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21 fevereiro 2016

Resenha: Dez Coisas que Aprendi sobre o Amor - Sarah Butler

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Editora: Novo Conceito
Ano: 2015
Páginas: 256
Tradutor: Paulo Polzonoff Junior

Por quase 30 anos, quando a brisa de Londres torna-se mais quente, Daniel caminha pelas margens do Tâmisa e senta-se em um banco. Entre as mãos, tem uma folha de papel e um envelope em que escreve apenas um nome, sempre o mesmo. Ele lista também algumas coisas: os desejos e o que gostaria de falar para sua filha, que ele nunca conheceu. Alice tem 30 anos e sente-se mais feliz longe de casa, sob um céu estrelado, rodeada pela imensidão do horizonte, em vez de segura entre quatro paredes. Londres está cheia de memórias de sua mãe que se fora muito cedo, deixando-a com uma família que ela não parece fazer parte. Agora, Alice está de volta porque seu pai está morrendo. Ela só pode dar-lhe um último adeus. Alice e Daniel parecem não ter nada em comum, exceto o amor pelas estrelas, cores e mirtilos. Mas, acima de tudo, o hábito de fazer listas de dez coisas que os tornam tristes ou felizes. O amor está em todas as partes desta história. Suas consequências também. Sejam boas ou más. Até que ponto uma mentira pode ser melhor do que a verdade?

Classificação:       


"Eu me preocupo com você. Eu me preocupo que você não esteja feliz, que esteja com fome, que esteja doente. Eu me preocupo com o fato de você não estar na cidade. Eu me preocupo que você esteja aqui, mas odeie isso. Eu me preocupo que você esteja morta." Página 38


Dez coisas que aprendi sobre o amor nos mostra as histórias de Daniel e Alice, duas pessoas bem diferentes, mas que têm um costume semelhante: fazer listas com 10 itens sobre os mais variados assuntos. "Dez maneiras como as outras pessoas podem me descrever", "Dez motivos por que odeio minha irmã (Cee)" e "Dez empregos que mantive por mais de um mês" são algumas listas apresentadas ao leitor no início dos capítulos. 

Daniel vive em abrigos e é em um destes que se encoraja a ir atrás de uma filha que nunca conheceu. Nestes abrigos fez amizades, passou por muitas limitações, mas ainda deseja encontrar sua filha e saber se está viva e bem. Já Alice retorna para casa depois que soube da doença de seu pai, em poucas semanas ele falece e ela decide ficar um tempo na casa até conseguirem vendê-la. Suas irmãs Cee e Tilly voltaram cada uma para suas rotinas e Alice decide fazer uma reforma na casa sem saber que sua vida está prestes a mudar.

Lançado pela Editora Novo Conceito em 2015, Dez coisas que aprendi sobre o amor é uma obra de leitura leve que leva o leitor a refletir sobre o quanto o amor pode unir e separar as pessoas. Daniel e Alice sofrem por causa de uma decisão que estava nas mãos de outra pessoa e seus destinos se cruzam em determinado ponto, levando-os a se perguntar como seria se tivessem se conhecido antes. A capa é linda e mostra ao leitor um pouco do cenário em que os personagens são inseridos e a frase escolhida para a capa é aquela que mais me chamou atenção durante toda a leitura "Você não pode sentir saudade de alguém que nunca conheceu. Mas sinto saudade de você.".

O que me fez dar classificação 3 foi o fato de o livro ser bacana de ler, porém não me chamou muita atenção durante a leitura. Os personagens seguiam suas vidas e seus problemas tomavam conta de sua rotina, como é o caso de Alice, seu relacionamento acabou e ela descontou nas irmãs isso, além de não fazer nada em relação ao que descobriu seu passado. O livro só nos mostrou superficialmente a vida dos personagens, sem explorar muito essa relação entre Alice e Daniel. Este livro é indicado para aqueles que gostam de uma história leve e que instiga o leitor a descobrir qual é a ligação entre estes dois personagens, porém não crie muitas expectativas com relação a isso, pois poderá acabar se frustrando. 


"Meu corpo dói na parte que encontra o solo. Algo dentro de mim está gritando, me dizendo para levantar, comprar algo para o jantar, ir para casa. A voz é muda, como se distante e, de qualquer modo, digo, não há casa para ir. É perigoso, insiste a voz - não posso lhe dizer que ela grita por causa da marca atrás das palavras -, você está sendo estúpida, ela me diz. Mas me sinto segura aqui. Sei que não deveria, mas me sinto segura aqui." Página 229

2 comentários:

  1. é possível pegar antipatia por um livro só por conhecer a sinopse? Prq eu não gosto do Daniel e nem li o livro, acho que abandono meche comigo demais

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  2. Rafa, eu quero muito ler esse livro, pois amo uma escrita com narrativa poética e envolvente. Uma pena que a história não foi agradável ficando a desejar e que seu desenvolvimento não tenha lhe conquistado.
    Adorei a resenha!
    Bjs!

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