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17 julho 2018

Resenha: 1222 - Anne Holt (Hanne Wilhelmsen #8)

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Editora: Fundamento
Ano: 2013
Páginas: 303

A 1222 metros de altitude, um acidente de trem. Uma impiedosa nevasca. Um hotel centenário. E um assassinato! Uma ex-policial, tão astuta e brilhante quanto sarcástica e antissocial, é a única pessoa capaz de solucionar o mistério da morte de um dos 269 passageiros de um trem descarrilado. Isolados do resto do mundo por causa da neve, uma atmosfera de medo, hostilidade e desconfiança instala-se no hotel onde eles se refugiaram.

Mas Hanne não quer se envolver. Ela sabe que a verdade cobra um preço muito alto. Ao longo dos anos, sua busca por justiça lhe custou o amor de sua vida, sua carreira na polícia de Oslo e a própria mobilidade.

No entanto, encurralada por um assassino, encurralada pela pior nevasca da história, Hanne - e os outros passageiros - não tem saída.

Em uma situação extrema, as máscaras logo caem... E, nesse grupo, muitas pessoas não são o que parecem. Aliando sua capacidade de dedução a seu instinto, Hanne mergulha em um enigma difícil e surpreendente.


Classificação:      




"Tenho que admitir que parecia sem sentido arriscar a vida para resgatar sobreviventes que estavam seguros e aquecidos, confortavelmente instalados em um hotel charmoso. E não creio que o maquinista morto estivesse com alguma pressa em descer a montanha. Quanto à preocupação com os passageiros do misterioso vagão adicional, estavam eles seguramente instalados no alto e, sem a menor dúvida, no apartamento mais luxuoso da ala." Página 34



1222 é o oitavo volume da série Hanne Wilhelmsen, de autoria de Anne Holt e lançado pela Editora Fundamento. Dos quatro livros da série que foram lançados aqui, este é - de longe - o que mais gostei. Claro que por faltarem os volumes intermediários acabei perdendo muitas referências, porém nada que atrapalhe a leitura. 

Em 1222, Hanne não trabalha mais como investigadora da Polícia de Oslo por causa de um caso que terminou mal, deixando-a em uma cadeira de rodas há quatro anos. Agora ela está casada, tem uma filha pequena e está viajando para participar de um evento, porém na viagem de trem um acidente acontece e ela é obrigada, assim como a todos os passageiros do trem, serem levados ao Finse 1222, um hotel próximo de onde o trem estava. Apesar do descontentamento de todos, era a única solução viável, já que uma nevasca atingiu a área e os deixou isolados. O que Hanne não imaginava é que haveria um assassinato no hotel e como ex-policial, ela tentou ajudar em tudo o que podia para acalmar os 269 sobreviventes e os funcionários do hotel, já que por conta do tempo não teria como a polícia chegar ao local. 

Logo no primeiro dia, Hanne conhece um rapaz viajando desacompanhado e que fez questão de brigar com a primeira vítima, sendo assim Hanne acabou se aproximando dele para descobrir se de fato ele poderia ser um assassino. A ex-investigadora conta com a ajuda de um advogado, voluntário que resgatou os passageiros, a gerente do hotel e um médico que estava viajando para a mesma convenção que Hanne. Além desta investigação de assassinato, Hanne ainda tem que lidar com o boato de que pessoas importantes estavam viajando no trem em um vagão adicional, tornando ainda mais complicada a sua missão de manter todos os sobreviventes calmos para o resgate. 

Sou apaixonada por livros policiais. então gostei bastante das histórias criadas por Anne Holt e em 1222 o mistério é ainda maior do que nos volumes anteriores, já que o assassino é revelado nas últimas páginas. Hanne Wilhelmsen é uma personagem complexa e a cada livro conhecemos um pouco mais de sua vida e personalidade, já em 1222 somos apresentados para uma Hanne que luta contra o instinto de policial, pelo menos no início, mas que não pode deixar de lado a sua vocação mesmo que afastada de sua profissão, o que tornou a leitura ainda mais misteriosa. 

A edição está perfeita, a capa nos dá uma visão de como é o Finse 1222, além de lembrar bastante a capa do primeiro livro da série A Deusa Cega. A diagramação é bem trabalhada e a cada capítulo retoma a capa e nos dá uma descrição de como está o tempo na região em que os personagens estão. A revisão está boa e contribui para a fluidez da leitura, tornando a experiência ainda melhor. Sem dúvidas, este é um livro recomendado para todos que gostam de livros policiais e confesso que estou curiosa para ler os outros volumes da série e descobrir os outros crimes desvendados por Hanne Wilhelmsen.



"A mente humana tem a habilidade abençoada de bloquear as coisas com as quais não consegue lidar. Entretanto, o assassinato de Roar Hanson sinalizava uma mudança brutal do padrão da situação no Finse 1222, e eu tive a impressão de que os outros não percebiam o que tinha acontecido agora." Página 158


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