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16 fevereiro 2019

Resenha: O verão que mudou minha vida - Jenny Han

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Editora: Intrínseca
Ano: 2019
Páginas: 240
Tradutor: Mariana Rimoli
Compre: Shoptime, Submarino, Americanas

A vida de Isabel Conklin é marcada pelas férias de verão. As outras estações do ano são como um intervalo, dias que passam lentamente enquanto ela espera que o sol lhe traga de volta o que mais ama: o mar, descanso, diversão e, principalmente, Conrad e Jeremiah Fisher.
Os garotos da família Fisher sempre estiveram ao lado de Belly em suas aventuras. Conrad é ousado, sombrio, inteligente. Já Jeremiah, é confiável, engraçado, espontâneo. Mesmo sendo tão diferentes, os três constroem uma amizade que parece inabalável. Apenas parece...
Tudo muda quando, em uma dessas férias, Conrad demonstra sentir algo por ela. O problema é que Jeremiah faz o mesmo. À medida que os anos passam, Belly sabe que precisará escolher entre os dois e encarar o inevitável: ela vai partir o coração de um deles.

Classificação:     



"Eu ficava sentada perto do aquecedor nas aulas de história imaginando o que eles estariam fazendo, se também estariam esquentando os pés em outro lugar. E contava os dias para o verão começar. Para mim, era quase como se o inverno nem existisse; só o verão realmente importava. Minha vida era contada em verões. Como se eu não vivesse de verdade até junho, até estar naquela praia, naquela casa." Página 12


O verão que mudou minha vida é o primeiro volume da Trilogia Verão, de Jenny Han, lançada no mês de janeiro deste ano pela Editora Intrínseca. Como me apaixonei pelos livros de Para todos os garotos que já amei, quando vi a Trilogia Verão no catálogo de lançamentos não tive dúvidas sobre a escolha que faria no mês e me encantei pela simplicidade da história. 

Belly é uma garota que cresceu na companhia de meninos: seu irmão Steven, e os filhos da melhor amiga de sua mãe, Conrad e Jeremiah. Desde que pode se lembrar, seus verões são marcados pelas férias na casa de praia de Susannah. Belly sempre se sentiu deslocada e deixada de lado pelos garotos, mas mesmo assim insistia em acompanhá-los em suas aventuras durante o verão. Agora, já na adolescência, Belly acaba se apaixonando por um dos amigos e a confusão está armada, já que Jeremiah - o outro irmão - acabou se apaixonando por ela. 

Confusa, Belly reencontra alguém de seu passado e este garoto começa a mexer com seus sentimentos. Falta muito ainda para o verão acabar, mas a vida de Belly está um tanto complicada no momento. Somando a paixão adolescente, ainda há fatores externos que estão mexendo com as pessoas com quem Belly convive, tornando suas férias ainda mais difíceis. Esta é uma leitura que mostra os sentimentos à flor da pele na adolescência, amadurecimento e primeiro amor.


"A verdade é que Susannah estava certa. Foi um verão realmente inesquecível. Foi o verão que mudou minha vida. Porque, pela primeira vez, eu me senti linda. A cada ano, eu sempre achava que o verão seria diferente, que minha vida ia mudar. Naquele, ela finalmente mudou. Porque eu mudei." Página 27



O verão que mudou minha vida é uma leitura leve, pelo menos em grande parte, e faz o leitor acompanhar a transformação da protagonista já que traz capítulos de sua infância mesclados à sua adolescência. Esta narração não linear faz com que o leitor entenda um pouquinho mais de todo o amor que a protagonista nutre por suas férias de verão, suas descobertas, suas dores e consequentemente seu amadurecimento e superação. O final é inesperado, gostei da forma com que a autora conseguiu conduzir a história e estou ansiosa para começar a leitura do segundo volume, Sem você não é verão, que já está separado para iniciar a leitura ainda hoje. 

Sobre a edição só tenho elogios, a capa é um amor e transmite a leveza dos verões de Belly, Conrad, Steven e Jeremiah, além de dar uma identidade visual para a trilogia - o que me agrada bastante -. Como mencionei, a narração não é linear, os capítulos são curtos, e alternam entre o agora e os verões anteriores de Belly - deixando em evidência a idade que a protagonista tinha durante a cena, assim o leitor pode acompanhar o crescimento da protagonista e entender algumas das suas atitudes durante a narração. A diagramação é simples e a revisão está ótima, tornando a leitura ainda melhor. Este é, sem dúvida, um livro indicado para todos que gostaram dos outros livros da autora e que gostam de um romance adolescente. 


"Eu sabia que não havia nada que minha mãe pudesse dizer que a fizesse mudar de ideia. Susannah era gentil, mas podia ser decidida e teimosa como uma mula. Por baixo de toda aquela delicadeza, ela era feita de aço." Página 181



2 comentários:

  1. Oi Rafaella,
    Na minha infância e adolescência eu também vivia pelo verão, pois era período de férias e eu podia ficar por mais tempo na rua com meus amigos. Claro que não rolava tanto drama quanto na vida de Isabel. É difícil construir uma amizade sólida e essa perdurar pelos anos, agora imagina se os sentimentos mudam e isso afeta todo o círculo de amigos? Acho fofo romances que ocorrem entre amigos de longa data, mas eles sempre trazem o peso das consequência de assumir esses sentimentos. Jenny Hann já é um nome bem conhecido, principalmente por trabalhar com livro jovens, mas sempre com aquela pegada de drama, só que ainda não tive a oportunidade de conhecer sua escrita. O verão que mudou a minha vida é mais um daqueles livros, que há uns anos atrás teria me chamado bem mais atenção. Não fiquei muito curiosa com a leitura, mas é uma boa escolha quando quiser ler algo mais leve.

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  2. Embora já tenha passado da adolescencia a hora, narrativas do ponto de vista juvenil me agradam muito, geralmente são historias que fluem e são leves, mesmo quando a temática for mais densa. Já nesse caso parece uma livro tipo raios de sol, que aquecem e alegram o leitor, descobertas, mar, romance, diversão e amizade uau, que prato cheio. Tenho um pouco de receio em trilogias ou mais, pois em algum momento a leitura se torna repetitiva, arrastada e cansativa, mas se for bem escrita e fluir tá valendo. Além do quê as capas são lindas e os títulos bem convidativos. Não tive oportunidade de ler "Para todos os garotos que já amei" e pelo tamanho sucesso quem vem fazendo, vale a pena conhecer a escrita da autora.

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