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29 novembro 2021

Resenha: Tem alguém na sua casa - Stephanie Perkins

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Editora: Intrínseca
Ano: 2021
Páginas: 320

                                                            

Thriller eletrizante de Stephanie Perkins que deu origem à produção da Netflix é uma homenagem aos filmes de terror da década de 1990 A cidadezinha de Osborne, no interior do Nebraska, amanhece com duas notícias igualmente chocantes para seus moradores: a primeira é que Ollie Larsson, “garoto-problema” da escola, pintou o cabelo de rosa. A outra? O assassinato brutal da jovem Haley Whitehall. E logo fica evidente que a morte dela não será a última, porque um assassino está à solta, e ninguém está a salvo.

Makani Young sabe bem disso. Morando há quase um ano com a avó, a jovem está se adaptando ao novo lar, mas ainda é atormentada por seu passado no Havaí. E, conforme os alunos de sua escola começam a ser assassinados de forma cada vez mais perturbadora, ela se dá conta de que sua hora talvez esteja mais próxima do que imagina. [+]







"Darby abaixou a cabeça, envergonhado. Ele não disse nada, mas não era necessário. Tiroteios em escolas eram reais. Com assassinos de verdade e vítimas de verdade. A morte de Haley era como um passo atrás na realidade, porque não parecia algo possível de acontecer com eles. O crime era específico demais. Tinha que haver uma razão. Uma razão horrível e condenável, mas, ainda assim, uma razão." Página 23


Tem alguém na sua casa é um thriller de Stephanie Perkins e lançado em 2021 pela Editora Intrínseca. Quando vi que a Netflix fez a adaptação do livro, não hesitei em solicitá-lo para conhecer a história e depois ver o filme, pois adoro thrillers e havia ficado bastante curiosa com as resenhas que li sobre o livro. 

Makani Young é uma jovem que está se adaptando a morar em uma nova cidade com a avó e longe dos pais, em Osborne ela fez amizade com Darby e Alex e sempre se manteve longe de problemas, porém em um dia tudo muda. Uma jovem é assassinada e deixa a cidadezinha do interior em alerta, além disso um outro jovem aparece com os cabelos na cor rosa o que dá margem para seus colegas de escola tentarem descobrir qual é a ligação entre esses dois fatos. Pouco após a morte de Haley, outro estudante é cruelmente assassinado e agora a cidade está em busca de um cruel assassino que está focando em jovens promissores. 

Os crimes são perturbadores e mexem com o psicológico das vítimas, Makani acaba se aproximando de Ollie - o garoto de cabelo rosa - e começa uma investigação por conta, afinal Ollie é irmão de um policial e consegue informações sobre os crimes com facilidade. Porém quando se tornam um alvo desse cruel predador que está fazendo novas vítimas a cada semana o maior desafio é se manterem vivos com tantas vidas sendo ceifadas nesta pequena cidade do interior de Nebraska. 


"Já fazia tanto tempo que Makani não sentia qualquer felicidade genuína e pura que ela tinha esquecido que às vezes podia doer tanto quanto a tristeza. A declaração dele atravessou o músculo de seu coração como uma faca certeira.
O tipo de dor que a fazia se sentir viva." Página 53


A história é envolvente e o leitor fica buscando pistas para descobrir a identidade deste assassino que está aterrorizando a cidade de Osborne. Makani Young é uma protagonista forte e que esconde alguns segredos, Ollie é um jovem que já sofreu na vida e acabou se afastando de todos, Darcy e Alex são ótimos amigos e tornam os dias de Makani mais leves. A autora conseguiu manter a narração constante e o final não foi nem perto do que eu imaginei, mas gostei muito da forma com que ela conduziu a história.

A edição da Intrínseca está ótima, a capa original mostra o mistério em torno do assassino invadindo as casas, já a capa filme mostra uma das casas que serão palco de um crime. Os capítulos são bem divididos, narrados em terceira pessoa dão mais detalhes para a história e tornam a leitura fluida, as letras estão em bom tamanho, diagramação e revisão estão ótimas. Indico Tem alguém na sua casa para os leitores que adoram um thriller psicológico e que não têm problema em ler cenas perturbadoras e mortes com requintes de crueldade. 



"Apesar do que acontecia do lado de fora, a sala de estar estava tranquila. Makani se perguntou por que discutir uma tragédia - consumir cada matéria sobre ela - era reconfortante. Seria porque as tragédias traziam à tona um senso de comunidade? Aqui estamos, todos repassando, juntos, esses acontecimentos terríveis. Ou as tragédias eram viciantes, e os pequenos prazeres tirados dela, um sinal de um problema mais profundo?" Página 135 





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