicação. No entanto, em uma tarde ensolarada e abafada o patriarca retorna com um pedido inusitado: precisa de ajuda para construir uma ponte. Escorraçado pelos jovens e por Aquiles, a mula de estimação da família, o homem vai embora novamente, mas deixa seu endereço num pedaço de papel. Acontece que havia um traidor entre eles: Clay.
É Clay, então, quem parte para a cidade do pai, e os dois, juntos, se dedicam ao projeto mais ambicioso e grandioso de suas vidas: uma ponte feita de pedras e também de lembranças — lembranças da mãe, do pai, dos irmãos e dele mesmo, do garoto que foi um dia, antes de tudo mudar. O tempo, assim como o rio sob a ponte, tem uma força avassaladora, capaz de destruir, mas também de construir novos caminhos.
O construtor de pontes narra a jornada de uma família marcada pela culpa e pela morte. Com uma linguagem poética e inventiva, Markus Zusak nos presenteia mais uma vez com uma história inesquecível, uma trama arrebatadora sobre o amor e o perdão em tempos de caos.
Classificação:
"Cinema e pipoca de plástico não aumentam as chances de aniquilamento, né? Não, o problema era mais uma compilação: um melhores momentos de duas pessoas que correram o mais rápido que puderam juntas, mas acabaram definhando no fim." Página 174
O livro é dividido em oito partes que mesclam o passado e o presente, contextualizando ao leitor sobre a vida dos personagens, tudo o que o pai dos garotos Dunbar passou desde um primeiro casamento fracassado, o casamento com a Rainha dos Erros - apelido de Penélope, mãe dos garotos - sua morte e o afastamento do pai, além de sua volta e o convite para a construção da ponte junto de seus filhos. Apesar do pedido de desculpas, os irmãos não o perdoam pelo abandono no momento em que mais precisavam, porém Clay decide acompanhar o pai e se dedica a construção da ponte.
Apesar de ser importante conhecer o passado e tudo o que levou até a construção da ponte, em alguns momentos tive que parar a leitura, pois fica um tanto confusa com as mudanças. Com o passar dos capítulos peguei o ritmo e a leitura fluiu, isto aconteceu quando li A menina que roubava livros, então pode ser uma característica da escrita do autor. Esta é uma história sobre amor, perdão, redenção e família, escrita de forma singular e que cativa os leitores por suas mensagens e escolhas simbólicas feitas pelo autor.
"Para começo de conversa, não era nem para Penélope estar ali.
Não era para nosso pai ter se divorciado.
Mas lá estavam, seguindo em frente, dando o melhor de si rumo a uma linha de chegada. Esperaram a contagem regressiva feito esquiadores no topo da montanha, e pressionaram a tecla na hora do já. O resto é história." Página 200
O construtor de pontes foi uma das minhas últimas leituras e uma das únicas que fiz de romance este ano, então acabou me cativando com as lições que o autor nos dá ao longo da narração. Clay é um personagem que nos mostra o quanto o perdão pode ser difícil, mas em algumas vezes não sabemos os motivos que levaram a pessoa tomar tal atitude e mesmo assim precisamos conviver com as consequências. A ponte, construída pelos personagens, pode ser um símbolo para o perdão e este projeto do pai dos garotos Dunbar foi extremamente audacioso e provavelmente o que todos precisavam para um recomeço.
A capa é chamativa pelas cores fortes e os detalhes das teclas começam a fazer sentido quando você conhece mais sobre o passado dos pais dos garotos Dunbar, o livro é dividido em oito partes e estas mesclam o passado e presente, tornando a leitura mais completa, e um tanto confusa em algumas partes. A diagramação está boa, letras em bom tamanho, capítulos curtos, porém em alguns momentos acabei achando a leitura arrastada, porém não desisti e no final tudo compensou. A mensagem do livro é linda e faz com que o leitor reflita sobre suas decisões ao longo da vida que o fizeram se afastar de pessoas, e cogitar o perdão, assim como fizeram os personagens.
"Acho que era a combinação perfeita de amor nos tempos do caos e amor nos tempos do controle; éramos puxados para os dois lados, e vivíamos entre extremos." Página 344
Oi Rafa,
ResponderExcluirSó tive uma experiência com a escrita do autor e foi através de A Menina Que Roubava Livros e, mesmo tendo pouco contato com sua narrativa, posso afirmar que Markus Zusak sabe escrever. Digo isso pois ele usa uma narrativa diferente, algo que não imaginávamos, mas que funciona, mesmo que possa parecer complexo demais, ou até confuso, ao inicio da leitura. Em O construtor de pontes, mesmo sem ter lido o livro, consigo ver esses detalhes na história. Quer estrutura melhor para trabalhar em drama do que a de uma família marcada pelo morte, abandono e traição? É pesado pensar em todos esses elementos juntos e vivenciados por crianças, mas acho que essa era a intenção do autor. Sobre a narrativa, geralmente, não me incomoda, mas quando a conexão com a história demora isso pode ser um problema. Mas como já fui fisgada pela escrita de Markus, sei que ao pegar este novo livro para ler, a história que me espera não será fácil, mas tenho esperanças de que ao final valerá a pena.
Rafa!Li mês passado esse livro e fiquei um tanto confusa também no iinício e quase deixei o livro, porém como sou persistente, acabei continuando e foi maravilhoso poder chegar ao final, porque são tantas reflexões, concorda?
ResponderExcluirGostei muito.
cheirinhos
Rudy
Oi!
ResponderExcluirDo Markus cheguei a ler "A Garota Que Eu Quero" e achei bem mamão com açúcar. Tenho outros livros da série mas fiquei até com preguiça de ler.
Já " A Menina Que Roubava Livros" é uma narrativa que sempre tive curiosidade em ler. Adorei o filme, mas quando tentei ler o livro, fiquei confusa já no início (faz muito tempo isso).
Novamente um livro do autor me desperta o interesse, que é este da resenha. Meu medo é ficar confusa com a história também.
Não conheço a escrita do autor, nunca cheguei a ler A Menina Que Roubava Livros, mesmo ficando "modinha" uns anos atrás.
ResponderExcluirO livro no momento não despertou a minha atenção, não me deixou cativada para conhecer a história nesse momento, mesmo perecendo que tem uma grande lição por trás trama, mas espero que mais para frente a minha opinião mude.