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06 setembro 2017

Resenha: Piano Vermelho - Josh Malerman

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Editora: Intrínseca
Ano: 2017
Páginas: 320

Ex-ícones da cena musical de Detroit, os Danes estão mergulhados no ostracismo. Sem emplacar nenhum novo hit, eles trabalham trancados em estúdio produzindo outras bandas, enchendo a cara e se dedicando com reverência à criação — ou, no caso, à ausência dela. Uma rotina interrompida pela visita de um funcionário misterioso do governo dos Estados Unidos, com um convite mais misterioso ainda: uma viagem a um deserto na África para investigar a origem de um som desconhecido que carrega em suas ondas um enorme poder de destruição.
Liderados pelo pianista Philip Tonka, os Danes se juntam a um pelotão insólito em uma jornada pelas entranhas mortais do deserto. A viagem, assustadora e cheia de enigmas, leva Tonka para o centro de uma intrincada conspiração.

Seis meses depois, em um hospital, a enfermeira Ellen cuida de um paciente que se recupera de um acidente quase fatal. Sobreviver depois de tantas lesões parecia impossível, mas o homem resistiu. As circunstâncias do ocorrido ainda não foram esclarecidas e organismo dele está se curando em uma velocidade inexplicável. O paciente é Philip Tonka, e os meses que o separam do deserto e tudo o que lá aconteceu de nada serviram para dissipar seu medo e sua agonia. Onde foram parar seus companheiros? O que é verdade e o que é mentira? Ele precisa escapar para descobrir.

Com uma narrativa tensa e surpreendente, Josh Malerman combina em Piano Vermelho o comum e o inusitado numa escalada de acontecimentos que se desdobra nas mais improváveis direções sem jamais deixar de proporcionar aquilo pelo qual o leitor mais espera: o medo.


Classificação:      



"Hoje, Philip consegue se movimentar um pouco mais do que ontem, mas a evolução é assustadoramente limitada. Ele se lembra de tudo: dos Danes. Da África. Do deserto. Do som. Mas por enquanto essas lembranças precisam esperar. O estado atual de seu corpo é tudo o que importa." Página 22



A Intrínseca tem investindo pesado nos lançamentos de thrillers e confesso que estou amando, pois sou viciada neste gênero de leitura. Os parceiros receberam um kit bem interessante de Piano Vermelho e, à princípio, não entendi o porquê dos itens enviados, porém finalizando a leitura percebi que - é claro - faziam todo sentido. Esse é um livro de ação que amei ter recebido porque já havia gostado de Caixa de Pássaros e essa foi uma leitura viciante e bastante intrigante.

O livro começa nos apresentando seis meses depois da grande viagem de Phillip Tonka, que por convite do exército - que fazia parte como músico juntamente com seus colegas dos Danes, faz uma descoberta que interessa bastante ao governo dos Estados Unidos. Um som está desarmando as tropas que são enviadas até o local para averiguar e os soldados que voltam estão bastante desorientados. Os músicos que fazem parte de uma banda já esquecida de Detroit, são as últimas esperanças para que o governo descubra o quê está causando esse alarde nas tropas, porém como nos é apresentado logo no primeiro capítulo o único músico que retorna é Phillip Tonka e ele está com todos os ossos do corpo quebrados, impossível? Sim, mas ele está vivo e está aos cuidados de Ellen, uma enfermeira que aos poucos percebe que há algo estranho na recuperação milagrosa de Phillip. Em seis meses ele acorda e pouco depois pode conversar e fazer coisas que seriam impossíveis para qualquer pessoa em seu estado.

O único problema é que ele não quer apresentar aos superiores o quê viu no deserto e como aconteceu seu acidente, porém eles têm outros planos para o músico. Ellen é a única que se preocupa verdadeiramente com a saúde de Phillip, já ele está ansioso pelo retorno dos amigos dos Danes, aos poucos os militares começam a executar os planos que têm para o músico e isso poderá ser um problema para todos, afinal, o quê Phillip viu no deserto? E seus amigos? E Ellen fará alguma coisa para impedir que a história se repita e desta vez Phillip não retorne com vida? 


"Tudo se resume a uma única palavra, não é, Ross?, pensa ele. Uma única palavra que impulsiona você e seus companheiros de banda, seus melhores amigos. Uma palavra que levou vocês ao Exército, colocou vocês em uma banda e os meteu em apuros três ou quatro vezes por semana. Uma palavra que vale  mais de cem mil dólares para cada um. 
- Aventura - diz a mãe, balançando a cabeça. - Você e esse maldito vício em aventura." Página 54



Piano Vermelho é um thriller intrigante e de leitura rápida, os capítulos são bem divididos e apresentam ao leitor vislumbres da ida dos Danes ao deserto na África e como Phillip Tonka lida com o trauma meses depois. A cada início de capítulo existe uma página preta (e que ornou com o livro em geral, capa e a divisão de partes) dando um charme a parte. A capa é chamativa e o tom de vermelho é bastante visível, assim como no brinde que foi enviado pela editora aos parceiros. Com relação à edição só tenho elogios, o livro ficou muito bonito visualmente, além da diagramação e revisão estarem ótimas, tornando a leitura ainda mais prazerosa. 

