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12 novembro 2015

Resenha: Cidades de Papel - John Green

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Ano: 2013 
Páginas: 368
Editora: Intrínseca

Quentin Jacobsen tem uma paixão platônica pela magnífica vizinha e colega de escola Margo Roth Spiegelman. Até que em um cinco de maio que poderia ter sido outro dia qualquer, ela invade sua vida pela janela de seu quarto, com a cara pintada e vestida de ninja, convocando-o a fazer parte de um engenhoso plano de vingança. E ele, é claro, aceita. 
Assim que a noite de aventuras acaba e um novo dia se inicia, Q vai para a escola e então descobre que o paradeiro da sempre enigmática Margo é agora um mistério. No entanto, ele logo encontra pistas e começa a segui-las. Impelido em direção a um caminho tortuoso, quanto mais Q se aproxima de Margo, mais se distancia da imagem da garota que ele achava que conhecia.


Classificação:  


"Margo sempre adorou um mistério. E, com tudo o que aconteceu depois, nunca consegui deixar de pensar que ela talvez gostasse tanto de mistérios que acabou por se tornar um." Página 16


Como definir em uma resenha o quanto amei esse livro? Acredito ser impossível, mas vou arduamente tentar. Confesso que os livros do John Green não haviam despertado a minha vontade de lê-los, porém tudo mudou com Quem é você, Alasca? Amei a leitura e recomendo para todos que conheço. Cidades de Papel me chamou atenção por causa da aura de mistério em torno do desaparecimento da protagonista e a busca que Quentin faz, porém ainda não tinha firmado a minha opinião sobre ler a história até que fui convidada pela editora a ser a representante dos blogs de Curitiba. Assisti ao filme, mesmo sem ter lido e imaginem a minha surpresa ao sair do cinema querendo passar na primeira livraria e comprar Cidades de Papel. Controlei a ansiedade e solicitei a obra para a editora e devorei em algumas horas, a leitura é fenomenal. 

Apesar de ser uma leitura mais juvenil, acabei gostando muito por causa da leveza com que Green conta a história de Quentin e Margo. A protagonista aparece bem pouco durante os capítulos, mas temos uma visão melhor de sua personalidade por meio das divagações de Q. A leitura é dinâmica e acompanhamos a vingança de Margo ao saber da traição de seu namorado e a aproximação de Quentin, porém com seu desaparecimento os acontecimentos começam a serem acelerados por conta das buscas que Quentin faz, acreditando que Margo deixou pistas para que ele a encontrasse aonde quer que ela estivesse. Radar, Ben e Lacey são amigos de Quentin e Margo e têm papel fundamental no desenvolvimento da história trazendo humor para as páginas, sendo que meus favoritos são Ben e Lacey, seu envolvimento amoroso chega a ser estranho no começo, porém o casal me conquistou. Margo é uma garota problemática e com espírito aventureiro desde criança e agora leva o tímido Quentin buscar seu paradeiro, já que desde pequeno ele é apaixonado pela vizinha. Uma história de amor e amizade que se mescla ao mistério por trás do desaparecimento da jovem. Uma leitura intrigante e viciante para todos os públicos. 


"Por que ela não me deixou um lugar específico? Todas aquelas pistas assustadoras pra diabo. Toda aquela insinuação de tragédia. Mas nenhum lugar. Nada a que se agarrar. Era como tentar escalar uma montanha de cascalho." Página 177


Cidades de Papel tornou-se um dos meus livros favoritos desde os primeiros capítulos. A vingança de Margo é hilária e a busca de Quentin por ela instiga o leitor a analisar todas as pistas "deixadas" pela jovem. O filme é tão bom quanto o livro, como falei, assisti antes de ler a obra, mas pretendo logo assistir novamente e verificar se foi fiel ao livro. Os personagens foram bem construídos, principalmente os protagonistas, os personagens secundários tiveram importância durante a trama e não ficaram abandonados e com descrições superficiais. A capa remete ao mapa deixado por Margo e faz sentido, trazendo elementos da história em forma de ilustração, com relação à diagramação e revisão feitos pela editora não tenho do que reclamar, estão ótimos e fazem com que a leitura flua e fique mais dinâmica com as palavras em letras maiúsculas ou em itálico. Sem dúvidas um livro recomendado para todos os leitores, mesmo aqueles que - assim como eu - não haviam gostado muito dos livros anteriores do autor.


"O erro fundamental que sempre cometi - e ao qual, sejamos justos, ela sempre me conduziu - era este: Margo não era um milagre. Não era uma aventura. Nem uma coisa sofisticada e preciosa. Ela era uma garota." Página 228


2 comentários:

  1. Já li algumas resenhas sobre esse livro, nunca tive muito interesse de ler, mas todas as resenhas que eu li são positivas, e acho que algum momento isso vai acabar me fazendo ter curiosidade para ler a obra.

    http://lenabattisti.blogspot.com.br/

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  2. Eu adorei ler essa historia, eu gostei quase tanto quanto A CULPA É DAS ESTRELAS. Me fez pensar em muitas coisas e mudar minhas perspectivas de vida, tudo parece tão diferente depois de ler ele. É um livro que (particularmente) me apaixonei e recomendo a todos. Relerei ele varias vezes ainda. O filme foi fiel a historia e isso eu achei demais. Adorei seu blog, já deixei em meus favoritos.

    Meu blog: www.umcontainer.com

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