O único ponto que diminuiu a minha avaliação da obra foi a finalização da história, pois o livro seguiu um ritmo intenso de descobertas, sustos e suspense, porém o desfecho ficou incompleto - tentei pensar e amadurecer o final, mas não consegui - e amigos leitores que conseguiram, por favor me deem uma luz. Não vou me prolongar analisando esse ponto porque corro o risco de dar spoilers, mas gostei bastante das obras de Josh Malerman e sem dúvida os dois thrillers que já tive a oportunidade de ler, me conquistaram. 



"Sim, pensa Philip enquanto o avião baixa, a areia sobe para encontrá-los e as ondas rolam como uma terra instável, uma bebida de cem mil dólares cairia bem agora, até porque isso significaria que ele estaria em casa, no lugar ao qual pertence." Página 104



10 comentários:

  1. Rafa!
    Li Caixa de pássaros e até gostei, mas não foi mesmo lá essas coisas todas.
    Bem curiosa em ler Piano Vermelho.
    Pelo que entendi, o autor agora vai usar outro sentido para conduzir o enredo.
    Uma pena que o final ficou meio que em aberto e não foi tão bom, mas ainda assim, acredito que vale a leitura.
    Desejo um ótimo feriado!!
    “A sabedoria consiste em ordenar bem a nossa própria alma.” (Platão)
    Cheirinhos
    Rudy
    TOP COMENTARISTA DE SETEMBRO 3 livros, 3 ganhadores, participem.

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  2. Realmente esta capa chama a nossa atenção antes de tudo. Acho a proposta bem intrigante, mas ao mesmo tempo tenho medo de criar muitas expectativas e achar o final " nada a ver". Estou com interesse de ler ele, pois li muitas resenhas positivas sobre ele, este som e as consequências dele é um fato que nos atiça a curiosidade. Já esta na minha lista de desejados!

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  3. Olá, ainda não tive a oportunidade de ler o livro Caixa de Pássaros, mas está na minha lista de desejo, como esse livro acabou de entrar. Estou curiosa pra saber como é realmente este livro, pois adoro um thriller. Vou comprar e ler o mais rápido possível! Beijos

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  4. Não vejo a hora de ler Piano Vermelho, pois gostei da Caixa de Passaros, e lendo a resenha do Piano Vermelho eu percebi algumas coisas que parece que os dois livros têm em comum, mas preciso ler para conferir rsrs.

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  5. Oi Rafaella,
    Também sou viciada em thrillers e por já conhecer a escrita de Josh Malerman que estou muito curiosa para ler Piano Vermelho. O autor tem um forma peculiar de trabalhar, tanto na narrativa quanto na forma como a história é apresentada. Os mistérios por trás do som misterioso me faz pensar o quanto Malerman gosta de jogar com os sentidos humanos em seus livros, algo que, para mim, funciona muito bem para o gênero literário. Os segredos que Phillip Tonka esconde sobre o que presenciou e como sobreviveu fazem minha mente trabalhar em milhares de teorias, mas só lendo o livro poderei saber o que aconteceu. Piano Vermelho já está em minha lista de desejados e será uma prioridade assim que o tiver em mãos.

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  6. Estou bastante curiosa em relação a esse livro!
    Ainda não li nada do autor, porém a sinopse desse livro é bem instigante e u já quero sabero o que está acontecendo.
    A capa é bem bonita e combina com o outro livro lançado.
    Beijoss.

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  7. Li Caixa de Pássaros e foi um dos thrillers que mais gostei na vida, não vejo a hora de finalmente ler Piano Vermelho e poder ver se a qualidade da escrita do autor continua a mesma, achei bem legal o Josh continuar usando os sentidos para criar uma trama, no primeiro livro foi a visão e agora nesse, a audição, quanto ao final do livro, admito que quando se trata de thrillers, até gosto quando o autor não faz um final completo, não gosto de ter todas as respostas.
    Beijos!

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  8. Terminei o livro com a mesma pergunta que comecei. O mais importante nem foi revelado. Que bela porcaria foi este livro.
    Fiz extremo esforço de acaba-lo em 2 dias pra me ver livre dele.
    De jeito nenhum recomendo!

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  9. Olá Rafa ;)
    Estou simplesmente amando os lançamentos desses thrillers que a editora está fazendo, pois também adoro esse gênero de leitura!
    Caixa de Pássaros já estava na minha lista e agora Piano Vermelho com certeza entrou, adorei sua resenha.
    Seus comentários me deixaram bastante curiosa para saber o que aconteceu com o Phillip, o porque de ele voltar da viagem estranho desse jeito... como sou curiosa já estou matutando aqui o que seria kkkkk
    Enfim, adorei sua indicação, com certeza já foi para a lista de leitura S2
    Bjos

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  10. Olá!
    Eu estou ansiosa por querer ler esse livro. A capa está uma maravilha. A trama é em envolvente, há mistérios e suspense que deixa o leitor a pensar no que realmente aconteceu com a vítima é que som é esse que mata as pessoas. Fiquei bem curiosa!

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